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“O presidente Zelaya queria levar o país para o comunismo, entregá-lo a [Hugo] Chávez e por isso as Forças Armadas tiveram de dar um golpe democrático”, afirma Lagos. Sua entidade, não por acaso, tem sede em Miami — a única cidade do mundo onde, em 2003, foi realizada uma manifestação de apoio à guerra no Iraque.
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Logo após o golpe, Lagos, que estava internado em um hospital convalescente de uma operação, saiu à rua e organizou a primeira coletiva de imprensa do presidente inconstitucional, Roberto Micheletti. Uma vez convocada a imprensa local de Miami, ele pegou o celular, telefonou para o presidente golpista e o pôs em contato com os jornalistas. “Você é um bom patriota”, elogiou Micheletti.
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A entrevista foi repetida até a exaustão pelas rádios e televisões da cidade. A situação chegou a tal ponto que até o diretor do jornal The Miami Herald, Anders Gyllenhaall, escreveu em seu Twitter: “Estas coisas só acontecem em Miami. Deputado dá golpe em Honduras e telefona para Miami para dar explicações”.
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“Nós, os cubanos livres, estamos orgulhosos do presidente hondurenho, que deu um exemplo ao mundo de ideais democráticos e responsabilidade cívica”, acrescentou o líder de Vigília Mambisa, Miguel Savedra, referindo-se a Micheletti. Savedra é um exilado cubano conhecido na cidade por, “em tempos de crise política”, aparecer sempre no principal café da Pequena Havana, o Versailles, onde se concentram os jornalistas em busca de opiniões pitorescas.
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Foi neste ambiente que Rodolfo Frómeta, o “comandante-chefe” da Comandos F-4 anunciou que tinha “enviado para Honduras 230 soldados” para ajudar o Exército desse país a combater “a penetração cubano-chavista”. A Comandos F-4 é possivelmente a única organização anticastrista que reivindica uma oposição “bélica” contra o governo da ilha,
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Da Redação, com informações do Operamundi.net
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in Vermelho - 25 DE JULHO DE 2009 - 20h01
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