o tempo das cerejas*
10/03/10
As estatísticas fiscais e ...
... a admirável modernidade !
Uma peça
hoje inserta na edição do Público faculta o acesso a importantes informações concretas sobre a questão das deduções à colecta e dos benefícios fiscais (será pedir muito aos que escrevem sobre isto que não continuem a confundir as duas coisas ?) que espero faça bom proveito a todos aqueles que, sem contestar a sua boa-fé, a meu ver estão opinando de uma forma que parece "pairar" acima de certas realidades e de certos números. Nesse âmbito, e talvez não esperança de que isto possa arrefecer alguns entusiasmos à esquerda, transcrevo a parte final dessa peça : « Certo é apenas que nenhum benefício fiscal em sede de IRC será mexido no PEC. Prevê-se para 2010 uma "despesa fiscal" de quase 300 milhões de euros com incentivos e benefícios fiscais. A manter-se a distribuição verificada em 2009, quase metade irá para deduções à colecta, um quarto para redução de rendimento e 17 por cento para redução de taxa de imposto.Mas o grosso vai para a isenção temporária dos rendimentos das sociedades com actividade no offshore da Madeira. Em 2010, deverão atingir os 1300 milhões de euros, um volume de benefícios fiscais que não sofrerá.qualquer corte.
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.Mas, à parte isto, o que quero mesmo destacar na referida peça é o seguinte parágrafo : «Mas os números estatísticos não permitem medir o seu impacto. A Direcção-Geral de Impostos (DGCI) apenas publicou as estatísticas de IRS de 2007 e são números parcelares, sem uma leitura cruzada sobre os beneficiários de deduções fiscais por escalão de rendimento. Por outro lado, o Instituto Nacional de Estatística há muito que não publica estatísticas fiscais.
.Enfim e em boa verdade, nada que eu não estivesse farto de saber graças ao Octávio Teixeira que, periodicamente, disto se queixa e com isto justamente se indigna. E com toda a razão. Tantos quilómetros e toneladas de palavras sobre a modernização administrativa, o Simplex e as avançadas e deslumbrantes tecnolgias da informação e depois é isto: em Março de 2010, as estatísticas fiscais ainda estão em 2007 !. E mais não preciso de dizer.
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