"A maioria dos empresários também não contrataria" António Borges
Publicado às 16.08
O presidente da CIP, António Saraiva, considerou hoje "infelizes" as afirmações de António Borges, que acusou os empresários que criticaram a redução da TSU, de serem "ignorantes", realçando que a maioria das empresas não contrataria o consultor do Governo.
foto REINALDO RODRIGUES/GLOBAL IMAGENS |
Presidente da CIP respondeu a António Borges |
"Se tivéssemos que reagir emotivamente a estas declarações do António Borges, se calhar a maioria dos empresários portugueses também não o contrataria, não passaria na seleção dos recursos humanos das empresas, porque só tem um determinado conhecimento e não tem uma visão alargada", afirmou hoje à Lusa o dirigente patronal.
O consultor do Governo para as privatizações, António Borges, defendeu hoje que a Taxa Social Única (TSU) é uma medida "inteligente" e acusou os empresários que a criticaram de serem "ignorantes".
Em declarações à Lusa, António Saraiva considerou as declarações "excessivas e infelizes", acusando o consultor do Governo de lançar "um anátema sobre os empresários deste país", esquecendo-se que "os empresários portugueses, alguns analfabetos e outros com pouco formação, que nunca chegariam ao primeiro ano do curso ministrado por ele, é gente abnegada que cria emprego, cria riqueza e exporta cada vez mais".
"Se chama ignorante a esta camada de gente que arrisca, cria emprego e riqueza, então o António Borges não teria competências para entrar nas nossas empresas", declarou.
Mais, o presidente da CIP questiona se "a medida é assim tão virtuosa como António Borges a defende, porque é que o Governo recuou", realçando que, "se o Governo recuou, foi porque provavelmente percecionou que houve uma incorreta avaliação dos efeitos da medida".
António Saraiva deixou mesmo um conselho ao conselheiro do Governo: "Proponho ao doutor António Borges que, antes de produzir afirmações, tenha o bom senso de refletir, porque um ser humano adulto com as responsabilidades que ele tem, convém ter bom senso e moderação".
"Já nos bastam os pirómanos que andam a incendiar a situação portuguesa, para ainda termos outros que esperávamos que fossemos bombeiros que, afinal, também são incendiários", criticou.
António Borges interveio hoje no I Fórum Empresarial do Algarve, que decorre este fim de semana em Vilamoura e reúne mais de 300 empresários, economistas e políticos de Portugal, Brasil, Angola, Índia, Emirados Árabes Unidos e Moçambique.
"Que a medida é extremamente inteligente, acho que é. Que os empresários que se apresentaram contra a medida são completamente ignorantes, não passariam do primeiro ano do meu curso na faculdade, isso não tenham dúvidas", afirmou.
Admitindo que a medida implica perda de poder de compra "para muita gente", António Borges considerou, no entanto, que quem acha que "o programa de ajustamento português se faz sem apertar o cinto, está com certeza um bocadinho a dormir".
Aquele responsável discordou ainda que, com a TSU, se proceda a uma transferência dos rendimentos do trabalho para o capital, já que o problema do país é estar "completamente descapitalizado".
"Parece que voltámos todos ao Marxismo: o capital é uma coisa má, temos que o destruir", referiu, criticando o facto de as pessoas dizerem que "não podem ajudar o capital".
"Não estamos a transferir rendimentos de ninguém para ninguém, estamos a tentar manter postos de trabalho. Isto é do interesse de todos, não é só de alguns", sublinhou.
Borges não tem "perfil para o lugar público que ocupa", diz Confederação do Comércio
Publicado ontem
foto ARQUIVO |
António Borges está a ser alvo de fortes críticas |
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, defendeu este sábado que António Borges, que acusou os empresários que criticaram a redução da TSU de serem "ignorantes", não tem "perfil para o lugar público que ocupa".
"Não vemos como é que tem perfil para um lugar público da importância que ocupa", reagiu João Vieira Lopes, realçando que "o professor António Borges ocupa um cargo público por nomeação governamental".
Em declarações à Lusa, o dirigente patronal espera que "o Governo desautorize esse tipo de afirmações", no dia em que o consultor do Governo para as privatizações disse que a Taxa Social Única (TSU) é uma medida "inteligente" e acusou os empresários que a criticaram de serem "ignorantes".
"É uma afirmação perfeitamente lamentável feita por alguém que ocupa um cargo público bastante importante na fase atual da economia, e só revela um desconhecimento completo do tecido empresarial", acrescentou o representante das empresas de comércio e serviços.
Vieira Lopes contrapôs que "o facto de o Governo recuar na TSU é uma posição inteligente", porque, argumentou, a medida iria provocar uma retração "ainda mais brutal" do consumo interno, e teria "efeitos drásticos" na paz social.
"Esperamos que futuramente para medidas deste tipo [o Governo] fale primeiro com os parceiros sociais que têm uma sensibilidade que uma pessoa com perfil académico não conseguirá ter", acrescentou.
António Borges interveio hoje no I Fórum Empresarial do Algarve, que decorre este fim de semana em Vilamoura e reúne mais de 300 empresários, economistas e políticos de Portugal, Brasil, Angola, Índia, Emirados Árabes Unidos e Moçambique.
Admitindo que a medida implica perda de poder de compra "para muita gente", António Borges considerou, no entanto, que quem acha que "o programa de ajustamento português se faz sem apertar o cinto, está com certeza um bocadinho a dormir".
Aquele responsável discordou ainda que, com a TSU, se proceda a uma transferência dos rendimentos do trabalho para o capital, já que o problema do país é estar "completamente descapitalizado".
"Parece que voltámos todos ao Marxismo: o capital é uma coisa má, temos que o destruir", referiu, criticando o facto de as pessoas dizerem que "não podem ajudar o capital".
Borges "nunca trabalhou na vida, nunca teve de pagar salários e não sabe do que está a falar"
Publicado ontem
O presdente da Logoplaste, Filipe de Botton, defendeu que António Borges, que acusou os empresários que criticaram a redução da TSU de serem "ignorantes", tem "uma atitude que demonstra total ignorância do que é o tecido empresarial português".
foto DIANA QUINTELA/GLOBAL IMAGENS |
Filipe de Botton lança duras críticas a António Borges |
"Está a ter uma atitude que demonstra total ignorância do que é o tecido empresarial português", reagiu o empresário Filipe de Botton, defensor de que a redução da Taxa Social Única (TSU) para as empresas "não faz qualquer sentido" e revela uma "insensibilidade social perfeitamente inaceitável".
O consultor do Governo para as privatizações, António Borges, defendeu hoje que a Taxa Social Única (TSU) é uma medida "inteligente" e acusou os empresários que a criticaram de serem "ignorantes".
Em declarações à Lusa, Filipe de Botton disse que "é pena que [António Borges] fale sem conhecimento", acrescentando que o consultor do Governo em matéria de privatizações "nunca trabalhou na vida, nunca teve de pagar salários e não sabe do que está a falar".
Quando o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou a intenção de reduzir a TSU para as empresas e aumentar a contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, o empresário considerou que a medida demonstra "uma insensibilidade social que é perfeitamente inaceitável" e defende que a poupança resultante da redução da TSU não terá qualquer impacto no emprego.
António Borges interveio hoje no I Fórum Empresarial do Algarve, que decorre este fim de semana em Vilamoura e reúne mais de 300 empresários, economistas e políticos de Portugal, Brasil, Angola, Índia, Emirados Árabes Unidos e Moçambique.
"Que a medida é extremamente inteligente, acho que é. Que os empresários que se apresentaram contra a medida são completamente ignorantes, não passariam do primeiro ano do meu curso na faculdade, isso não tenham dúvidas", afirmou.
Admitindo que a medida implica perda de poder de compra "para muita gente", António Borges considerou, no entanto, que quem acha que "o programa de ajustamento português se faz sem apertar o cinto, está com certeza um bocadinho a dormir".
Aquele responsável discordou ainda que, com a TSU, se proceda a uma transferência dos rendimentos do trabalho para o capital, já que o problema do país é estar "completamente descapitalizado".
Indústria do calçado ofendida com declarações de António Borges
Publicado ontem
O presidente do grupo Kyaia, Fortunato Frederico, afirmou este sábado que ficou "ofendido" com as afirmações de António Borges, que acusou os empresários que criticaram a redução da TSU, de serem "ignorantes", acrescentando que, "às vezes, dá vontade de desistir".
foto PEDRO GRANADEIRO/GLOBAL IMAGENS |
Fortunato Frederico é líder do maior grupo de calçado |
Defensor de que a descida da Taxa Social Única (TSU) "era uma medida sem pés, cabeça nem coração", Fortunato Frederico, presidente do maior grupo de calçado português, disse que se sentiu "ofendido" e "triste" ao mesmo tempo, com as afirmações do consultor do Governo para as privatizações.
"Tenho que dar uma resposta a esse cavalheiro: serei ignorante de políticas e teorias económicas experimentalistas, mas não sou um ignorante nas relações humanas nem na defesa dos valores humanos", declarou.
O consultor do Governo para as privatizações, António Borges, defendeu hoje que a Taxa Social Única (TSU) é uma medida "inteligente" e acusou os empresários que a criticaram de serem "ignorantes".
Em declarações à Lusa, o também presidente da Associação de Industriais do Calçado considerou que, "às vezes, dá vontade de cruzar os braços e desistir, porque a gente quer o bem deste país, uma sociedade mais ou menos humanizada".
António Borges interveio hoje no I Fórum Empresarial do Algarve, que decorre este fim de semana em Vilamoura e reúne mais de 300 empresários, economistas e políticos de Portugal, Brasil, Angola, Índia, Emirados Árabes Unidos e Moçambique.
Admitindo que a medida implica perda de poder de compra "para muita gente", António Borges considerou, no entanto, que quem acha que "o programa de ajustamento português se faz sem apertar o cinto, está com certeza um bocadinho a dormir".
Aquele responsável discordou ainda que, com a TSU, se proceda a uma transferência dos rendimentos do trabalho para o capital, já que o problema do país é estar "completamente descapitalizado".
"Parece que voltámos todos ao Marxismo: o capital é uma coisa má, temos que o destruir", referiu, criticando o facto de as pessoas dizerem que "não podem ajudar o capital".
Empresário Luís Onofre "pasmado" com declarações "extremamente deselegantes" de António Borges
Publicado ontem
O empresáro Luís Onofre afirmou, este sábado, que ficou "pasmado" com as declarações do consultor do Governo António Borges, considerando que foi "extremamente deselegante" ao considerar "ignorantes" os empresários que criticaram a redução da TSU.
foto MANUEL AZEVEDO / GLOBAL IMAGENS |
Luís Onofre "pasmado" com declarações de António Borges |
"Fiquei pasmado como é que uma pessoa com um cargo destes pode fazer um comentário tão deselegante", disse hoje à Lusa o designer de calçado, no dia em que o consultor do Governo para as privatizações defendeu que a Taxa Social Única (TSU) é uma medida "inteligente" e acusou os empresários que a criticaram de serem "ignorantes".
Luís Onofre defendeu que António Borges "deveria ter pensado melhor naquilo que disse", que "ofende quase uma classe toda de empresários que se uniram para a medida não ir para a frente".
O empresário do setor do calçado, que admitiu partilhar com os trabalhadores o valor que viesse a poupar com a redução da TSU, considerou "extremamente deselegante [António Borges] ter feito um comentário destes sobre empresas que fazem andar este país, ao contrário daquilo que está a ser feito no Governo com conselhos que este senhor tenha dado".
"Como ignorante que sou, talvez o melhor seja mesmo ignorar", acrescentou.
António Borges interveio hoje no I Fórum Empresarial do Algarve, que decorre este fim de semana em Vilamoura e reúne mais de 300 empresários, economistas e políticos de Portugal, Brasil, Angola, Índia, Emirados Árabes Unidos e Moçambique.
"Que a medida é extremamente inteligente, acho que é. Que os empresários que se apresentaram contra a medida são completamente ignorantes, não passariam do primeiro ano do meu curso na faculdade, isso não tenham dúvidas", afirmou.
Admitindo que a medida implica perda de poder de compra "para muita gente", António Borges considerou, no entanto, que quem acha que "o programa de ajustamento português se faz sem apertar o cinto, está com certeza um bocadinho a dormir".
Aquele responsável discordou ainda que, com a TSU, se proceda a uma transferência dos rendimentos do trabalho para o capital, já que o problema do país é estar "completamente descapitalizado".
"Parece que voltámos todos ao Marxismo: o capital é uma coisa má, temos que o destruir", referiu, criticando o facto de as pessoas dizerem que "não podem ajudar o capital".
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