A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quinta-feira, março 13, 2008

Emídio Rangel, o Correio da Manhã e a desmontagem do filme





- Domingo, 9 Marco 2008 - 19:25

Sócrates mantém confiança na ministra
“A saída da ministra (da Educação) não está em causa”. A garantia foi dada este domingo pelo Primeiro-ministro, José Sócrates, que afirmou que o Governo vai continuar com o trabalho que tem vindo a desenvolver na área da Educação, nomeadamente a implementação do sistema de avaliação de desempenho dos professores, contestado ontem por cerca de cem mil docentes que saíram à rua exigindo a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues.
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- Domingo, 9 Marco 2008 - 18:15
Acabar mandato com a dignidade possível
O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, comentou este domingo a manifestação de ontem dos professores pelas ruas de Lisboa, afirmando que resta agora ao Governo tentar acabar o mandato "com a dignidade possível"..
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- Domingo, 9 Marco 2008 - 13:00
Governo corta em salários 3726 milhões
A nova grelha remuneratória na Administração Pública e a mobilidade especial vão provocar um forte rombo nos ganhos salariais dos funcionários públicos.
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- Domingo, 9 Marco 2008 - 00:30
Cem mil contra a ministra
Portugal tem 143 mil professores. Contas da ministra da Educação. Vestidos de negro, de lenços brancos na mão, de luto por “a escola pública já não aguentar mais”, foram cem mil, segundo os sindicatos e a PSP, os professores que ontem pediram a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues.

- Domingo, 9 Marco 2008 - 00:30
Eu percebo os professores
Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, à SIC.


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09-03-2008 - 00:30:00 A voz que vem da rua


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- Domingo, 9 Marco 2008 - 00:30
A voz que vem da rua
- Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
A manifestação dos professores contra a ministra da Educação foi um êxito óbvio. Nenhuma guerra de números adiantará seja o que for em relação ao problema que está criado para o Governo.

E também pouco significado terá querer reduzir o protesto de ontem a um universo de participação restrito à capacidade de mobilização dos sindicatos. A expressão do protesto está muito para lá daquilo que os sindicatos conseguem mobilizar.

A voz que ontem veio da rua exige a demissão da ministra mas ela é, também, o melhor seguro de vida que um governante pode receber. Nas actuais circunstâncias, José Sócrates está entalado entre aquilo que pode ser uma gravíssima crise de autoridade caso ceda à pressão dos protestos e demita a ministra e uma ainda incalculável perda de votos.

O conflito afunilou de uma forma que atinge o próprio primeiro-ministro diminuindo-lhe drasticamente a margem de manobra. A partir daqui é impossível encontrar uma solução que não seja trágica para o Governo e para o próprio País. Sócrates não pode descartar a ministra, não pode ceder às pretensões dos professores, mas não pode continuar numa linha de hostilidade.

Este seria o tempo do regresso ao diálogo e à negociação de consensos se ainda fosse possível. A radicalização só trouxe autismo e demagogia de lado a lado. Nem os professores estão carregados de razão, nem são os maus da fita. A realidade mais incontornável é a da necessidade de uma efectiva reforma do ensino, que é impossível de fazer contra tudo e contra todos. Resta saber se alguém ainda se preocupa com isso.

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» Comentários no CM on line

Domingo, 9 Março

- José Timão-Açores
O Governo aumentou os impostos. Deu cabo dos reformados encurtando-lhes o valor e as condições de reforma. Fez coisas do "arco-da-velha" no que respeita à saude e também à Justiça e ao mais que não ocorre dizer. Claro que houve "refilanços" mas, no "fundo" a gente sabia que era preciso fazer qualquer coisa. Mas, quando houve asneira da grossa o Sr. 1ºMinistro cuidou-se,é bom que se cuide agora...

- JC
Em vez de comentários que não são carne nem peixe e perante uma mega-manifestação e muitos discursos que nada esclareceram, seria útil dar a conhecer os argumentos dos professores e qual a resposta do ME a esses argumentos. O argumento mais ouvido de escassez de tempo, é muito pobre,porque, parece, agora apenas serão avaliados 7000 docentes num total de quase 150000 a avaliar até fins de 2009.

- josé (agricultor )
A culpa é destes srs q. nos governaram quase há 34 anos. Foram eles q. fizeram, desfizeram reformas e avaliações de profs-em 1995. Queixem-se deles próprios q. foram incompetentes e parecem papagaios a enganar-nos anos a fio.Assumam mais os erros c/ humildade democrática.Quem n. consegue dialogar, só tem um caminho: Apoio a luta dos profs, ministra para a rua, já!

- Rui Tavares
Êxito para quem? A quem interessa a demissão da Ministra? A quem interessa a manutenção do sistema existente que não avalia os professores? Aos verdadeiros professores talvês não. Continuaremos na cauda da Europa, seremos ultrapassados até pelos Países de Leste.


- Domingo, 9 Marco 2008 - 00:30
A Rua e as decisões políticas - Rui Rangel
O Governo não deve subestimar a grande massa humana que ontem desceu a Avenida da Liberdade.

- Sabado, 8 Marco 2008 - 18:32
Governo não vai mudar políticas
O Governo não vai alterar as suas políticas educativas. Quem o diz é o porta-voz do PS, Vitalino Canas, que afirmou que o partido dará a devida atenção aos sinais que advém da manifestação dos professores de hoje, mas que continuará no caminho que tem vindo a tomar.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 17:14
Cavaco não comenta Marcha da Indignação
O Presidente da República, Cavaco Silva, que se encontra em visita oficial ao Brasil, recusou este sábado comentar o protesto dos professores que está a decorrer em Lisboa, considerando que “não deve enviar mensagens” quando se encontra fora do País e recordando o seu apelo ao respeito pelo direito à manifestação.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 16:33
Protesto junta mais de 80 mil professores
Mais de 80 mil professores participam, este sábado, na 'Marcha da Indignação', que desfila entre o Marquês do Pombal e o Terreiro do paço, em Lisboa, segundo estimativas dos sindicatos dos docentes e da PSP.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 13:36
Professores já enchem Marquês de Pombal
Centenas de professores do Porto, Aveiro, Coruche, Gaia, Coimbra e Ourém estão já no Marques de Pombal e Parque Eduardo VII, em Lisboa, para participarem na denominada 'Marcha da Indignação', a manifestação contra a política do Ministério de Educação.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 13:13
Menezes diz que ministro não tem credibilidade
O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, afirmou este sábado que o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, é uma pessoa "sem credibilidade nenhuma".
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 12:48
PCP critica tentativa de condicionar manifestação
O PCP reagiu este sábado à declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva considerando que são uma "tentativa de última hora para condicionar a participação" na manifestação de professores que hoje se realiza e um "insulto" à figura de Álvaro Cunhal.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 11:46
Miguel Relvas chocado com acusações de Santos Silva
O deputado do PSD Miguel Relvas manifestou-se este sábado "chocado" com as declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Santos Silva, que acusou professores manifestantes de "não reconhecerem a diferença entre Salazar e os democratas".
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 11:02
Ministro acusa manifestantes de não distinguirem entre Salazar e democratas
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva acusou, na sexta-feira à noite, em Chaves, à entrada para uma reunião sobre os três anos da governação PS, os professores manifestantes de estarem a levar a cabo uma intimidação anti-democrática e de "nem sequer saberem distinguir entre Salazar e os democratas".

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"A liberdade é algo que o País deve a Mário Soares, a Salgado Zenha, a Manuel Alegre... Não deve a Álvaro Cunhal nem a Mário Nogueira", afirmou Santos Silva, citado nos media, acrescentando que estes "lutaram por ela antes do 25 de Abril contra o fascismo, e lutaram por ela depois do 25 de Abril contra a tentativa de tentar criar em Portugal uma ditadura comunista", sustentou.

"O clima político que algumas pessoas estão a tentar desenvolver em Portugal é um clima de intimidação, é um clima próprio da natureza anti-democrática dessas forças. E se for preciso defender outra vez, como defendemos em 75, a liberdade em Portugal, o Partido Socialista, posso garantir, estará na linha da frente da defesa das liberdades públicas", afirmou, na ocasião.

O ministro acusou os manifestantes de "nem sequer saberem distinguir entre Salazar e os democratas" e de nem terem "lutado contra o fascismo".

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Domingo, 9 Março

- jaespadana
As pessoas não podem ser eternamente enganadas.Alguém ia pensar em 25/11/75,que um partido (dito socialista)ia patrocinar a reposição da exploração do homem pelo homem,a entrada dos velhos fascistas,alterar os direitos constitucionais dos trabalhadores,os políticos com benesses monstruosas,leis para os proteger de toda a espécie de crimes. Esta democracia não serve. Podem ir morrer longe. Bombarral

Sabado, 8 Março

- antonio
O sr ofende o bom nome de pessoas ja falecidas apos 25 de abril.London

- m.c.
Lamentavél este sr.chamar analfebetos aos portugas por não saberem distinguir SALAZAR e os democratas SERÁ QUE ELE SABE O QUE SIGNIFICA PARTIDO SOCIALISTA NO MEIO POLITICO?Não é de certeza o P.S.actual....

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- Sabado, 8 Marco 2008 - 09:00
Hooligans em Lisboa
- Coisas do Circo, por Emídio Rangel
Tenho vergonha destes pseudo-professores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 00:30
Protestos ainda sem fim à vista
A ‘Marcha da Indignação’, que junta hoje entre 40 a 70 mil professores entre o Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço, em Lisboa, não deve ser a última acção de protesto deste ano lectivo.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 00:30
Ensino
Professores têm razões para protestar?
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 00:30
Um País bipolar com recessão à porta
Menezes, de uma penada, quer fechar as portas do partido à oposição interna e faz engrossar as ruas do protesto.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 00:30
A polícia na Escola
As autoridades dão sinais de não saberem como lidar com as manifestações de rua.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 00:30
Ministro admite baixar impostos
O ministro das Finanças admitiu ontem que o Governo está a ponderar uma redução dos impostos, com vista a incentivar as despesas dos consumidores e, por esta via, fomentar o crescimento da economia portuguesa.
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- Sabado, 8 Marco 2008 - 00:30
Senhora Política

Paula Teixeira da Cruz [PSD] diz que Cavaco Silva fez bem em apelar à serenidade na Educação e que o sistema de avaliação dos professores tolhe “a autonomia técnica que possa existir”. Já Marta Rebelo [PS] acredita que no início desta fase de contestação dos docentes houve uma politização por parte do PCP, mas que agora o protesto já ganhou vida própria. A saída da ministra seria uma derrota.
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- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 14:48
PSP espera 70 mil professores
A Polícia de Segurança Pública (PSP) vai amanhã, sábado, cortar ao trânsito a zona entre o Marquês de Pombal e a Praça do Comércio, em Lisboa, durante o decorrer da manifestação de professores, para a qual são esperados entre 60 a 70 mil participantes.

- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 14:37
Fim do número mínimo de filiados
O Parlamento aprovou esta sexta-feira por unanimidade o fim da obrigação de os partidos terem um número mínimo de filiados.

- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 14:22
Ministro admite baixar impostos
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirmou esta sexta-feira que o Governo está a estudar a possibilidade de descer os impostos.
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- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 14:03
Medidas combatem a criminalidade
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, afirmou esta sexta-feira que as recentes medidas aprovadas pelo Governo vão combater a “criminalidade grave e violenta”.
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- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 11:01
Rui Pereira ordena investigação
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou esta sexta-feira ter solicitado à Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) para investigar a alegada visita de agentes da PSP às escolas para recolha de dados.
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- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 09:13
PSP de Santarém não ordenou visita a escolas
O Comando Distrital da PSP de Santarém garantiu que não deu indicações para que dois agentes da PSP de Ourém fossem a uma escola na quinta-feira, a fim de recolher dados sobre a manifestação de professores agendada para este sábado, em Lisboa.

- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 09:00
O Calcanhar de Aquiles - A dança dos coxos -
João Marques dos Santos, Advogado
Os professores, descontentes e manietados, manifestam-se. Sócrates, sentindo a contestação a crescer, teve uma ideia delirante. Manifestar-se.

Os professores estão descontentes com o Governo, a gestão das escolas e sobretudo com o novo sistema da sua avaliação. Sócrates, que gosta de mostrar quem manda, está descontente com os professores, que não acreditam em soluções nem homens providenciais e querem ter uma palavra a dizer nas questões mais importantes das suas escolas e vidas profissionais. Os pais dos alunos que erradamente julgam que as escolas devem suprir a falta de acompanhamento que eles (pelas mais variadas razões) não são capazes de dar aos seus filhos, estão descontentes com tudo.

Com Sócrates, com o sistema de Ensino, com a falta de segurança generalizada nas, e à volta, das escolas e com os professores. Só os seus lindos meninos estão inocentes. Alguns alunos, entretanto, vão agredindo uns professores e tornando as salas de aulas verdadeiros happenings onde tudo se pode fazer excepto ensinar ou aprender. Os professores, descontentes e manietados, manifestam-se. Sócrates, (porque Sócrates é o PS e o PS é uma extensão em coma político profundo dele próprio) sentindo a contestação a crescer, teve uma ideia delirante. Manifestar-se, também. Entrar na dança que os descontentes lhe sugerem. É difícil de acreditar, mas é verdade. Abandonado o patamar da discussão racional das razões de cada um entra-se no domínio do fantástico. Da representação. Da indigência política e intelectual. O ordeiro PS de Sócrates, que já começou a corrigir o tiro, ameaçou manifestar-se ‘espontaneamente’ em apoio ao grande chefe. Contra os professores e todos os que ousem contestá-lo.

À moda das grandes manifestações de ‘desagravo’ Salazaristas que enchiam o Terreiro do Paço com gentes que rumavam de borla à capital acompanhadas das respectivas bandeirinhas e farnel em troca de duas horas ao Sol a olhar para as varandas dos ministérios. Uma verdadeira viagem no tempo. O PS (leia-se, sempre, o Governo) a manifestar-se nas ruas contra o descontentamento dos cidadãos é coisa que nem ao diabo lembraria. Seria a transferência das razões do poder para o terreiro que é, por natureza, o palco dos que não têm voz. E onde facilmente seria batido.

O descabelado convívio de desagravo ‘socialista’ já tinha local e data marcados. Seria na Praça D. João I, no Porto, no próximo dia 15. Mas o ridículo e o perigo de outras forças mais efectivas ao nível da rua poderem deixar uma má recordação aos promotores deste original evento fê-los recolherem ao Pavilhão Académico. Já não teremos o gozo de ver Sócrates e os seus pelotões de infantaria a manifestar-se nas ruas contra os descontentes que lhes tiram o sono. Sócrates percebeu a tempo o gozo que estava a dar e no dia 15 lá irá, envergonhado, até ao Pavilhão Académico dizer às suas tropas que o PS é forte, tem o exclusivo da inteligência deste País, não receia nada nem ninguém e sobreviverá por todo o sempre. Será ovacionado até à exaustão. E acreditará que o universo começa e acaba no Pavilhão Académico.

Os professores desfilarão, amanhã, sabendo que estão a bater em mortos, mas que, ironicamente, a sua luta ameaça ser inglória. Porque a ministra é a herdeira dos amores que Sócrates devotava a Correia de Campos, o primogénito sacrificado para aplacar a fúria dos deuses. E nem Sócrates consegue viver sem um grande amor...

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Sexta-feira, 7 Março

- diplofax
Já se sabia à muito,que mesmo dentro do PS haveria muito descontetamento em relação a certas medidas tomadas,não calculávamos que teriam nesta,oportunidade de se manifestarem.Espero que não lhes traga dissabores futuros pois aquela de "quem se mete com o PS leva"continúa ser válida até ordem em contrário,como se sabe.Estou curiosa acerca das "orientações"que terão sido dadas às FS para a manif!

- José Timão-Açores
Quando a Senhora Ministra da Educação assevera que "perdeu os professores e "ganhou" a opinião pública, pode entender-se que a Senhora Ministra quis dizer que, em Portugal, o que conta (para este Governo e logo para a Senhora Ministra) é a condição de "análise" duma parcela da "opinião publica" e não o conceito e o discernimento de quem faz por estar na vida com dignidade.

- JB
E não será dificil prever que no Pavilhão do Académico haverá uns apelativos incentivos à comparência e ao enérgico desempenho vocal e bandeiral, tais como, uns aconchegadores comes e bebes à descrição, umas promessas de retribuição pelo espontânea lealdade...
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- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 00:30

Estado
Funcionários com duas notas negativas devem ser despedidos?
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- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 00:30

Professores na rua - Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto

A discussão até pode acabar reduzida a números com Governo e sindicatos de professores a discutirem se estiveram vinte ou cem mil pessoas na rua. Mas uma coisa é certa: há muito tempo que um governo não era submetido a tão grande prova de força por parte de uma classe profissional. Digo bem: por uma classe profissional, não tanto por uma estrutura sindical.

É fácil reduzir as movimentações dos professores aos interesses políticos dos sindicalistas do PCP e ao próprio partido. Mas, neste caso, independentemente dos juízos de mérito ou falta dele que se possa fazer sobre o regime de avaliações proposto, a verdade é que o protesto está muito para lá daquilo que é a força sindical do PCP ou da Fenprof.

Em algumas das manifestações têm aparecido a dar a cara pessoas ligadas a estruturas locais do PS, simultaneamente professores, que pedem a demissão da ministra. Talvez por isso, e por o protesto dos professores mobilizar também muita gente distante de qualquer lógica político-partidária ou sindical, fosse bom que o Governo ponderasse seriamente os caminhos deste braço-de-ferro. Porquê? Tão-só para não prejudicar aquilo que hoje é decisivo: a possibilidade de fazer uma efectiva reforma no Ensino.

Seja esta ou outra a verdade, é que não pode naufragar aqui a hipótese de fazer uma reforma que fosse boa para todos mas, sobretudo, para os estudantes. Já agora, convinha que alguém pensasse neles..

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Sexta-feira, 7 Março

- diplofax
Uma coisa é certa,o objectivo,tanto da reforma como da manifestação,devia ser em 1º plano o interesse na qualidade do ensino e formação dos alunos,não em quantidade de horas de aulas,e, no respeito pela classe dos profs.Julgo não haver nem uma coisa nem outra neste momento,por isso estou do lado deles,apoio a manifestação!

- diplofax
O gov não percebe que,para haver qualquer reforma,é preciso haver consenço entre ambas as partes.A reforma que quer fazer,se provoca esta avalanche de profs descontentes em todo o país é evidente que não serve.E não são só os sindicatos,como diz,que interveem.Tem que haver diálogo e recuos eventualmente de ambas as partes.Claro que os nºs vão diferir conforme sejam do gov,PSP,manifest. ou sind.

- José Timão-Açores
Claro que seria muito bom que alguém pensasse neles... e tivesse em conta a diferença que há entre aqueles que são cábulas convencidos de que o não são e os que são cumpridores e convictos de que o são...

- J. Rodrigues
Não é possível pensar a sério nos alunos, sem pensar nos professores!É a história do ovo e da galinha. Certo é que, neste caso, alguém, na defesa cerrada dos seus interesses pessoais, não está a cumprir os seus deveres cívicos. O país merece o melhor, de cada um.

- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 00:30
Castigos rápidos para funcionários
O novo Estatuto Disciplinar dos Trabalhadores da Função Pública prevê processos disciplinares mais rápidos e uma redução no número de penas a aplicar. A proposta de lei foi ontem aprovada em Conselho de Ministros e tem subjacente a aproximação do regime público ao privado.

- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 00:30
Ex-ministra aufere 101 mil euros ano
Maria de Belém Roseira, advogada, 59 anos, é deputada do PS eleita pelo círculo de Lisboa. A socialista foi ministra nos dois executivos de António Guterres nos anos 90, tendo ocupado a pasta da Saúde de 1995 a 1999 e a pasta da Igualdade de 1999 a 2000.

- Sexta-feira, 7 Marco 2008 - 00:00
Entrevistas interessantes
Longe vão os tempos em que, na TV, o entrevistador perguntava ao entrevistado, especialmente se fosse político: “Sr. Dr., poderia elucidar os portugueses sobre esta questão no sector da Educação?”. E o ministro, por exemplo, responderia: “Ainda bem que me faz essa pergunta. Deixe-me pois esclarecer que...”.

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