Humor Bizzarru
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Durante o I Fórum Empresarial do Algarve que decorre este fim de semana em Vilamoura, o consultor do Governo para a privatizações, António Borges, afirmou que a medida da TSU (Taxa Social Única) que o actual Governo queria implementar era uma medida inteligente e que os empresários que a criticaram não passam de ignorantes e que não passariam do 1º ano do seu curso na Faculdade.
O que o senhor António Borges não se deve lembrar é que ele não contribui para a economia portuguesa e agora vem pedir sacrifícios aos contribuintes portugueses, quando no ano de 2011 ganhou 225 mil Euros livres de impostos por ser funcionário do FMI, pois os funcionários do FMI têm um estatuto especial e não pagam impostos sobre aquilo que recebem.
Trabalho de António Borges é um Mistério
Segundo Marc Roch, um jornalista Francês do "Le Monde" e autor de um livro sobre os bastidores do banco Goldman Sachs, considera o trabalho do consultor para as PPP (Parcerias Público Privadas) um verdadeiro mistério. "Sei que ele esteve no Goldman Sachs mas não sei o que é que ele fez ou em que secção trabalhou", afirmou o jornalista.
Em entrevista à Radio Renascença, Marc Roch afirmou também que foi o FMI que se "livrou" de António Borges, porque não era bom no que fazia. Contudo ficou surpreendido com a sua nomeação como responsável para as privatizações em Portugal.
Há cerca de dois anos, António Borges deu uma entrevista à BBC onde propunha a venda de Portugal a retalho, mas não contava ser completamente descredibilizado pelo jornalista britânico Stephen Sackur, mostrando até algum embaraço pela situação.
Enviado por verportugal em 28/05/2011
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Principais comentários
MARC ROCHE
"FMI livrou-se de António Borges porque não estava à altura do trabalho"
Correspondente financeiro do jornal "Le Monde" em Londres considera ainda que levanta conflito de interesses a escolha de António Borges para chefiar o processo de privatizações em Portugal.
31.05.2012 - Sara Afonso
“O FMI disse-me que se livraram dele [António Borges] porque não estava à altura do trabalho e agora chego a Lisboa e descubro que está à frente do processo de privatização. Há perguntas que têm de ser feitas”, defende o correspondente financeiro do “Le Monde” em Londres, em entrevista à Renascença.
Marc Roche é o autor de um livro, já premiado, que conta a história da Goldman Sachs e de como este banco dirige o mundo. Na obra são denunciadas as estreitas relações entre a banca e o poder. O correspondente diz que António Borges, ex-quadro da Goldman Sachs e ex-director do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Europa, surge neste tabuleiro como um peixe pequeno, mas que levanta sérias reservas tendo em conta a tarefa que tem agora em mãos.
António Borges foi nomeado por Pedro Passos Coelho para chefiar o processo de privatizações. “O senhor Borges estava fora do meu radar quando escrevi o livro, nunca tinha ouvido falar”, admite Marc Roche, que apenas tomou conhecimento do economista “quando se demitiu do FMI”.
Questionado se ficou surpreendido com a nomeação de António Borges para a questão das privatizações, Marc Roche admite que não. “Vejo gente da Goldman Sachs a aparecer por todo o lado em posições de poder, faz parte da marca do banco.”
“Aqui, o senhor Borges é um peixe pequeno, comparado com Mario Draghi, o presidente do Banco Central Europeu, que trabalhou na Goldman Sachs, com Mário Monti, o primeiro-ministro italiano, que também trabalhou na Goldman Sachs, ou com Lucas Papademos, ex-primeiro-ministro grego.”
Marc Roche, nesta entrevista à Renascença, defende ainda que o processo de privatizações não deve ser apressado e responsabiliza a Goldman Sachs pela entrada prematura da Grécia no euro, que deu origem à actual crise da dívida.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=64612
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/trabalho-de-antonio-borges-no-goldman-sachs-e-um-misterio-diz-jornalista=f730476#ixzz27vnmCRyo
Trabalho de António Borges no Goldman Sachs é um mistério, diz jornalista
O jornalista do "Le Monde" Marc Roche estabelece um paralelo entre as políticas de austeridade na Europa e a presença de "veteranos" do Goldman Sachs na política europeia.
17:03 Sábado, 2 de junho de 2012
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Lusa
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Economista António Borges defende que reduzir salários "é uma urgência"
Publicado em 2012-06-01
PS e PCP criticaram, esta sexta-feira, as declarações "vergonhosas" de António Borges sobre a salários e pedem uma posição do Governo. Nuno Magalhães, do CDS-PP, diz que o "silêncio é de ouro" sobretudo em "momento de dificuldade".
foto RODRIGO CABRITA/GLOBAL IMAGENS |
António Borges |
O economista e ex-dirigente do PSD António Borges, conselheiro do Governo para as parcerias público-privadas, defendeu, esta sexta-feira, em entrevista à Económico TV, que diminuir os salários não é uma política mas "uma urgência" e acusou o Estado de ser "um mau gestor".
No Parlamento, durante um debate agendado pelo PCP, a deputada do PS Sónia Fertuzinhos acusou António Borges de encarar a redução salarial "como uma purga redentora para o crescimento dos amanhãs que cantam".
No mesmo sentido, o deputado do PCP Miguel Tiago disse que as declarações de António Borges fazem parte de "uma campanha que este Governo leva a cabo" de "destruição da economia".
"Este Governo fala muito grosso para baixo, mas fala sempre muito fininho para cima", criticou.
O líder parlamentar do CDS-PP afirmou não ter ouvido as declarações de António Borges a defender que reduzir salários "é uma urgência", mas adiantou que "o silêncio é de ouro" sobretudo em "momentos de dificuldade".
"Creio que em todos os momentos, mas ainda mais em momentos de dificuldade, todos temos que ter exata noção da dimensão das nossas palavras e, por vezes, seguir o sábio conselho e o velho conselho de que o silêncio é de ouro", afirmou Nuno Magalhães aos jornalistas, no Parlamento.
O líder da bancada democrata-cristã começou por dizer que não ouviu as declarações de António Borges, não conhecendo, portanto, "o contexto" em que foram proferidas. "Não ouvi as declarações, logo, não conheço o contexto. Em segundo lugar, registo que essas declarações vêm contra aquilo que foi dito por vários membros do Governo", disse.
Estado
Borges ganhou 225 mil € livres de impostos
Consultor do Governo defendeu redução dos salários
- 03 Junho 2012
- Nº de votos (35)
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Borges trabalhou, até Novembro de 2010, como administrador da empresa Galeno Participações SGPS. E auferiu um rendimento anual da ordem dos 350 mil euros, acumulando ainda a presidência de um fundo de investimento - o Standards Board - em Londres.
O actual consultor do Governo para as privatizações e parcerias público-privadas (PPP) foi nomeado director do departamento do FMI para a Europa em Novembro de 2010 pelo então director-geral, Dominique Strauss-Kahn, substituindo o polaco Marek Belka, que se tornou governador do Banco Central da Polónia. Borges iniciou funções no FMI no final de Novembro de 2010 e desempenhou o cargo até meados de Novembro de 2011, quando apresentou a sua demissão à directora-geral, Christine Lagarde, alegando razões pessoais.
Não tendo residência em Portugal há vários anos, Borges apenas tem de entregar a declaração de rendimentos no nosso país se obtiver rendimentos em Portugal da categoria G, relativa a rendas, ou F, referente a mais-valias, mas não declara o rendimento do trabalho como funcionário do FMI, justamente porque está isento de impostos. Contactado pelo Correio da Manhã, António Borges escusou-se a fazer comentários.
TRABALHO DE BORGES É "UM MISTÉRIO"
Marc Roche, autor de um livro sobre os bastidores do banco Goldman Sachs e jornalista do ‘Le Monde', considera o trabalho de António Borges no banco "um mistério". O economista foi vice-presidente da instituição em Londres entre 2000 e 2008, tendo depois passado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). "Sei que ele esteve no Goldman Sachs mas não sei o que é que ele fez ou em que secção trabalhou", afirmou Roche.
GOVERNO NÃO REVELA ORDENADO
O Governo não revelou ainda o salário de António Borges como consultor para a área das privatizações, das parcerias público--privadas (PPP) e para a reestruturação do sector empresarial do Estado. A única informação conhecida é que a equipa de cinco economistas liderada por Borges custa 25 mil euros por mês.
A nomeação de António Borges para consultor do Executivo foi anunciada pelo próprio primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em Fevereiro deste ano. A acção do ex-director do FMI na Europa como consultor do Governo tem gerado polémica, a ponto de ter sido ouvido em Maio na comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas por causa da oferta pública de aquisição (OPA) da brasileira Camargo Corrêa sobre a Cimpor. E os próprios banqueiros não terão ficado muito satisfeitos com a sua intervenção no processo de recapitalização da Banca.
Na sexta-feira dia 1 de Junho, o CM questionou a Parpública sobre o montante do salário de António Borges como consultor, mas, até ao final desta edição, não obteve resposta.