A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sexta-feira, março 12, 2010

O triunfo das desigualdades

Hoje no Público


O triunfo das desigualdades


Na edição de hoje do Público, destaque relativo (não chegou para subir à primeira página, como se pode comprovar pela imagem em cima) para um trabalho que concluiu que, entre 1990 e os dias de hoje," Fosso entre ricos e pobres pouco mudou" . Entre outros dados importantes, a peça salienta que «um dos elementos que mais contribuem para a desigualdade são os rendimentos do trabalho. Apesar das melhorias registadas desde meados da década de 90, Portugal continua a ter dos mais elevados níveis de desigualdade salarial no contexto da União Europeia.» E refere também que «o indicador que mede a diferença entre o rendimento líquido recebido pelos 20% que detêm níveis mais elevados de rendimento e o recebido pelos 20% mais pobres tem estado sempre entre os mais altos da Europa. Em 1995, o rendimento auferido pelos 20 por cento mais ricos era 7,5 por cento superior ao auferido pelos 20 por cento mais pobres. Passada mais de uma década, verificou-se uma ligeira melhoria com esse diferencial a chegar aos 6,1 por cento, mas Portugal continua a ser o terceiro país europeu onde a distribuição dos rendimentos do trabalho é mais desigual, muito próximo da Letónia e da Bulgária.» Acresce que o texto do Público remata, e muito bem, tocando num ponto importantíssimo e muito esquecido: a saber, que «os dados mostram que o crescimento económico positivo não é, por si, uma garantia de que a distribuição dos rendimentos é feita de forma equilibrada».
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.Agora é só esperar pelos telejornais de logo à noite pois certamente as estações de televisão irão desembarcar nas sedes do PS, do PSD e CDS (partidos governantes no período em causa) para ouvir o que têm a dizer sobre este magnífico resultado das suas sempre proclamadas políticas de combate às desigualdades sociais.
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Eu, por mim, já nem lhes peço nem exijo que peçam desculpas pelas caricaturas, farpas e insolências que dirigiram aos que tiveram a lucidez e a razão de não se iludirem com maquilhagens e sofismas e de manter o tema das desigualdades sociais no seu discurso e acção políticos.
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