A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quarta-feira, outubro 10, 2012

Mário Soares apela a Cavaco Silva que substitua Governo sem eleições

Jornal de Negócios


Mário Soares apela a Cavaco Silva que substitua Governo sem eleições

Mário Soares defende que a democracia seja legitimada por eleições, mas a actual "crise profunda do Governo" obriga a que o Presidente da República actue, "por muito que lhe custe". E admite que as eleições possam vir depois.
Mário Soares considera, no artigo de opinião publicado no “Diário de Notícias”, que, nas actuais circunstâncias, “se houver vergonha” será “inevitável o fim da coligação que constitui o Governo. E, apesar de se falar em remodelação governamental, o ex-Presidente da República questiona se Passos Coelho será “capaz de arranjar substitutos capazes, no sentido de competentes, para substituir Portas, Cristas e Mota Soares”. Referindo também Miguel Relvas, Álvaro Santos Pereira e Paula Teixeira da Cruz.Mário Soares considera que o Governo “está moribundo e ninguém o toma a sério.”

O ex-governante considera "completamente incoveniente" pensar em eleições, considerando que nesta altura “não resolverão nada e podem antes complicar muito a situação”. Mário Soares admite mesmo que os partidos políticos não ambicionam nesta altura uma ida às urnas.

E apesar de se afirmar “democrata” e considerar que as eleições são determinantes para uma democracia, dá o exemplo de Itália, onde o Presidente da República conseguiu afastar Silvio Berlusconi e colocar à frente do país Mario Monti. “E a verdade é que tem realizado um trabalho notável para a Itália e em favor dos países vítimas dos mercados usurários.”

Desta forma, conclui, Cavaco Silva “não pode continuar a fazer discursos vazios” e “será obrigado a tomar decisões. A não ser que se demita também.” 

“Dada a crise profunda do Governo é ao Presidente que compete actuar, por muito que lhe custe. E espero que não deixará de o fazer. Como? Isso será com ele. Para isso foi eleito. As eleições virão depois, no momento oportuno, porque são essenciais em democracia.”

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