A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

terça-feira, julho 15, 2008

Violência Doméstica


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15 Julho 2008 - 09h00

Margem direita

A guerra civil

* Teresa Caeiro, Deputada do CDS-PP

Na sexta-feira passada, Maria Gaspar foi morta a tiro de caçadeira. No mesmo dia, Cristina Candeias era esfaqueada até à morte na presença do filho adolescente. Nos dois casos, ex-companheiros ‘inconformados’ e ‘cegos de ciúme’ ceifaram a vida a duas mulheres e destruíram várias famílias. Em 2008, este tipo de homicídio a que benevolamente se chama passional causou 23 vítimas.

Estes são apenas os casos mais brutais e visíveis de uma realidade hedionda que é a violência de género. Sim, porque queira-se ou não estes são crimes de homens contra mulheres; são abusos físicos e psicológicos que homens cometem sobre mulheres porque as consideram ser sua pertença; são maus tratos praticados no resguardo do lar; são actos de abominável cobardia, tirando proveito das vulnerabilidades caleidoscópicas da Mulher numa sociedade ainda plena de disparidades.

Num país de brandos costumes, que proclama direitos e garantias a toda a hora e que se pretende civilizado, os 22 mil casos de violência doméstica registados anualmente deveriam causar uma perturbação social semelhante à do tiroteio na Quinta da Fonte e o combate a este flagelo elevado a desígnio nacional. Penalistas, analistas e socialistas apressar-se-iam a garantir protecção e dignidade a estas vítimas. Nada disso. O desígnio nacional dos socialistas que pretendem dignificar as mulheres através de quotas para o Parlamento é, afinal, dar garantias aos agressores: o Código de Processo Penal de 2007 gerou um retrocesso na protecção às vítimas.

Imagine-se que actualmente o Ministério Público deixou de poder emitir mandados de detenção, excepto em caso de flagrante delito. Logo, a própria vítima não se pode queixar a não ser que um polícia tenha presenciado o crime. Mais. Com o regime em vigor já não é permitida a detenção do suspeito por 48 horas até ser presente a um juiz. Assim, se o flagrante delito ocorrer entre as 18h00 de sexta-feira e as 09h00 de segunda os tribunais estarão fechados, pelo que, mesmo com ameaça de perigosidade, o agressor só ficará detido se houver 'fortes indícios de que não irá comparecer no tribunal'. Ora é sabido que este tipo de personalidade tende, quando confrontada, a vingar--se na parceira. E terá, pelo menos, todo o fim-de-semana para o fazer… É este o edifício jurídico-penal com que se presta homenagem aos milhares de mulheres vítimas de violência.


» COMENTÁRIOS
15 Julho 2008 - 19h22 | Fatima Herrera (USA)
Estou a espera do dia que seja uma mulher farta de maus tratos q mate o companheiro. Sera q a justica seja a mesma? Eu sendo consciente de que o pais onde vivo (USA) nao e perfeito, mas que as leis sao mais pesadas, para estar segura q nao seja uma mais, fico por aqui e com marido q nao seja Portugues. Sabendo q deve haver ai homens decente. Bom...... espero q hajam.
15 Julho 2008 - 18h28 | Ema Modesto
é uma tristeza o pais em que vivemos.
15 Julho 2008 - 16h19 | JOSE GOMES
PELA CIDADANIA A Humanidade caiu num dos maiores abismos da sua história. As prepotentes Instituições Socio-Economico-Religiosas alienaram e esmagaram a Pesssoa Humana. A Pessoa Humana perdeu o seu rumo de Vida, sendo forçada a servir as Instituições.
15 Julho 2008 - 13h40 | José Timão-Açores
Por muito que se compare, não há Homens (nem Mulheres) iguais. Contudo, há situações em que a atitude de cada Homem (e de cada Mulher), para com os demais Homens (e demais Mulheres), é, significativamente, sempre igual.
15 Julho 2008 - 10h55 | joe Silva
Eu acho que este país precisa urgentemente de um Rei, já não há justiça em Portugal, esta é só fachada, quem tem dinheiro é que tem as decisões por eles, vejam que um juiz deu uma casa que estava em nome da minha avó a uns menos primos que a minha emprestou a chave. Agora não acredito mais na justiça de farça.
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in Correio da Manhã
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