América Latina
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No dia 6 de março, mobilizações localizadas em várias cidades da Colômbia pretendem levar a população às ruas para dizer "não" à reeleição do atual presidente Álvaro Uribe e à perpetuação de sua política de Segurança Democrática e Estado Comunitário. Pessoas de todos os lugares do mundo estão sendo chamadas a realizar atos simbólicos de apoio à causa.
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Após uma modificação na Constituição do país, Uribe conseguiu, em 2006, sua primeira reeleição. Há alguns meses, o Congresso colombiano aprovou um projeto de lei acerca da convocação de um referendo que permitiria ao presidente tentar a segunda reeleição ainda neste ano. No momento, a Justiça do país está analisando o projeto do referendo. A decisão ainda pode demorar 60 dias para ser divulgada.
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Álvaro Uribe ainda não confirmou se realmente pretende tentar o terceiro mandato consecutivo, contudo algumas de suas recentes declarações deixaram implícita a aspiração. Na sexta-feira (12), Uribe afirmou em entrevista à Rádio Z que um período de oito anos é pouco tempo para recuperar a segurança de um país que em 200 anos de vida independente teve 47 anos de paz. Também foi colocada em dúvida as intenções e capacidades dos pré-candidatos de levarem adiante as políticas de segurança já iniciadas.
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Atentos a esta possibilidade, movimentos sociais organizados na Colômbia, entre eles o Movimento de Vítimas de Crimes do Estado Colombiano (Movice), estão se articulando e convidando a população a fazer o mesmo para que a legislação não seja novamente ferida e com isso sejam perpetuadas políticas opressoras e de desrespeito aos direitos humanos.
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Em carta de manifesto e convite, o Movice chama a sociedade colombiana a participar das iniciativas de mobilização pacífica "contra a reeleição da segurança democrática e do estado comunitário". Os pré-candidatos à presidência também são convocados a manter distância das políticas implementadas por Uribe e a se comprometerem com uma política pautada na verdade e que gere paz com justiça.
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Também são relatados uma gama de motivos que explicitam porque é preciso dizer não à segunda reeleição de Álvaro Uribe. As constantes violações aos direitos humanos, a criminalização e perseguição da oposição política, o exílio, a imposição de um modelo econômico que intensifica a pobreza, os deslocamentos forçados e a destruição da biodiversidade são apenas alguns dos motivos apresentados.
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Segundo análise do Movice, nos últimos oitos anos de governo de Álvaro Uribe um dos fatos mais vergonhosos foi a implantação da "Lei de Justiça e Paz", que tem como característica principal a manutenção da impunidade. "Dos 35.353 paramilitares que se desmobilizaram, só 698, ou seja um 1.98%, estão sendo processados pelos delitos cometidos e só um foi condenado, condenação que foi anulada pela Sala de Cassação Penal da Corte Suprema de Justiça".
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Para provar que as políticas de Uribe também violam os direitos humanos, o Movice relembrou que desde sua fundação, em junho de 2005, seus membros já foram vítima de constantes perseguições. São contabilizados cerca de 170 casos entre assassinatos seletivos, desaparecimentos forçados, detenções e ameaças.
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Outras políticas de Uribe estão relacionadas à libertação de militares envolvidos em execuções extrajudiciais; falta de credibilidade do Departamento de Segurança; entreguismo dos recursos naturais do país; aumento dos deslocamentos forçados; privatização de setores públicos; precarização do trabalho e demissões em massa.
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Fonte: Adital
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Álvaro Uribe ainda não confirmou se realmente pretende tentar o terceiro mandato consecutivo, contudo algumas de suas recentes declarações deixaram implícita a aspiração. Na sexta-feira (12), Uribe afirmou em entrevista à Rádio Z que um período de oito anos é pouco tempo para recuperar a segurança de um país que em 200 anos de vida independente teve 47 anos de paz. Também foi colocada em dúvida as intenções e capacidades dos pré-candidatos de levarem adiante as políticas de segurança já iniciadas.
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Atentos a esta possibilidade, movimentos sociais organizados na Colômbia, entre eles o Movimento de Vítimas de Crimes do Estado Colombiano (Movice), estão se articulando e convidando a população a fazer o mesmo para que a legislação não seja novamente ferida e com isso sejam perpetuadas políticas opressoras e de desrespeito aos direitos humanos.
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Em carta de manifesto e convite, o Movice chama a sociedade colombiana a participar das iniciativas de mobilização pacífica "contra a reeleição da segurança democrática e do estado comunitário". Os pré-candidatos à presidência também são convocados a manter distância das políticas implementadas por Uribe e a se comprometerem com uma política pautada na verdade e que gere paz com justiça.
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Também são relatados uma gama de motivos que explicitam porque é preciso dizer não à segunda reeleição de Álvaro Uribe. As constantes violações aos direitos humanos, a criminalização e perseguição da oposição política, o exílio, a imposição de um modelo econômico que intensifica a pobreza, os deslocamentos forçados e a destruição da biodiversidade são apenas alguns dos motivos apresentados.
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Segundo análise do Movice, nos últimos oitos anos de governo de Álvaro Uribe um dos fatos mais vergonhosos foi a implantação da "Lei de Justiça e Paz", que tem como característica principal a manutenção da impunidade. "Dos 35.353 paramilitares que se desmobilizaram, só 698, ou seja um 1.98%, estão sendo processados pelos delitos cometidos e só um foi condenado, condenação que foi anulada pela Sala de Cassação Penal da Corte Suprema de Justiça".
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Para provar que as políticas de Uribe também violam os direitos humanos, o Movice relembrou que desde sua fundação, em junho de 2005, seus membros já foram vítima de constantes perseguições. São contabilizados cerca de 170 casos entre assassinatos seletivos, desaparecimentos forçados, detenções e ameaças.
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Outras políticas de Uribe estão relacionadas à libertação de militares envolvidos em execuções extrajudiciais; falta de credibilidade do Departamento de Segurança; entreguismo dos recursos naturais do país; aumento dos deslocamentos forçados; privatização de setores públicos; precarização do trabalho e demissões em massa.
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Fonte: Adital
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80% ?
20/02/2010 14h58 a imprensa estadounidense e imprensa colombiana bancada pelos EUA é que divulga essas informações. Não temos nenhuma prova e nem um instituto de pesquisa sério por trás dos 80%. Os carniceiros do Brasil, principalmemte durante o governo Médici, tinha lá seus 70 e tantos % de aprovação, mas ainda assim as pessoas passavam fome e viviam com medo, foi também na era Médici com lá seus 70 e tantos % de aprovação que a criminalidade começou a crescer no Brasil. Foi também na era Médici que minha família passou fome pois não tinha trabalho. Talvez a aprovação alta que eles dizem é a opinião da elite, pois para os carniceiros da direita e cadelas do império o povo só serve para a escravidão e não deve ter voz.
José AfonsoBelo Horizonte - MG. -
População vai à.s ruas...
20/02/2010 10h13 Uma pessoa minimamente informada sabe dos desmandos de uribe. Ele próprio com processos na justiça por envolvimento com drogas e assassinatos: o irmão ´foi preso por envolvimento com os mesmos crimes. Incentivador e mandante dos grupos paramilitares, a corrupção grassa no governo, utilizando recursos colombianos e recursos "ditos" ianques.Uma irmã de minha esposa está lá e vê de perto a chacina há anos perpertrada com os cidadãos colombianos...
Antonio CarvalhoItabuna - BA. -
"É Hora de Defendermos Com Mais Vigor Os Direitos Humanos Na Colômbia!"
19/02/2010 20h09 A questão da Colômbia merece uma reflexão especial por parte dos governos e movimentos democráticos em todo o mundo.Há que se buscar ou criar ,no âmbito das organizações de direitos humanos,mecanismos mais eficazes de retaliação às práticas de violação do direito à vida,à eliminação física da oposição,em números que ,no passado,só eram imputáveis a ditaduras sanguinária como as de Pinochet.A legislação internacional,bem como os organismos de defesa dos direitos humanos parecem ser incapazes de repercutir e agir nesta nova conjuntura,ensejada pelo surgimento de regimes sanguinários fascistas, acobertados por uma por uma fachada pseudo-democrática.Desenvolver os antídotos para enfrentar este novo modus operandi inspirado nos bastidores da CIA,para substituir a época das ditaduras militares, não é de pouca importância para o futuro da democracia em nosso continente.Basta notar que esta mesma tática já foi estendida a outros países como Honduras.Basta de assassinatos na colômbia!
Darcy Brasil Rodrigues da SilvaRio de Janeiro - RJ. -
80% de aprovação (???)
19/02/2010 19h37 O Governo Uribe, facista e sabujo do Imperialismo Norte-americano (veja a imposição das bases militares na Colombia), que já elimenou centenas de milhares de lideranças dos segmentos que são da oposição, é o mesmo que diz que 80% da população aprova seu governo. Agora, mesmo que fossem os 80%, isto não impede que os demais assumam com coragem patriótica a defesa de outro governo, democrático e soberano, mesmo que isto também lhes custe a vida. Ou o cearense Felipe quer que o povo colombiano morra agachado?
José MartinsCruz Alta - RS. População?
19/02/2010 18h31Uribe tem uma aprovação de quase 80% da população ao seu governo. A matéria fala como se a opulação da Colômbia estivesse insatisfeita com o governo, o que é uma grande mentira.FilipeFortaleza - CE.,
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