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segunda-feira, março 29, 2010

“Substituição de líderes não substitui política do PSD”, diz Jerónimo de Sousa

Passos Coelho vence eleições

“Substituição de líderes não substitui política do PSD”, diz Jerónimo de Sousa

Público - 27.03.2010 - 20:50 Por Lusa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou hoje que “a sistemática substituição de líderes não substitui a política que marca o PSD”, comentando assim a vitória de Pedro Passos Coelho nas eleições directas.

Jerónimo de Sousa  
Jerónimo de Sousa (Enric Vives-Rubio)



“No plano político, as nossas expectativas não se alteraram tendo em conta que o PSD pode mudar de líder as vezes que quiser, mas, no essencial, vão cometer a mesma política”, afirmou Jerónimo de Sousa à margem da Reunião Nacional de Quadros do PCP sobre o estado da saúde em Portugal e as propostas do partido para o sector.

No entender do líder comunista, a posição do PSD perante o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) aprovado na quinta-feira pelo Governo revela que pouco ou nada mudará, pelo que as expectativas do PCP são nulas perante a vitória de Passos Coelho.

“Em relação ao PEC houve um compromisso claro do Partido Social Democrata e não há moral nenhuma para que o PSD, num futuro próximo, venha desdizer aquilo que disse e que afirmou”, sublinhou Jerónimo de Sousa.

Questionado sobre uma eventual moção de censura ao Governo de José Sócrates e que marcou a campanha do novo líder do PSD, o dirigente comunista admitiu não ter “grandes expetativas” neste domínio.

“O que o PSD fez no essencial foi responsabilizar o PS por uma política que a direita faria, ou seja, há aqui uma missão a cumprir, uma demanda por parte do PS que é assumir o odioso das medidas que estão plasmadas no PEC”, disse.

Quanto ao PSD, segundo o secretário-geral do PCP, “vão anunciando, ameaçando, mas sempre à espera que o PS faça aquilo que eles fariam se estivessem no Governo”.

“Por enquanto há uma missão a desempenhar pelo PS atribuída pelos grandes grupos económicos e financeiros e nos próximos meses essa missão continuará”, concluiu Jerónimo de Sousa.
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