A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sexta-feira, agosto 01, 2008

A OMC faliu; tínhamos razão em Seattle


30 DE JULHO DE 2008 - 19h40

Vermelho


Índia e China rejeitaram na OMC (Organização Mundial de Comércio) a proposta americana sobre a agricultura e a indústria e os Estados Unidos saíram batendo a porta. Os países emergentes viram os resultados da abertura indiscriminada dos mercados. E quiseram evitá-la.


Por Monica Di Sisto, no Liberazione*



Manifestação de protesto dos movimentos sociais em Genebra

"Caiu, caiu!" Como uma repetição do mesmo filme em Genebra, após nove dias de extenuantes conversações, repetiu-se a mesma cena vista na reunião ministerial de Seattle (EUA), em 1999, e na de Cancún (México), em 2003.


As portas do Green Room – salão onde os ministros do comércio dos países-membros da OMC cozinham os acordos mais delicados – permaneceram fechadas mesmo quando o falatório sobre a falência tornou-se uma ensurdecedora gritaria.


Desta vez, porém, não foram os países africanos que saíram batendo a porta, como em Cancún, humilhados pela arrogância com que os Estados Unidos e a Europa minimizavam suas preocupações com uma crise alimentar e comercial já grave, espicaçada pela concorrência desleal dos EUA e da China quanto aos preços do algodão e outros produtos coloniais. Hoje quem abandonava a sala de imprensa eram os falcões de Washington, aqueles que desejavam dar, como derradeiro presente a Bush filho, a chave de ouro que faltara a Bush pai.


Fortalecidas por suas economias em ascensão, mas conscientes dos riscos de uma liberalização a todo custo, a Índia e a China opuseram um seco "não" à retórica e às habituais promessas de pragmatismo, colocando-se à frente de todos os países, entre os 153 membros da OMC, que entendiam ter mais a perder que a ganhar com o encerramento desse ciclo de negociações.


Susan Schwab, a negociadora dos EUA, que esticara até o limite do mandato conferido pelo Congresso a sua promessa de corte dos subsídios agrícolas, disse aos jornalistas, com os dentes cerrados, que as negociações "tinham assumido um sentido embaraçoso" e não fora por escolha dela. E retirou-se sem mais nada a dizer.


* Matéria de capa do diário comunista italiano Liberazionehttp://www.liberazione.it

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