Ontem
O militante socialista Rómulo Machado quebrou o discurso de unidade em torno do secretário-geral do partido, José Sócrates, acusando-o de levar Portugal à bancarrota, o que lhe valeu os primeiros assobios do XVII Congresso Nacional do PS.
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"Entendo que, e tenho pena que não esteja aqui o nosso secretário-geral, porque gosto de dizer estas coisas na presença das pessoas, o primeiro-ministro que nos conduziu a esta situação e que conduziu Portugal a uma situação de bancarrota não tem condições para nos fazer sair dela", afirmou o militante socialista, resultando as suas palavras num coro de assobios dos poucos congressistas que ainda resistiam na Exponor, em Matosinhos, já ao início da madrugada deste domingo.
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No final da intervenção, o responsável pelos trabalhos e presidente do partido, Almeida Santos, disse apenas: " Não faço nenhum comentário porque o camarada tem como militante socialista o direito à sua opinião".
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Mal subiu ao púlpito, o militante fez questão de "protestar" contra a forma como decorreram os discursos, com "muitíssimas" intervenções de camaradas da "nomenclatura com uma chocante desigualdade na atribuição dos tempos".
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"O congresso não pode ser transformado num comício. Um congresso de um partido democrático deve ser sobretudo um momento alto de debate e confronto de ideias e não de aclamação de um líder", criticou.
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Poucos minutos depois, Almeida Santos encerrava o segundo dia de congresso, cumprindo a promessa, à 1 hora da madrugada.
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