Património: ‘Forbes’ revelou ontem a lista das maiores fortunas de 2011
Três mais ricos perdem 361 milhões €
Os ricos estão bem e recomendam-se, ainda que também sintam os efeitos da crise no bolso – ou melhor, no património. Em Portugal, os três homens mais ricos – Américo Amorim, Alexandre Soares dos Santos e Belmiro Azevedo – viram desaparecer um total de 360,8 milhões de euros em 2011, de acordo com a lista das maiores fortunas ontem revelada pela revista ‘Forbes’.
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Américo Amorim, apelidado pela revista como ‘o rei da cortiça’, mantém a liderança entre os empresários portugueses. A fortuna foi contabilizada em 3,3 mil milhões de euros, mas o líder do grupo Amorim caiu 42 posições na lista dos mais ricos do mundo. Feitas as contas, em relação a 2010, a fortuna de Amorim encolheu 320 milhões de euros.
O mesmo aconteceu a Belmiro Azevedo, o medalha de bronze no ‘top 3’ dos milionários nacionais. "O dono da Sonae viu o património líquido cair cerca de um terço no espaço de um ano", sublinha a Forbes. Em 2010, Belmiro Azevedo era 833º na lista dos mais ricos, e mantinha uma fortuna próxima dos 1,07 mil milhões de euros. Em 2011, o valor do património do empresário tombou abaixo dos mil milhões: 759,2 milhões de euros. Sobretudo à conta da desvalorização bolsista dos títulos do grupo Sonae, a fortuna de Belmiro Azevedo reduziu-se em 331 milhões.
Só Alexandre Soares dos Santos, dono da Jerónimo Martins, viu o património valorizar ao longo do ano passado. A fortuna do patrão da cadeia Pingo Doce subiu de 1,63 mil milhões para 1,9 mil milhões de euros, o que representa um acréscimo de 270 milhões.
Em termos globais, os 360,8 milhões de perdas registadas pelas maiores fortunas portuguesas dariam para pagar o equivalente a 744 mil salários mínimos nacionais.
A liderar o ranking dos milionários da ‘Forbes’ está o mexicano Carlos Slim, empresário que investiu sobretudo no sector das telecomunicações e que é accionista de referência da Portugal Telecom. A fortuna de Slim atinge os 52,4 mil milhões de euros no ano de 2011, mas foi, também ela, penalizada pelos investimentos em bolsa do mexicano. Face a 2010, Carlos Slim perdeu cerca de 100 milhões de euros.
AMORIM PAGA 577 MIL EUROS
No ano passado, os membros do conselho de administração da Corticeira Amorim receberam remunerações num valor próximo dos 577 mil euros.
António Rios Amorim, actual presidente executivo do grupo, sobrinho de Américo Amorim e apontado como o sucessor do fundador da corticeira, recebeu 208 714 euros de salário fixo.
Já Joaquim Ferreira de Amorim foi o único dos gestores não executivos a receber remuneração: 112 mil euros fixos e 9316 euros de complemento variável.
DONO DA CADEIA PINGO DOCE NÃO VAI DESPEDIR
"[Mesmo que houvesse uma crise brutal], não é nossa política haver despedimentos." Num momento em que o sector do retalho prepara planos de redução de pessoal, a garantia da Jerónimo Martins, dona da cadeia de supermercados Pingo Doce, foi ontem deixada por Alexandre Soares, presidente do grupo.
E se a crise se agudizar, "teremos de adoptar medidas que não sejam despedir pessoas", afirmou Soares dos Santos, adiantando que "esta é a posição da administração e do accionista".
"No ano passado, creio que criámos mil empregos em Portugal, de um total de cinco mil", acrescentou o patrão da Jerónimo Martins, apesar de reconhecer que este ano não há grande optimismo em termos de crescimento de empregos no País. O grupo emprega 66 mil pessoas, 27 mil delas em Portugal.
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