A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sexta-feira, agosto 29, 2008

Angola volta às urnas após guerra civil


Vermelho


28 DE AGOSTO DE 2008 - 17h24



Angola realizará no dia 5 de setembro sua segunda eleição legislativa. Cerca de 8,3 milhões de eleitores devem comparecer às urnas pela primeira vez desde 1992, ano que a União Nacional para a Independência Total de Angola, (Unita), desdenhou os resultados da eleição e desatou uma guerra civil que duraria dez anos.


Em 1992 os angolanos foram pela primeira vez às urnas. No entanto, o processo eleitoral acabou sendo o estopim para uma guerra que durou dez anos entre o Movimento Pela Libertação de Angola (MPLA) e a Unita. O pretexto que a Unita utilizou para iniciar a nova guerra foi fraude na eleição, algo contestado por observadores e organismos internacionais.


Em 5 de setembro os angolanos elegerão deputados para seu parlamento. A atual legislatura é considerada extraordinária e deve sua longevidade à guerra. Em 1992 os angolanos escolheram deputados (governo) e Presidente da República.

O falecido líder da Unita, Jonas Savimbi, interrompeu o processo e declarou o reinício da guerra civil, que só foi terminar dez anos depois, em 2002. Savimbi teve apoio material e financeiro da África do Sul, desde a independência de Angola até o fim do regime de Apartheid que vigia no país vizinho.


Além do MPLA e da Unita, o maior partido da oposição, doze organizações disputam os 220 assentos da assembléia legislativa angolana. O governo angolano aprovou na última reunião do conselho de ministros o montante de 170 milhões de dólares para financiar a campanha eleitoral.


De acordo com a actual legislação angolana, os US$ 170 milhões (1 bilhão e 275 milhões de Kwanzas) serão distribuído pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e em montante igual para todos os partidos e coligações, independentemente do número de deputados que tenham na Assembléia Nacional.


Dez partidos políticos e quatro coligações vão disputar as eleições legislativas de 5 de setembro em Angola.


Jornalistas têm acesso garantido


A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) garantiu na última semana que todos os órgãos de comunicação social credenciados, nacionais ou estrangeiros, vão ter acesso ao centro de apurações das eleições.


No entanto, o acesso será "reduzido a um jornalista por cada órgão de comunicação social devido à limitação de espaço", adiantou à Agência Lusa João Carlos Van-Dunem, que dirige á área de informação da CNE.


De acordo com a Lei Eleitoral angolana, os resultados definitivos podem ser divulgados até 15 dias depois da votação, mas os provisórios poderão começar a ser conhecidos nas 24 horas após o fechamento das urnas.

Segundo a imprensa angolana, a Unita está preparando seu próprio centro de acompanhamento dos resultados das mais de 12.400 sessões de votação disponíveis para os mais de oito milhões de eleitores inscritos.


A apuração paralela da Unita será realizada a partir dos dados fornecidos pelos delegados do partido nas sessões eleitorais espalhadas pelas 18 províncias angolanas.


União Européia envia observadores

A chefe da missão de observação eleitoral da União Europeia (UE), Luísa Morgantini, elogiou no último domingo (24) a forma tranqüila como está decorrendo a campanha eleitoral no país.


Luísa, citada pela Agência Angolana de Notícias (Angop), apelou aos partidos políticos envolvidos no processo a desenvolver suas campanhas e a apresentar os seus programas eleitorais "sem conflitos", mas apenas como adversários políticos.


A chefe da missão de observação da UE e vice-presidente do Parlamento Europeu deu as declarações no final de um encontro com o governador da província central do Huambo, António Paulo Kassoma.


A comitiva da UE está visitando as 18 províncias do país para constatar a forma como está a decorrer a campanha eleitoral, iniciada em 5 de agosto.


Até 5 de setembro, 100 observadores eleitorais da UE estarão no país para acompanhar as eleições legislativas.


Outros observadores dos Estados Unidos, da União Africana, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) deverão também fiscalizar as eleições.


Petróleo turbina crescimento


Nos últimos seis anos, a economia angolana cresceu graças à exportação recorde de petróleo. Cerca de 25% do petróleo importado pela Europa ocidental vem da África, principalmente de Angola e da Nigéria.


Ainda que a economia angolana apresente sinais de melhora, os indicadores sociais demonstram que esse país africano continua pobre. Mais de dois terços da população vive com menos de dois dólares por dia e o desemprego chega a 40%.


Da redação
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