Leia as declarações exclusivas de Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal sobre o assunto, amanhã no Expresso.
João Vieira Pereira 20:02 Sexta feira, 12 de outubro de 2007 | |
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Uma dívida de 12,5 milhões de euros foi considerada incobrável pelo BCP a um conjunto de cinco empresas de um dos filhos do fundador do BCP. Filipe Jardim Gonçalves e seus sócios beneficiaram de um perdão na sequência da falência das empresas que dirigiam. Numa investigação feita ao longo das últimas semanas, Filipe Jardim Gonçalves disse ao Expresso que não houve qualquer situação de compadrio pelo facto de ser filho de Jardim Gonçalves. O Expresso apurou que neste processo considerado polémico e estranho por accionistas e quadros do banco, estiveram também envolvidos, Filipe Pinhal, actual presidente do Banco e Alípio Dias, administrador. Na edição de amanhã do Expresso, pode ler toda a investigação sobre um processo de dívidas que opõe o BCP a Filipe Jardim Gonçalves desde 2001. . .
Jardim Gonçalves e quatro ex-administradores do BCP acusados de crimes gravesJardim Gonçalves, Cristopher Beck, Filipe Pinhal, Castro Henriques e António Rodrigues são acusados pelo Ministério Público de crimes que terão provocado um prejuízo de 600 milhões de euros ao BCP e de terem recebido indevidamente 24 milhões de euros em prémios de desempenho.
João Garcia e Rui Gustavo 23:10 Quarta feira, 24 de junho de 2009 | |
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Jorge Jardim Gonçalves são acusados de manipulação de mercado, falsificação da contabilidade e burla qualificada Alberto Frias Durante oito anos, entre 1999 e 2007, cinco membros do Conselho de Administração do BCP conseguiram esconder um esquema de manipulação de acções que, de acordo com a acusação do Ministério Público, provocou €600 milhões de prejuízo ao banco. Cinco administradores do topo da hierarquia - Jorge Jardim Gonçalves, Cristopher Beck, Filipe Pinhal, Castro Henriques e António Rodrigues - são acusados de manipulação de mercado, falsificação da contabilidade e burla qualificada. Os dois primeiros crimes são puníveis com pena de prisão até três anos. O crime de burla pode chegar aos oito anos de prisão. É a primeira vez que responsáveis de um banco privado são acusados pelo Ministério Público. Este processo resulta de uma queixa de um dos accionistas de referência, Joe Berardo, apresentada em Dezembro de 2007 e nada tem a ver com uma outra investigação que corre contra o BCP no âmbito da Operação Furacão. De acordo com uma fonte judicial, os cinco suspeitos, através de uma empresa do banco, usaram 17 offshores das ilhas Caimão para comprar e vender acções do BCP, procurando assim, e de forma dissimulada, condicionar as cotações dos títulos. Com o crash bolsista que se seguiu ao 11 de Setembro de 2001 o valor das acções caiu a pique e estas operações provocaram um prejuízo de 600 milhões de euros ao BCP, que foi escondido aos outros responsáveis do banco e às entidades reguladoras. Em 2002 o Banco de Portugal desconfiou destas operações e pediu informações ao BCP sobre se havia contas em offshores com acções do banco e quem eram os beneficiários das carteiras. O BCP indicou então quatro nomes que, segundo a acusação, veio a provar-se serem meros "testas de ferro", sendo os títulos da efectiva propriedade do BCP. Esta constatação, apoiada em investigações também conduzidas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, levou à acusação do crime de manipulação de mercado. As 17 offshores chegaram a deter cinco por cento do capital do banco.
A desvalorização dos títulos nunca foi devidamente contabilizada pelo BCP, que escondeu os prejuízos, razão pela qual os ex-administradores podem vir a responder pelo crime de falsificação da contabilidade. O Banco de Portugal apoiou esta parte das investigações.
Ao esconderem os prejuízos, os cinco ex-responsáveis puderam receber 24 milhões de euros em prémios de gestão, e daí a acusação de burla. Jardim Gonçalves, ex-número um e fundador do banco, recebeu €10 milhões.
Segundo a acusação, as carteiras de acções estavam em nome de Goes Ferreira, Bernardino Gomes (já falecido), Moreira Rato e Ilídio Monteiro. Não há indícios de que tivessem tido conhecimento do esquema "geral", pelo que não foram acusados. Os cinco acusados já foram notificados. Durante as investigações negaram sempre ter tido conhecimento de ilegalidades. O Ministério Público não conseguiu apurar se alguém liderou o alegado esquema financeiro, pelo que optou por fazer uma acusação igual para todos. Alípio Dias, Magalhães Duarte e Filipe Abecassis foram também arguidos no processo, mas o MP arquivou todas as suspeitas. Paulo Teixeira Pinto, que protagonizou uma guerra com Jardim Gonçalves pelo poder no BCP, é testemunha da acusação. . .
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Berardo: "BCP continua a roubar e posso provar"O empresário madeirense acusou o banco de "roubo" e de "aldrabice", garantindo que tem provas desses actos.
Lusa 14:23 Quarta feira, 24 de junho de 2009 | |
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Joe Berardo detém uma posição de 6,2% no BCP António Pedro Ferreira O comendador Joe Berardo , terceiro maior accionista do BCP , teceu hoje críticas sobre o banco onde detém uma posição 6,2%, voltando à carga com as acusações de "roubo" e de "aldrabice", afirmando que tem provas desses actos. "O BCP continua a roubar ainda hoje em dia e posso provar", atirou Joe Berardo, no decorrer do 'Ideia Fórum', promovido pelo jornal 'i' e que decorreu hoje em Lisboa. Mais tarde, na saída do encontro, o empresário madeirense que detém 6,2% do BCP, de acordo com os dados compilados pela agência de informação financeira Bloomberg, afirmou que "há poucos dias, Gordon Brown [primeiro-ministro inglês] disse que o presidente executivo do Royal Bank of Scotland tinha uma reforma muito elevada, de 800 mil libras por ano. Aqui [no BCP], alguns administradores reformados ganham mais do que isso". Joe Berardo não especificou quem são os visados nas suas declarações. "São valores extremamente elevados. Não tenho problema de eles serem bem remunerados, mas sim com as aldrabices feitas, alterando os resultados para daí beneficiarem eles próprios", reforçou Joe Berardo.
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BCP: Jardim Gonçalves já pagou divida do filho ao bancoLisboa, 30 Out (Lusa) - O fundador e presidente do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) do BCP, Jorge Jardim Gonçalves, já pagou a dívida que as empresas controladas pelo seu filho tinham no banco, revelou hoje o presidente do conselho de administração do BCP.
Lusa 20:48 Terça feira, 30 de outubro de 2007 | |
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Lisboa, 30 Out (Lusa) - O fundador e presidente do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) do BCP, Jorge Jardim Gonçalves, já pagou a dívida que as empresas controladas pelo seu filho tinham no banco, revelou hoje o presidente do conselho de administração do BCP. Filipe Pinhal, que falava na conferência de imprensa de apresentação dos resultados trimestrais do Banco Comercial Português (BCP), disse que o valor a pagar foi apurado e o pagamento já foi realizado. A agência Lusa noticiou a 22 de Outubro que Jorge Jardim Gonçalves tinha comprado os créditos que o banco detinha sobre empresas controladas pelo seu filho Filipe Jardim Gonçalves. As informações de que o BCP teria concedido crédito e, depois de um processo para recuperação de divida, declarado incobráveis dívidas de empresas ligadas a Filipe Jardim Gonçalves são uma das operações bancárias que as autoridades de supervisão do sector estão a investigar. Fonte ligada ao processo disse à Lusa que a ordem para a compra dos créditos do BCP sobre as empresas de Filipe Jardim Gonçalves foi dada a 19 de Outubro. Na conferência de imprensa de hoje, Filipe Pinhal referiu-se, também, ao facto de o Banco de Portugal ter informado que não tinha recebido toda a informação do BCP sobre as relações de parentes de membros dos órgãos sociais com o banco. O artigo 85º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras proíbe a concessão de crédito aos membros dos órgãos sociais, directa ou indirectamente. Filipe Pinhal disse hoje que a informação que o banco tem de prestar ao Banco de Portugal é prestada com base "em declarações dos próprios" membros dos órgãos sociais, entregues à secretária da sociedade, que as envia ao regulador. Pinhal fez questão de frisar que "a secretária da sociedade cumpriu escrupulosamente o seu papel". O presidente do conselho de administração do BCP referiu-se, também, às notícias sobre Goes Ferreira, accionista do banco que terá beneficiado de uma redução de juros da ordem de 15 milhões de euros, dizendo que foi prestada a informação pedida pelo Banco de Portugal e pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Pinhal disse, também, que o banco apresentou queixa às autoridades, porque foi violado o sigilo bancário. RSF. Lusa/Fim
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