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quinta-feira, dezembro 08, 2011

Ministro mantém proposta de videovigilância e afirma que CNPD não é tribunal



08.12.2011 - 00:07 Por Lusa
 O ministro da Administração Interna garantiu nesta quarta-feira que o Governo “não vai desistir” da proposta sobre a instalação de câmaras de videovigilância em espaços públicos, apesar de a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) a ter considerado inconstitucional.

“Não vamos desistir deste objectivo, no respeito da lei e da Constituição e sem nenhum medo de querelas políticas”, referiu Miguel Macedo aos jornalistas, em Braga, onde se deslocou para participar numa reunião com militantes do PSD. 

O governante sublinhou que a CNPD “não é um tribunal”, pelo que não lhe compete decidir sobre a conformidade da proposta do Governo com o texto constitucional. 

A proposta do Governo, aprovada em Conselho de Ministros e enviada para a Assembleia da República, sobre a utilização da videovigilância pelas forças de segurança, atribui ao ministro da Administração Interna o poder absoluto de decidir sobre a instalação e adequação destes sistemas em espaços públicos na prevenção da criminalidade. 

Segundo o parecer da CNPD, a proposta de lei do Governo traduz-se “numa diminuição inaceitável das garantias que o legislador constitucional pretendeu imprimir à tutela do direito fundamental da privacidade dos cidadãos face ao tratamento dos seus dados pessoais”. 

Por isso, a comissão considera que a proposta padece do “vício de inconstitucionalidade material”. 

Para Miguel Macedo, o parecer da CNPD contém algumas afirmações que são “panfletárias” e outras que não correspondem ao que a lei diz. 

“O que é intitulado como parecer em várias passagens parece mais uma declaração política”, referiu. 

Acrescentou que a CNPC baseia as suas decisões em critérios de segurança que não lhe cabe aferir. 

“Critérios de segurança são aferidos, em primeira linha, pelas forças de segurança. É isso que nós clarificamos nesta lei, assumindo todas as nossas responsabilidades. Um ministro não tem menos responsabilidade que um qualquer membro da CNPD”, disse ainda. 

Miguel Macedo admitiu que a comissão “pode não gostar desta lei”, mas ressalvou que o Governo “não tem de lhe pedir autorização” para apresentar uma proposta. 

A proposta será discutida quinta-feira, na Assembleia da República. 

“Vamos de espírito aberto. Não quero fazer finca-pé em todas as soluções que são propostas”, afirmou o ministro, criticando as “teias de aranha” que por vezes diz vislumbrar “em certas cabeças”. 

Lembrou que em 2004, por ocasião do Europeu de Futebol, Portugal teve um conjunto de mecanismos excepcionais de segurança que passaram pela possibilidade de instalar câmaras de videovigilância em certos espaços públicos. 

“O País e a democracia não caíram por causa disso. Há que relaxar um pouco, não pensar que de um lado estão os bons e do outro estão os maus”, apelou.
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Comentários1 a 5 de 5

  1. Albuquerque , Tavira. 08.12.2011 14:58

    Videovigilancia

    Considero as declarações do ministro completamente descabidas tanto mais que são proferidas por um licenciado em direito. Tenta compara uma situação excepcional onde poderá ser justificável - o Europeu de futebol com o dia a dia da vida dos cidadãos. Repare-se que o ministro não fala de sítios específicos como bares discotecas, etc mas sim nas ruas. E já agora sr. ministro que autoridade têm sobre o assunto as forças de segurança. Às forças de segurança compete-lhes exercer a segurança dos cidadãos e mais nada. Não lhes está cometido terem opinião sobre problemas de constitucionalidade das leis. Sr. Ministro da Administração Interna do Governo de Portugal desta vez comportou-se de uma forma inqualificável.
  2. Anónimo , Lisboa. 08.12.2011 13:34

    CNPD, protecção de dados pessoais e segurança

    A CNPD deve preocupar-se apenas com a forma como os dados são protegidos. E só com isso. Como sucede, aliás, com as imagens recolhidas pelas câmaras de vigilância instaladas em estabelecimentos comerciais e bancários, e em outros locais livremente acessíveis ao público. Agora, decidir se, em termos de segurança pública, devem ou não ser instaladas câmaras de vigilância em certos locais, parece-me excessivo, e desconheço, aliás, quais são as competências técnicas dos membros da CNPD para se pronunciarem relativamente a questões de segurança e contrariarem os pareceres das próprias forças de segurança.
  3. Rui Seabra , Lisboa, Portugal. 08.12.2011 10:16

    Abaixo o Miguel Macedo

    A CNPD não é um tribunal, mas muito menos é o ministério da administração interna. Exijo a demissão imediata do fascista Miguel Macedo.
  4. Baralhado , Faro. 08.12.2011 10:09

    Como?

    Então estamos a pagar meiadúzia de "experts", penso que nomeados pelo próprio governo, e quando as coisas não saiem a favor do dito cujo, não valem nada? Óh sr. ministro, acabe com a brincadeira! Se não tem valor o parecer dessa organização, acabe com ela, e podem poupar-se mais uns quantos milhões, anualmente! Para que serve uma entidade, cujas deliberações, o governo não aceita? Acabe com mais essa toca de comilões, que ainda por cima são "contra" o governo! Por mim, queria que o país fosse mais seguro, mesmo tendo mais câmaras, nas ruas! Nas lojas, por conta dos lojistas, na rua por conta do governo!
  5. MGO , Lisboa, Portugal. 08.12.2011 01:27

    Relaxar um pouco?!?

    Mas este Sr. vem dizer que devemos relaxar um pouco em questões relacionadas com a privacidade? Deve estar a gozar com os portugueses! Profundamente revoltante. Qualquer dia também temos uma "Thought Police"...

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