A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sábado, novembro 07, 2009

A China - Nova Potência «Emergente» na Economia Mundial



 
Eles já estão aí!
E agora, orgulhosos
«donos do mundo civilizado»?


Enquanto os porta vozes dos costumeiros poderes financeiros e políticos deste mundo vão procurando animar o público com um próximo final da actual crise, ou, digo eu, com um final do actual episódio da Crise, o episódio correspondente ao rebentamento da bolha do crédito imobiliário em 2008; enquanto o défice orçamental dos EUA cresce para valores astronómicos e o Reino Unido parece encaminhar-se para o estatuto de uma imensa Islândia; enquanto os EUA/ Reino Unido/Ocidente se afundam em dramas sem fim no Iraque e no Afeganistão; enquanto o dólar vai deixando de ser a referência que tem sido; enquanto tudo isto, e mais do mesmo teor, já se pode ver um novo Mundo em que grandes potências do antigamente dito Terceiro Mundo, que posteriormente foi apelidado, de passagem, de Sul, potências como, nomeadamente, o Brasil e a China, «emergem» (para empregar esta imagem que ainda ressoa à arrogância «Ocidental»), ou melhor, já «emergiram». E de que maneira.
Em particular, a China com os seus cerca de 1400 milhões de habitantes, e também os seus imensos problemas ainda não resolvidos, como as sempre citadas diferenças litoral / interior, zonas urbanas / zonas rurais, ou as questões ligadas com o seu mosaico étnico, encontrando-se as do Tibete e do Sinquião entre as que mais vão aparecendo ao de cima, por vezes por via de dramáticas situações. E, como tudo o que diz respeito à China, sempre a aparecer em muito grande, qualquer que seja a referência tomada.
Uma China que dispõe já hoje de uma economia com uma dimensão, em termos de paridade de poder de compra, só ultrapassada pelos EUA, alcançando cerca de 60% da dimensão da economia americana, uma economia, a chinesa, que deverá crescer mais de 8% neste 2009 de crise, ano em que boa parte dos outros países decrescem, nomeadamente os da área da OCDE; uma China cujas exportações igualam ou são mesmo superiores às da Alemanha, até à data o maior exportador do Mundo; uma China que este ano está a ver crescer o seu mercado automóvel a várias dezenas de pontos percentuais, um mercado automóvel que já era o primeiro do Mundo à frente dos EUA; portanto, um sector automóvel, o da China, a propósito do qual se pode dizer que - parafraseando o velho dito do que aquilo é bom para a General Motors é bom para a América - que o que é bom para a China parece estar a ser bom para uma General Motors que, de outra forma, estaria em lençóis dos quais seria muito mais difícil procurar escapar.
Uma China que, relativamente a outro sector querido dos EUA e do Ocidente, o da sociedade da Informação, da sociedade do conhecimento, da parte da C&T que lhe é costume associar como subjacente, isto é, das Tecnologias da Informação e Comunicação, das TICs como dizem os «entendidos», a China, dizia, também já pede mais que meças em termos desta menina bonita, deste afloramento serôdio que as sociedades norte-americana, da UE e adjacentes, o Japão (mais os outros «tigres» asiáticos), criam ser a sua vantagem definitiva sobre o resto do Mundo - enfim, naquele período que estaria a ser o final da História, lembram-se… Ui ui, onde essas esperanças já vão!
Com efeito, a China - mas também o Brasil e a Índia -, pois aquele país, que era dado por tanta e iludida gente apenas como um imensa oficina têxtil antiga, quase nem fábrica seria ainda, um país com um processo imenso de êxodo camponês para as cidades ainda às costas, um país, pensava muita dessa gente, preparando-se para seguir um complexo processo que, no exemplo mais clássico, foi prosseguido pelo Reino Unido no século XIX, quando o seu complexo «sistema» de artesanato, de oficinas caseiras, mais a área da manufactura e as fábricas que iam nascendo, por mil caminhos transitava para a grande indústria - como vem magnifica e detalhadamente apresentado, explicado, na secção 4.ª do 1.º Livro de O Capital -, pois essa China, que parecia fadada a passar primeiro longamente por essa fase, enquanto os avançadíssimos ocidentais vogavam na pós-modernidade da sociedade da informação, do conhecimento, das TICs, essa China atreveu-se e enveredou também por estes caminhos científicos & tecnológicos da tão acarinhada modernidade dos primeiro e segundo mundo.
Primeiro foram as notícias da compra à IBM do departamento de PCs, da Lenovo, foi também o crescimento astronómico de tudo o que era telecomunicações, e agora são fabricantes seus destas tecnologias de ponta, nomeadamente a Huawei e a ZTE, apontados a caminho de uma liderança mundial.

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