Vermelho - 29 de Janeiro de 2010 - 14h57
A taxa de desemprego na Zona do Euro alcançou 10% em dezembro, seu nível mais elevado desde a criação da moeda única em 1999, segundo dados publicados nesta sexta pela agência europeia de estatísticas Eurostat. A inflação também se acelerou na região a 1% interanual em janeiro, depois de subir 0,9% em dezembro.
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Um ano antes, o desemprego se situava em 8,2% da população ativa nos 16 países que integram a Eurozona. A Espanha continua sendo o país da Eurozona mais afetado pelo desemprego. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística espanhol, a taxa voltou a subir no quarto trimestre de 2009, depois de um breve período de estabilização, situando-se em 18,83% da população ativa.
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A agencia de estatísticas disse que o número de pessoas sem emprego subiu em 87 mil em dezembro ante novembro, para 15,763 milhões na zona do euro. A divulgação da Eurostat é preliminar e não contém a variação dos preços na comparação mensal, que só deve estar disponível no dia 26 de fevereiro. O problema é crônico.
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Recuperação modesta
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A recuperação econômica da Zona do Euro deve ser modesta, disse o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, acrescentando que os governos precisam trabalhar para reduzir os déficits públicos. "Agora nós estamos em um estágio de recuperação. Nós temos números positivos, não negativos. Eu espero, mas eu sou muito cauteloso e prudente, uma recuperação modesta", disse Trichet.
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Ele também afirmou que o atual nível de déficits do setor público não é sustentável, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. Trichet acrescentou que o Pacto Europeu de Estabilidade e Crescimento, que recomenda que os déficits dos Estados-membro sejam mantidos abaixo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), precisa ser rigorosamente interpretado.
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Além do desemprego, a ameça de naufrágios de economias importantes bate á parta da Europa. Espanha, Portugal e Reino Unido estão na lista de perigos, mas o caso mais grave é o da Grécia. O primeiro-ministro, George Papandreou, disse que o país está sendo apontado como o "elo frágil" na Zona do Euro, mas não tem planos de abandonar o bloco, que deve ajudar a restaurar a estabilidade da economia.
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União Européia
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"É um ataque à Zona do Euro por outros interesses, políticos ou financeiros, e frequentemente países são usados como o elo frágil, se você gosta, na zona do euro", disse Papandreou, no Fórum Econômico Mundial, em Davos. "Nós estamos sendo alvo, particularmente com um motivo oculto, e, claro, há especulação nos mercados mundiais." Ele disse que a Grécia é responsável por colocar sua própria casa em ordem, com a ajuda da Zona do Euro.
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Joaquin Almunia, comissário da União Européia (EU) para assuntos monetários, disse que que não há riscos de moratória da dívida da Grécia ou de o país deixar a Zona do Euro. "Não, a Grécia não vai declarar moratória. Na zona do euro, a moratória não existe, porque com uma moeda única a possibilidade de conseguir auxílio na sua própria moeda é muito maior", destacou.
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Por outro lado, o ministro das finanças grego, George Papaconstantinou, afirmou que não tem conhecimento de conversações sobre um pacote de resgate com países da UE, como França e Alemanha, e disse que o governo está concentrado em fazer o que for necessário para reduzir o déficit. A Grécia prometeu reduzir seu déficit neste ano para 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) por meio de cortes nos gastos sociais do governo, reformas tributárias e congelamentos nos salários do setor público.
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Sistema bancário
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Por trás da crise está o sistema financeiro, alvo de duras críticas em Davos. O vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), John Lipsky, disse que o sistema bancário vai ser reformado porque existe no momento pressão política dos governos para que isso aconteça, segundo o. "O mais importante de se perceber é que há uma real pressão política para ações de reforma do sistema financeiro em um sentido amplo", disse ontem Lipsky.
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No seu discurso , o presidente francês, Nicolas Sarkozy, cobrou de forma muito dura a conclusão do projeto de reforma bancária tocada por instituições multilaterais.
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A agencia de estatísticas disse que o número de pessoas sem emprego subiu em 87 mil em dezembro ante novembro, para 15,763 milhões na zona do euro. A divulgação da Eurostat é preliminar e não contém a variação dos preços na comparação mensal, que só deve estar disponível no dia 26 de fevereiro. O problema é crônico.
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Recuperação modesta
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A recuperação econômica da Zona do Euro deve ser modesta, disse o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, acrescentando que os governos precisam trabalhar para reduzir os déficits públicos. "Agora nós estamos em um estágio de recuperação. Nós temos números positivos, não negativos. Eu espero, mas eu sou muito cauteloso e prudente, uma recuperação modesta", disse Trichet.
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Ele também afirmou que o atual nível de déficits do setor público não é sustentável, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. Trichet acrescentou que o Pacto Europeu de Estabilidade e Crescimento, que recomenda que os déficits dos Estados-membro sejam mantidos abaixo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), precisa ser rigorosamente interpretado.
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Além do desemprego, a ameça de naufrágios de economias importantes bate á parta da Europa. Espanha, Portugal e Reino Unido estão na lista de perigos, mas o caso mais grave é o da Grécia. O primeiro-ministro, George Papandreou, disse que o país está sendo apontado como o "elo frágil" na Zona do Euro, mas não tem planos de abandonar o bloco, que deve ajudar a restaurar a estabilidade da economia.
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União Européia
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"É um ataque à Zona do Euro por outros interesses, políticos ou financeiros, e frequentemente países são usados como o elo frágil, se você gosta, na zona do euro", disse Papandreou, no Fórum Econômico Mundial, em Davos. "Nós estamos sendo alvo, particularmente com um motivo oculto, e, claro, há especulação nos mercados mundiais." Ele disse que a Grécia é responsável por colocar sua própria casa em ordem, com a ajuda da Zona do Euro.
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Joaquin Almunia, comissário da União Européia (EU) para assuntos monetários, disse que que não há riscos de moratória da dívida da Grécia ou de o país deixar a Zona do Euro. "Não, a Grécia não vai declarar moratória. Na zona do euro, a moratória não existe, porque com uma moeda única a possibilidade de conseguir auxílio na sua própria moeda é muito maior", destacou.
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Por outro lado, o ministro das finanças grego, George Papaconstantinou, afirmou que não tem conhecimento de conversações sobre um pacote de resgate com países da UE, como França e Alemanha, e disse que o governo está concentrado em fazer o que for necessário para reduzir o déficit. A Grécia prometeu reduzir seu déficit neste ano para 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) por meio de cortes nos gastos sociais do governo, reformas tributárias e congelamentos nos salários do setor público.
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Sistema bancário
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Por trás da crise está o sistema financeiro, alvo de duras críticas em Davos. O vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), John Lipsky, disse que o sistema bancário vai ser reformado porque existe no momento pressão política dos governos para que isso aconteça, segundo o. "O mais importante de se perceber é que há uma real pressão política para ações de reforma do sistema financeiro em um sentido amplo", disse ontem Lipsky.
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No seu discurso , o presidente francês, Nicolas Sarkozy, cobrou de forma muito dura a conclusão do projeto de reforma bancária tocada por instituições multilaterais.
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A pressão política, porém, está criando uma tensão entre as propostas encaminhadas conjuntamente pelos países do G-20 por meio do Fórum de Estabilidade Financeira, Banco para Compensações Internacionais (BIS) e FMI, de um lado, e as iniciativas individuais dos países.
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A mais polêmica delas, que está provocando divisões de opinião muito fortes em Davos, são as novas propostas do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que incluem limitação do tamanho dos bancos e restrições a que tenham ligações com fundos de hedge (especulativos) ou façam operações de tesouraria com recursos próprios.
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Com agências
.A pressão política, porém, está criando uma tensão entre as propostas encaminhadas conjuntamente pelos países do G-20 por meio do Fórum de Estabilidade Financeira, Banco para Compensações Internacionais (BIS) e FMI, de um lado, e as iniciativas individuais dos países.
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A mais polêmica delas, que está provocando divisões de opinião muito fortes em Davos, são as novas propostas do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que incluem limitação do tamanho dos bancos e restrições a que tenham ligações com fundos de hedge (especulativos) ou façam operações de tesouraria com recursos próprios.
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Com agências
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