24/10/09
Vem nos "media" ? Então é verdade !
António Barreto e o espírito crítico
Em artigo hoje no Público em torno da composição do novo governo, António Barreto aborda uma matéria a que atribuo importância nestes termos : «As entrevistas que Sócrates concedeu aos partidos, a semana passada, foram um ponto alto de hipocrisia. Sócrates pediu o que não queria, convidou todos para o governo. Os partidos não perceberam a armadilha e responderam negativamente. Quando todos deviam ter dito que estavam prontos. Em condições a negociar, pois claro. Mas não. Elevaram a sua covardia ao estatuto de dignidade. Vão agora ouvir, meses a fio, o primeiro-ministro recordar-lhes que foram convidados e recusaram. Este jogo da cabra-cega foi considerado um golpe de génio de estratégia política. A esperteza rafeira é a última palavra da inteligência política».
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Com a ressalva necessária de que nem eu nem António Barreto sabemos o que realmente foi dito nesses encontros, temo bem que António Barreto esteja a confundir o real teor dessas conversas (ou, pelo menos, de algumas delas) com o que, servilmente, os media espalharam a seu respeito, de acordo com as informações filtradas ou sopradas pelo círculo de José Sócrates. Dito de forma mais prosaica, suspeito que uma pessoa que tem idade e experiência política mais do que suficientes para saber como elas se fazem, esteja a engravidar pela vista e pelo ouvido. E volto a sublinhar que, por exemplo, as declarações públicas de Jerónimo de Sousa à saída do encontro com José Sócrates não dão qualquer base para o retrato traçado pelo conhecido comentador e sociólogo.
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Com a ressalva necessária de que nem eu nem António Barreto sabemos o que realmente foi dito nesses encontros, temo bem que António Barreto esteja a confundir o real teor dessas conversas (ou, pelo menos, de algumas delas) com o que, servilmente, os media espalharam a seu respeito, de acordo com as informações filtradas ou sopradas pelo círculo de José Sócrates. Dito de forma mais prosaica, suspeito que uma pessoa que tem idade e experiência política mais do que suficientes para saber como elas se fazem, esteja a engravidar pela vista e pelo ouvido. E volto a sublinhar que, por exemplo, as declarações públicas de Jerónimo de Sousa à saída do encontro com José Sócrates não dão qualquer base para o retrato traçado pelo conhecido comentador e sociólogo.
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Eu sei que se trata de um gota de água num oceano de desinformação e manipulação mas ainda assim estou contente por, a este respeito, ter escrito o que escrevi aqui.
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