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João Relvas/ Lusa
Presidente da APB admite que será "mais difícil" bancos conseguirem rácios de capital de 10% até final de 2012
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António de Sousa: Fundo de 12 mil milhões de euros é "um conforto"
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O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), António de Sousa, admite que será "mais difícil" os bancos conseguirem rácios de capital de 10 por cento até ao final de 2012, considerando ainda que o fundo acordado com a 'troika' é "um conforto".
- 05 Maio 2011
Segundo o acordo entre o Governo e a 'troika', será exigido aos bancos um rácio 'core tier I' (nível de capital das instituições face aos seus activos ponderados de risco) de 9 por cento no final de 2011 e de 10 por cento até final de 2012.
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Para António de Sousa, tendo em conta os actuais rácios de capital dos bancos, os 9 por cento serão "facilmente atingidos" mas já os 10 por cento até 2012 será "mais difícil".
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Ainda assim, o responsável lembrou, durante um almoço da Associação Comercial de Lisboa, que há várias maneiras de conseguir esse rácio, seja através da "capitalização dos bancos" ou da "redução de activos" ponderados de risco.
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António de Sousa considera que estas medidas, associadas ao "programa de desalavancagem" que os bancos já estão a fazer, levará a que estes "não precisarem" de recorrer ao fundo de capitalização de 12 mil milhões de euros associado aos 78 mil milhões do acordo com a 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).
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Ainda assim, o presidente da APB considera que é um "conforto" a existência desta linha de apoio.
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"É um conforto que ela exista por vários motivos. Ou porque os activos não são vendáveis, por estarem desvalorizados por serem activos nacionais, ou porque a desalavancagem se vem a verificar mais difícil do que se pensa", explicou.
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