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sábado, fevereiro 06, 2010

América Latina, o novo mercado para exportação de armas russas

 

América Latina

Vermelho - 4 de Fevereiro de 2010 - 12h13

A América Latina se tornou o principal novo mercado para as exportações de armas da Rússia, que no ano passado aumentou suas vendas para a região, indicou nesta quarta-feira o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS). 

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"O novo mercado mais significativo para as exportações russas é a América Latina", e a tendência de crescimento das vendas da potência europeia para essa região "parece destinada a se manter", afirmou o IISS em seu "Military Balance 2010", um relatório anual sobre a capacidade militar e os gastos de defesa de 170 países do mundo.
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A penetração russa se deve em parte às limitações às vendas de armas impostas pelos Estados Unidos --tradicionalmente o maior fornecedor da região-- a vários países, como a Venezuela, por considerar que "não cooperam o suficiente na luta contra o terrorismo".
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Ainda que duas das nações com maiores orçamentos para a defesa, Colômbia e México, continuem sendo "fiéis" ao material dos Estados Unidos, que lhes entrega equipamentos militares pelo "Plano Colômbia" e a " Iniciativa Mérida", supostamente para combater o narcotráfico, outras nações "diversificaram seus provedores".
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O relatório indica que a Rússia --segundo maior fornecedor mundial de armas em 2008, com entregas totais estimadas em 5,4 bilhões de dólares-- assinou contratos com Brasil, Venezuela, Peru, México e Colômbia, e negocia atualmente outros acordos com Bolívia, Uruguai e Equador.

A Venezuela, que emergiu em 2007 como o segundo maior comprador de material de defesa da Rússia, adquiriu nos últimos anos equipamentos militares no valor de 4 bilhões de dólares, ressalta o livro de quase 500 páginas.
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Além disso, Moscou apresentou aos venezuelanos em 2009 um aumento das facilidades de crédito em aquisições até 2,2 bilhões de dólares --em troca do acesso de companhias russas aos campos petrolíferos da Venezuela--, que a curto prazo deverá ter como resultado a entrega de cerca de 100 tanques T-72 e lança-mísseis Smerch.
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A longo prazo, acredita-se que o acordo envolve a possível aquisição pela Venezuela de um "sistema de defesa antiaérea de vários níveis" (com armas dos tipos Tor M-1, S300, Buk-M2 e Pechora), indica o informe, destacando a falta de transparência dessa cooperação bilateral.
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Na esteira dos esforços venezuelanos para ampliar seu poderio bélico, o Brasil, maior potência regional, também lançou um "ambicioso programa de modernização militar", para o qual aumentou o seu orçamento no setor para 29,7 bilhões de dólares em 2009, ou 1,7% de seu Produto Interno Bruto (PIB).
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No total, os gastos de defesa de América Latina e Caribe chegaram aos 58,048 bilhões de dólares em 2008 (1,35% do PIB), contra 39,073 bilhões de dólares dois anos antes.
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Por outro lado, o IISS pede aos países latino-americanos que trabalhem "de maneira mais eficaz pela segurança regional", a fim de enfrentar "ameaças cada vez mais numerosas e complexas para sua estabilidade", como a degradação da democracia, o crime organizado transnacional, o terrorismo e a insurgência ou o tráfico ilegal de armas e de drogas.
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O informe também destaca como um progresso neste sentido a recente criação do Conselho de Defesa da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Mas sustenta que ainda existem carências, devido ao peso excessivo das preocupações sub-regionais.
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O conselho sul-americano deve criar um projeto a longo prazo centrado em "melhorar a transparência em matéria de defesa, normas legais de cooperação transnacional, compartilhar informações sobre atores não estatais e harmonizar a participação em acordos de segurança extraterritoriais".
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Fonte: La Jornada 
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