Sérgio Lemos
Frente Comum apelou à participação nas manifestações convocadas pela CGTP para o dia 19, em Lisboa e no Porto
Acusações de hipocrisia a Sócrates
Frente Comum: Medidas da troika são maior ataque desde fim do fascismo
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública considerou, esta quinta-feira, que as medidas previstas no memorando de entendimento entre a troika internacional e o Governo são o maior ataque contra os portugueses desde a queda do fascismo.
- 05 Maio 2011
As medidas "constituem o maior ataque aos trabalhadores, aos reformados/aposentados, ao povo e ao País, desde o derrube do fascismo", diz uma nota de imprensa da Frente Comum.
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A estrutura sindical, afecta à CGTP, acusou o primeiro-ministro de hipocrisia por ter referido na terça-feira os "malefícios que não vão verificar-se para esconder as brutais agressões a que os trabalhadores da Administração Pública e os trabalhadores em geral, assim como os reformados/aposentados e as camadas mais desfavorecidas vão ser sujeitos".
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Segundo a Frente Comum, as medidas apresentadas vão "contribuir para agravar a recessão económica e a dependência externa do País". Salienta, no comunicado, que os trabalhadores da função pública vão sofrer a redução dos salários reais, devido ao seu congelamento nos próximoas três anos e ao aumento do custo de vida, e a redução dos beneficios e comparticipações da ADSE.
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A Frente Comum considerou que as novas medidas de austeridade vieram dar mais motivos aos trabalhadores para lutarem e apelou à participação nas manifestações convocadas pela CGTP para o dia 19, em Lisboa e no Porto.
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Portugal vai receber um empréstimo de 78 mil milhões de euros nos próximos três anos ao abrigo de um acordo de ajuda financeira com o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, ficando obrigado a aprovar um conjunto de medidas para reduzir os gastos do Estado que abrangem diversos sectores.
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