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quinta-feira, junho 03, 2010

Liga Árabe analisa ataque de Israel contra Frota da Liberdade

 

Mundo

Vermelho - 1 de Junho de 2010 - 9h54

Liga Árabe analisa ataque de Israel contra Frota da Liberdade

O secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, convocou uma reunião de emergência do conselho da organização para esta terça-feira (1º). O objetivo é analisar "o terrível crime cometido pelas tropas israelenses".

As autoridades sírias pediram ontem à Liga Árabe uma reunião urgente após o ataque israelense à "Frota da Liberdade", composta por seis navios que transportavam cerca de 750 pessoas e 10 mil toneladas de suprimentos para a faixa de Gaza.
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Em comunicado, a organização pan-árabe, composta por 22 países, condenou o ataque militar israelense que qualificou de "crime" e de "ação terrorista".
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Em janeiro de 2009, a Liga Árabe não conseguiu o apoio do número mínimo de países-membros para realizar uma cúpula extraordinária de chefes de Estado. A cúpula pretendia analisar a situação em Gaza, após uma ofensiva militar israelense contra este território palestino, o que aprofundou as divergências entre os Estados árabes.
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Para que os países árabes se reúnam em uma cúpula é preciso o apoio de pelo menos 15 dos 22 países da Liga Árabe.
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O Hamas pediu à comunidade internacional e aos países árabes que exijam contas a Israel por seus atos.
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A ONU também fez uma reunião de emergência. A maioria dos 15 integrantes do Conselho de Segurança pediu uma investigação completa do incidente, que causou a morte de pelo menos nove ativistas pró-palestinos. A sessão do Conselho foi convocada pela Turquia e Líbano, membros temporários.
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Funcionários da ONU já haviam criticado anteriormente o bloqueio à Faixa de Gaza, uma vez que as restrições ao comércio estariam causando uma crise humanitária.
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Da Redação, com agências internacionais
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03-06-2010 6:27
Egipto
Árabes decidem pedir na ONU fim do bloqueio a Gaza

Cairo - A Liga Árabe decidiu hoje, quinta-feira, em reunião extraordinária, pedir ao Conselho de Segurança das Nações Unidas o fim do bloqueio de Israel sobre a Faixa de Gaza, e processar judicialmente Israel.

A decisão foi tomada durante uma reunião de quase cinco horas, na sede da organização, com a participação dos ministros de Assuntos Exteriores árabes.

Eles debateram o ataque israelense contra a frota que transportava ajuda humanitária à Faixa de Gaza, que deixou nove mortos.

Em entrevista colectiva no final da reunião, o secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, disse que a tarefa de fazer com que o Conselho de Segurança da ONU se reúna será do Líbano, país que ocupa um posto não-permanente no órgão.

O Conselho de Segurança, acrescentou Moussa, "deve aprovar uma condenação a Israel e pôr fim ao bloqueio" de Gaza, que começou em Junho de 2007 e permite a seus habitantes receberem uma limitada quantidade de produtos.

Quanto às negociações de paz indirectas entre palestinos e israelenses, com a mediação americana, Moussa disse que "se não houver resultados", o processo voltará a ser "totalmente" revisado.

"Estamos a espera deste avanço, embora sabemos que não acontecerá", ressaltou.

Na reunião de hoje, a Síria esperava a aprovação pela Liga Árabe de uma proposta para que fossem suspensas as negociações indirectas entre palestinos e israelenses, mas a iniciativa não foi adiante.

Mesmo assim, Moussa advertiu que, se o diálogo indirecto não prosperar, "a iniciativa de paz árabe não permanecerá para sempre na mesa de negociações".

Por enquanto, os 22 de membros da Liga Árabe decidiram cumprir uma das resoluções aprovadas na cúpula de Sirte (Líbia), que estabelece a cessação de qualquer tipo de relação com Israel, ainda que Egipto e a Jordânia já tenham assinado tratados de paz com os israelenses.

Além disso, Moussa ressaltou que, para aliviar o sofrimento dos habitantes de Gaza, o Egipto abriu a passagem fronteiriça de Rafah, entre o país e a Faixa.

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Quanto ao ataque israelense, os árabes condenaram e mostraram sua satisfação com a decisão do Conselho de Direitos Humanos da ONU de realizar uma investigação independente sobre eventuais violações do direito internacional.
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Além disso, foi solicitada a Israel a libertação imediata dos activistas que ficam em seu territórios, dos navios e da carga humanitária que transportavam.
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Horas depois da reunião árabe, os últimos 500 activistas que estavam detidos deixaram Israel.

A expulsão dos activistas foi decidida ontem à noite pelo Governo de Benjamin Netanyahu, depois de uma forte pressão da comunidade internacional.
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