A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sábado, maio 02, 2009

1º de Maio na França e Rússia bate recorde de participação


1 DE MAIO DE 2009 - 17h12


Um misto de celebração e protesto, o 1° de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, na Rússia bateu todos os recordes de participação desde a queda do Muro de Berlim. Segundo os organizadores, 70 mil pessoas desfilaram esta manhã em Moscou. Em todo os país foram mais de 2,5 milhões. Na França, outro 1,2 milhão de pessoas, segundo sindicatos, e cerca de 500 mil, segundo a polícia foram às ruas. Foi a maior participação desde o 1º de Maio de 2002. A unidade foi a chave do sucesso das manifestações que reagem ao desemprego mundial e denunciam a crise do capitalismo.


(- Veja aqui fotos do 1º de Maio pelo mundo)

Em Moscou, muitos desfilaram empunhando cartazes que apresentam o socialismo como a solução para a crise. Alguns criticaram os oligarcas, cada vez mais ricos. Na capital russa, as celebrações do agora chamado Dia da Primavera e do Trabalho aconteceram num ambiente de festa, enquanto que em São Petersburgo, uma manifestação da extrema-direita e de militantes anti-imigração terminou com a detenção de 120 pessoas.

Apenas o partido Rússia Unida, no poder, e os comunistas, de oposição, foram autorizados a desfilar neste 1º de Maio. A crise econômica foi apontada pelas lideranças como o principal motivo de tantas pessoas saírem às ruas. Há seis milhões de russos desempregados e o rublo caiu 40%. A elevada participação também foi fruto de, pela primeira vez, o desfile ter sido unificado entre apoiadores do Partido Rússia Unida e comunistas.


O líder dos comunistas, Gennady Zyuganov, exigiu a nacionalização das riquezas do país. “Insistimos na nacionalização dos recursos nacionais e da indústria estratégica, é a nossa principal exigência. Sem isso é impossível sair da crise.” As forças nacionalistas e de extrema-direita não foram autorizadas a se manifestar. O Movimento contra a Imigração Ilegal que reclama “uma Rússia para os russos” se contentou em seguir o cortejo comunista.


Unidade histórica


Já na França, François Chérèque, líder da CFDT, garante que depois da festa a contestação vai continuar. “Não tenham ilusões: amanhã a luta vai continuar. De qualquer forma, vamos arranjar uma maneira de continuar este movimento”. Ao todo, 300 manifestações foram organizadas por todo o país.


Foi um 1° de Maio marcado por uma unidade sindical histórica: um G8 dos sindicatos reuniu os manifestantes, que protestam contra a política de Nicolas Sarkozy e contra uma crise que deixa os trabalhadores sem emprego. Para os manifestantes, Sarkozy não está enfrentando a crise. O desemprego no país subiu de 63.400 para 2,5 milhões em março. Dados recentes mostram que mais de 440 mil postos de trabalho sumiram da França no último ano.


Em Marselha, no sul da França, milhares de trabalhadores da Arcellor-Mittal que perderam seus empregos foram às ruas com tochas de fogo nas mãos para protestar contra o desemprego. Em Niort, oeste do país, Segolene Royal, candidata socialista derrotada na última eleição, também participou dos protestos.


Repressão e violência


Conflitos entre manifestantes e a polícia marcaram o 1º de Maio em diversos outros países. Em Istambul, capital da Turquia, os confrontos deixaram oito feridos. Na Alemanha, 57 pessoas foram detidas em Berlim e 48 agentes foram feridos. Na Grécia, Taiwan e a Coreia do Sul também foram registrados confrontos. Mesmo na Rússia e na França, ocorreram detenções em alguns pontos das manifestações.


Na capital alemã, dezenas de pessoas foram presas quando cerca de 200 manifestantes, que carregavam frases contra o capitalismo, arremessaram garrafas e pedras, além de pedaços de madeira incendiados contra a polícia, no distrito oriental de Friedrichshain. O grupo também incendiou carros e ônibus. Participavam da manifestação cerca de duas mil pessoas. A Alemanha vive sua pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial. A previsão é de que a economia se contraia 6% em 2009, e alguns economistas alemãs dizem que o número de desempregados no ano que vem pode chegar a quase 5 milhões.


Em Istambul na Turquia, os protestos do 1º de Maio o enfrentamento se deu quando manifestantes de esquerda tentavam chegar à praça de Taskim. Segundo a imprensa local, a polícia estabeleceu barreiras e controles para evitar que grupos extremistas chegassem ao local. Apenas os principais sindicatos puderam fazer manifestações na praça.


A polícia utilizou gás lacrimogêneo e mangueiras com água sob forte pressão para dispersar os manifestantes do local. Alguns deles tiveram ferimentos leves e outros foram detidos. Em ruas próximas da praça, jovens mascarados lançaram pedras e coquetéis molotov contra a polícia e atacaram ônibus e bancos.


Na Grécia, a polícia jogou gás lacrimogêneo em manifestantes que queimavam carros nas ruas da capital Atenas. Segundo a polícia, um grupo de 300 pessoas participava da manifestação levando cartazes de anarquistas. Eles se aproximaram de um protesto pacífico com cerca de 6 mil pessoas na capital grega e começaram a agir de forma violenta. No entanto, não houve feridos ou presos.

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in Vermelho -- Matéria modificada em 1/05/2009 às 21h46.
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