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Somos o produto de uma sociedade alienada por vários valores que nos conduzem em queda livre para um abismo sem regresso.
Olhamos para o passado como para algo que de pouco ou nada nos serviu.
O que interessa é seguir em frente, nem que seja para o suicídio. Os pilares que nos sustentam são cada vez mais tecnológicos, de fácil acesso, mas que se falharem nos deixam sózinhos e sem remédio.
O homem não se encontrou na sua busca; abandonou em parte o caminho da fé e da crença, mas não chegou a lado algum.
Assim, descrente, desiludido e sem identidade virou-se para um materialismo feroz, uma demanda predatória que tudo consome no seu caminho.
Não vai haver recursos que cheguem para tamanho apetite.
Todos os valores se traduzem no dinheiro e no que com ele se pode adquirir de uma forma ou de outra.
Assim proliferam todas as formas degradantes que a natureza humana alberga nas suas profundidades, todas aquelas que se traduzem em lucro fácil, seja qual for as suas consequências.
Os decisores mundiais deixam-se escravisar pelos poderosos donos do dinheiro e suas demagogias.
È a lei da selva do capitalismo selvagem, literalmente.
E este processo agudiza-se com a entrada na corrida de países com grandes populações, como Índia e China.
O sabor doce deste veneno subtil a todos apanha, a todos domina.
Chamam-lhe progresso.
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