Estátua de Che: ícone mundial
Logo após a instauração do novo regime, o argentino Ernesto Guevara de la Serna, nascido em 1928, filho de uma família da classe média, foi declarado “cidadão cubano por nascimento”. Tratava-se de uma homenagem a seu papel na guerrilha liderada por Fidel Castro, a qual ele passou a integrar oficialmente em 1956.
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Che ocupou postos-chave da economia cubana após a revolução. Ele assumiu uma série de funções dentro do governo revolucionário, começando pelo comando da fortaleza La Cabaña (que foi usada como prisão). Em seguida se tornou presidente do Banco Nacional e depois ministro das Indústrias. Além disso, continuou sendo o principal conselheiro de Fidel, que assumiu o governo da ilha pós-revolução.
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No governo, ele foi responsável pelo processo de nacionalização das indústrias do país, além de cortar os tradicionais laços que Cuba tinha com os Estados Unidos e de construir uma relação comercial com o bloco soviético. Tentou implementar um plano de industrialização que valorizava os incentivos morais acima dos financeiros.
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Se no mundo a ação política de Che acaba sendo diminuída em nome do mito que se gerou com sua imagem, em Cuba ele continua sendo lembrado como ministro. É o que afirma o pesquisador Tirso Saenz, engenheiro químico cubano que atuou como vice-ministro de Indústrias de Che durante os primeiros anos após a revolução. Segundo Saenz — que é autor do livro O Ministro Che Guevara —, este lado político é menos “espetacular”, mas de muita importância.
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“O trabalho no ministério poderia não parecer heroico, mas na realidade o era”, disse o pesquisador, em entrevista à Secretaria de Comunicação da Universidade de Brasília, onde vive. “Também se tratava de um campo de batalha, já que significava dormir duas, três horas por noite, incluindo sábados e domingos, e carregar a enorme responsabilidade de que qualquer erro poderia trazer grandes transtornos ao país.”
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Apesar de assumir a função burocrática, Che manteve uma postura combativa em seus discursos e viajou por vários países para levar a experiência da revolução. Em 1964, esteve na Assembleia das Nações Unidas, e depois, ao voltar a Cuba, começou a planejar a expansão do movimento revolucionário para outros países. Um ano depois, ele partiu para a Bolívia tentando exportar o modelo guerrilheiro, mas acabou sendo morto em 1967.
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Da Redação, com informações do G1
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in Vermelho - 28 DE MARÇO DE 2009 - 21h47
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Foto de Victor Nogueira
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