A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

segunda-feira, abril 23, 2007


Bruxas & conspirações





Cinco anos depois dos criminosos atentados do 11 de Setembro nos EUA, os principais média nacionais e internacionais retomam o tema com análises mais ou menos aprofundadas sobre os alegados intervenientes no evento que tantas e tão profundas implicações teve à escala mundial.

Embora o período dedicado à efeméride ainda esteja a decorrer, é de presumir que o mais importante sobre o 11 de Setembro de 2001 fique por dizer. Falamos das teses que os média dominante denominam por «teorias da conspiração» e que, no essencial, questionam a «verdade oficial» servida à escala planetária como sendo o que de facto aconteceu, ou seja, que os atentados foram planeados e levados a cabo pela Al’Qaeda de Bin Laden, com tanto saber e mestria que apanharam completamente desprevenidos a maior potência militar do mundo.

Sucede que, ao contrário das bruxas, as conspirações existem, e nessa matéria os EUA têm longa experiência. Sabe-se hoje, por exemplo, que em 1962 altas patentes militares norte-americanas conceberam um plano – Operation Northwoods – que consistia num ataque terrorista interno, na costa da Florida, envolvendo o assassinato de cidadãos nacionais, derrube de um avião de passageiros e afundamento de um navio. A responsabilidade seria atribuída aos cubanos, o que daria um excelente pretexto para a invasão de Cuba com a complacência internacional. A semelhança com casos mais recentes será pura coincidência?

Mas voltemos atrás, à década de 70, e vejamos o pretexto para a guerra contra o Vietname: bombardeio de navios americanos no Golfo de Tonquim por barcos torpedos vietnamitas. Tais bombardeamentos nunca existiram, mas isso não impediu o então presidente Lyndon B. Johnson de usar o «facto» para fazer aprovar no Congresso a «Resolução Golfo de Tonquim», que era na verdade uma declaração de guerra. Os EUA perderam mais de 50 mil homens (e centenas de milhares ficaram afectados para toda a vida) antes de reconhecerem a derrota e serem forçados a retirar.

Recentemente, outra conspiração assente numa despudorada mentira «legitimou» a invasão do Iraque. Os relatórios que davam conta da compra de urânio à Nigéria pelo governo de Saddam Hussein e a existência de armas de destruição massiva no Iraque não passaram de invenção. Mas o país foi destruído e a guerra continua, aliás como no Afeganistão, com crescente número de baixas norte-americanas.

Por que havia então de ser diferente no caso do 11 de Setembro, que serviu de pretexto à «guerra contra o terrorismo» e aos mais graves ataques aos direitos dos cidadãos?

Investigações independentes que têm vindo a ser desenvolvidas nos EUA e na Grã-Bretanha, sobretudo, dão conta que o Pentágono foi atingido por um míssil e não por um Boeing 757; que nenhum caça da U.S. Air Force decolou para tentar interceptar os aviões sequestrados; que as Torres Gémeas vieram abaixo por implosão (demolição controlada com explosivos pré-posicionados) e não devido a choques de aviões, tal como de resto o Edifício 7 que não foi atingido por nenhum avião; e que as contradições da versão oficial são tantas que não resistem a uma análise desapaixonada dos factos.

Silenciando estas investigações ou remetendo-as para as «teorias da conspiração», os média dominantes – e dominados – cumprem o seu papel. São a voz do dono. Não será por aí que se chegará à verdade. Pode não se acreditar em bruxas nem em conspirações, mas lá que elas existem, existem.


Artigo publicado na Edição Nº1710 2006.09.07

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