A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quarta-feira, junho 30, 2010

O cozido à portuguesa de Domingos Amaral


Choque de titãs

Se este tem sido um ano de terramotos pelo mundo fora, preparem-se para mais um, mas agora na política portuguesa. O grau do abalo ainda não é conhecido, mas a dar-se poderá ser um dos mais fortes de sempre desde Abril de 74. Exagero meu? Olhem que não, como dizia o outro. A recente revelação de que o PSD de Passos Coelho está disponível para uma coligação com o CDS-PP de Portas pode alterar profundamente a lógica da situação nacional.
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Por:Domingos Amaral, Director da 'GQ'
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Vamos por partes. Com Sócrates em perda permanente, obrigado à gestão de uma crise dura, não é de espantar que Passos Coelho, que chegou agora, é esperto, está virgem e tem boa imagem, esteja a subir nas sondagens. Animadas as hostes laranjas e vencido o ciclo depressivo do pós--Barroso/Lopes, o partido acredita que pode ganhar eleições. 
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Contudo, uma maioria absoluta solitária é difícil, para não dizer impossível. Mas em coligação com o CDS-PP essa maioria fica à mão de semear e é quase uma certeza matemática. Se não existisse uma eleição presidencial pelo caminho, eram favas contadas. Só que as presidenciais existem, e o PSD não só conta com Cavaco reeleito como antecipa a sua jogada seguinte: uma dissolução do parlamento, que estenderia a passadeira vermelha a Passos e Portas a caminho do poder. O problema é Alegre, e também, em menor grau, Cavaco. Ao preparar já uma coligação com o CDS-PP, Passos Coelho atira para a mão de Alegre um importantíssimo trunfo. 
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O bardo de Águeda agitará, sem hesitação, o espectro da maioria de direita, que aí vem. A ideia de uma conspiração contra o PS será repetida até à exaustão, acusando Cavaco de estar feito com Passos e Portas para correr, logo que possa, com o PS. À sombra de Alegre, toda a esquerda – PS, PCP, Bloco, Verdes e restantes tresmalhados – terá uma oportunidade de união, e pelo caminho pode derrotar Cavaco.
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Se ganhar, Alegre patrocinará, a partir de Belém, uma frente de esquerda unida, e nem sequer dará à direita uma dissolução. Se perder, embora perca o controle do timing, procurará unificar essa mesma frente nas legislativas seguintes, provocando um choque de titãs entre dois blocos, um à direita e outro à esquerda, o que nunca aconteceu em Portugal. A coligação entre PSD e CDS-PP faz todo o sentido, mas faz também nascer o imprevisível. 
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O fim do período socrático, claramente à vista, promete o regresso em força da política. Ainda bem. Num país anémico, um disparo de paixões políticas é sempre bem-vindo.
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Correio da Manhã reforça liderança

Natália Ferraz
APCT: Dados de Janeiro a Abril de 2010
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O Correio da Manhã é o jornal mais vendido em Portugal, confirmam os dados divulgados ontem pela Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT). Entre Janeiro e Abril deste ano, o CM, da Cofina, vendeu em banca uma média de 120 849 exemplares por dia, o que representa mais 8817 jornais do que em igual período de 2009.
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Por:Isabel Faria
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Em segundo lugar, na lista de jornais e revistas de informação mais vendidos em banca, surge o semanário ‘Expresso’, da Impresa, com 103 448, seguido do diário ‘Jornal de Notícias’, da Controlinveste, com uma venda média de 81 418 jornais por edição.
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O desportivo ‘Record’, também da Cofina, surge em quarto lugar, com uma média de 66 722 exemplares vendidos. No mesmo segmento, ‘O Jogo’ vendeu 25 815. Já ‘A Bola’ não é auditado. 
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Nas revistas de informação, a ‘Visão’, da Impresa, vendeu52 556 exemplares, e a ‘Sábado’, do grupo Cofina, 50 761.
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O semanário ‘Sol’ fez sair de banca uma média de 48 192 jornais por edição. Em queda surgem o ‘Público’, da Sonae, (com 26 723 jornais por dia), e o ‘Diário de Notícias’, Controlinveste, que ao vender 25 099 por dia registou uma quebra de 30% face a 2009. 
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PORMENORES
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'RECORD' SOBE
Com uma média de venda em banca de 66 722 jornais, o desportivo da Cofina vendeu mais 2049 exemplares face a 2009.
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'JORNAL DE NEGÓCIOS'
Entre Janeiro e Abril, o económico da Cofina vendeu em banca 2499 e registou uma circulação total de 10 640 jornais.
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FIM DO '24 HORAS'
A quebra nas vendas ditou o fim do ‘24 Horas’, cuja última edição saiu ontem. Entre Janeiro e Abril, o diário vendeu 15 939 exemplares por edição.  
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CAMPEÃO NA CIRCULAÇÃO PAGA
O CM lidera também quando se analisam os dados referentes à circulação paga, que às vendas em banca soma as vendas em bloco e ainda as assinaturas. Entre Janeiro e Abril deste ano, o CM fez circular uma média de 123 353 exemplares por edição, o que significa mais 8828 jornais diários face ao mesmo período do ano anterior. 
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terça-feira, junho 29, 2010

Controlinveste avança com despedimento colectivo no 24 Horas e no gratuito Global



Diário pago da Controlinveste sai amanhã pela última vez, gratuito na quarta-feira

28.06.2010 - 17:48 Por Ana Machado
Afinal o 24 Horas não será o único título da Controlinveste que vai encerrar. Depois do anúncio do fecho daquele diário, o grupo detido por Joaquim Oliveira anunciou que também encerrará o diário gratuito do grupo, o Global. Em comunicado, informam que o despedimento colectivo é inevitável. Ao todo são mais de 30 os profissionais que ficam no desemprego.
 (DR)

A informação do encerramento, foi hoje comunicada oficialmente à redacção, directamente pela administração, no dia em que se fechava o último número do 24 Horas, que sai amanhã pela última vez para as bancas. O Global sai pela última vez na quarta-feira.

Pelos trabalhadores foi distribuído um comunicado, onde a empresa agradecia a dedicação de todos, mas justificava a decisão com a “profunda alteração estrutural do mercado de imprensa”, que “exige decisões estratégicas”.

Mas o comunicado que chegou à agência Lusa ia além desta informação que chegou, por escrito, aos trabalhadores, falando de “um processo de despedimento colectivo envolvendo os profissionais em causa”.

A decisão de despedimento colectivo foi por isso acolhida com alguma surpresa, tal como a decisão de encerrar o gratuito Global, que tinha sofrido uma remodelação gráfica em Maio deste ano e tinha um novo director, Gonçalo Pereira, que transitou precisamente do 24 Horas.

Também o 24 Horas tinha sofrido alterações gráficas profundas em Agosto de 2009, passando a um formato mais próximo de uma revista, embora mantendo a periodicidade diária. E ganhou também um novo editor, Nuno Azinheira, também editor da revista de televisão do Diário de Notícias e Jornal de Notícias, a Notícias TV.

Apesar dos contactos com os funcionários que vão permanecer na empresa – 17 ao todo – terem sido finalizados na passada sexta-feira, só hoje a informação do encerramento chegou oficialmente às redacções.

Ao que o PÚBLICO apurou, serão afectados cerca de dois terços do total de 50 trabalhadores dos dois títulos, entre jornalistas e gráficos, A redacção do gratuito Global era composta apenas por quatro pessoas.

Os trabalhadores integrados serão acolhidos nas redacções do DN, O Jogo e na revista NS, Notícias Sábado, que sai ao fim de semana com o DN e JN.

O JN não receberá nenhum dos profissionais. A Controlinveste detém ainda a rádio TSF e uma participação na Sport TV.

O Sindicato dos Jornalistas já reagiu num comunicado onde exorta o grupo a integrar todos os trabalhadores dos dois jornais nos outros títulos do grupo e lembra a posição do sindicato sobre o Global, modelo ao qual sempre se opôs por se basear na duplicação do trabalho feito pelos jornalistas do grupo sem que isso tenha em conta um acréscimo da remuneração de cada um.

Os dois títulos da Controlinveste são as primeiras vítimas em Portugal da crise recente que tem afectado as empresas de media mundiais, a braços com uma forte instabilidade financeira, provocada pela alteração dos hábitos de leitura e no decréscimo das vendas. Em Fevereiro de 2009 o 24 Horas tinha uma circulação paga de 33.814 exemplares, em Fevereiro deste ano tinha já menos de metade (16.435).
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segunda-feira, junho 28, 2010

O mês tem mais dias do que dinheiro e o futuro continuará a ser igual

As "famílias-sanduíche" são gente vulgar, com filhos e que vive dificuldades ENRIC VIVES-RUBIO
Por Clara Viana  
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.Estudo da Tese coordenado pelo ISCTE revela que quase um terço das famílias portuguesas vive num limbo. Dizem que estão "em stand-by", mas já entraram numa curva descendente.

São gente vulgar. Não estão classificados oficialmente como pobres, a maioria ainda não perdeu o emprego, têm filhos a cargo e uma dificuldade comum em conseguir chegar ao fim do mês sem percalços de maior. Um estudo da Tese - Associação para o Desenvolvimento, que será hoje apresentado em Lisboa, mostra quem são e como vivem estas "famílias-sanduíche" - uma noção aplicada a agregados que beneficiam de "demasiados recursos para aceder a prestações sociais", mas que experimentam particulares dificuldades" em conseguir responder às despesas usuais.

Os adultos que integram estes agregados ganham por mês entre 379 e 799 euros - estão por isso acima do limar da pobreza, uma linha que separa quem ganha mais ou menos do que 60 por cento do rendimento médio - e representam 31 por cento dos agregados residentes em Portugal. Outros 20,1 por cento estão classificados como pobres.

Maria, licenciada, de 33 anos, figura entre os primeiros. Diz sobre ela própria que é "uma pessoa em stand-by". Reside em Lisboa - a maioria das famílias-sanduíche habita em áreas urbanas - é trabalhadora independente, sente-se "injustiçada". Os estudos valeram-lhe de pouco: ir às vezes ao cinema ou ao teatro, comprar um livro são gestos que entraram para a categoria dos "luxos". Maria é um dos 54 entrevistados que dão corpo ao estudo coordenado pelo Centro de Estudos Territoriais do ISCTE, em parceria com a Gulbenkian e o Instituto da Segurança Social. Nem todos pertencem às chamadas famílias-sanduíche. Este estudo sobre as necessidades em Portugal foi também procurar saber como vivem, entre outros, adultos que vivem em regime de sobreocupação, que aumentaram as suas qualificações ou que passaram à reforma recentemente.

Um quinto dos inquiridos tem dificuldades no pagamento das contas da casa, 12 por cento não tem dinheiro para comprar todos os medicamentos de que precisa. Para 21 por cento das famílias-sanduíche a capacidade para suportar despesas inesperadas é inexistente. Mas isto é o que sucede também com 21,5 por cento do total de agregados portugueses. Gente normal, portanto. Como o são também Vera, de 35 anos, e Henrique, de 38, ela com um bacharelato, ele doutorado a viver de bolsas sucessivas e incertas. Vera diz sentir a vida "hipotecada".

No geral, estas pessoas estiveram mais anos na escola do que os seus pais, têm mais qualificações do que eles, mas sentem que estão "numa trajectória social intergeracionalmente descendente". "Fazer planos é algo que a generalidade considera inglório", frisam os autores. Apesar da sua experiência, continuam a considerar que uma maior qualificação é indispensável para garantir uma melhor qualidade de vida e é essa a sua principal aposta no que respeita aos filhos. Um factor que acaba por acrescentar mais insegurança ao seu quotidiano - receiam não ter capacidades financeiras para "proporcionar aos filhos a formação necessária".

Para os investigadores, os casos observados confirmam a necessidade de se pôr fim aos regimes laborais que são propiciadores de pobreza - caso dos "falsos recibos verdes". Subscrevem também uma recomendação já feita pela Assembleia da República em 2008 com vista à "definição de um limiar de pobreza "em função do nível de rendimento nacional e das condições de vida padrão na nossa sociedade". A linha dos 60 por cento é uma medida europeia, com variações consoante o rendimento médio auferido pelas populações. Em Portugal, as pessoas em risco de pobreza vivem com cerca de 360 euros, na Dinamarca este limite situa-se nos 900 euros.

A taxa de pobreza é calculada já depois das transferências dos apoios sociais para as famílias. Sem estes, abrangeria 40 por cento da população em Portugal.

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quinta-feira, junho 17, 2010

Acções do Exército no “Domingo Sangrento” foram “injustificadas” e “injustificáveis”



David Cameron pediu desculpa pelas 14 mortes em Derry

15.06.2010 - 20:51 Por Ana Fonseca Pereira
O “Domingo Sangrento” que incendiou a Irlanda do Norte foi há 38 anos. Mas hoje, em Derry, as emoções foram vividas como se o tempo tivesse parado. “Inocente”, gritaram, uns após os outros, os familiares dos 14 manifestantes mortos pelo Exército no dia 30 de Janeiro de 1972. Mortes que o mais longo e dispendioso inquérito judicial da história britânica concluiu terem sido “erradas” e “injustificadas” – o veredicto que as famílias reivindicavam desde então.
Os familiares das vítimas saudaram emocionados as conclusões do 
inquérito 
Os familiares das vítimas saudaram emocionados as conclusões do inquérito (Cathal McNaughton/Reuters)

“O que aconteceu naquele dia nunca deveria ter acontecido. Em nome do Governo e do país, lamento profundamente”, declarou o primeiro-ministro, David Cameron, ao apresentar no Parlamento as conclusões do inquérito iniciado em 1998, por ordem de Tony Blair quando ainda não havia paz na província. Em Derry, a multidão reunida na praça central, gritou de alegria ao ouvir o pedido de desculpa, o primeiro vindo de Londres desde o massacre.

Cameron abriu a difícil intervenção – a aliança com os unionistas irlandeses coloca-o numa posição delicada – declarando-se “profundamente patriota”, mas disse que “as conclusões do inquérito são absolutamente claras [...] O que aconteceu no Domingo Sangrento foi injustificado e injustificável”. Nenhum dos manifestantes mortos ou feridos estava armado ou fez qualquer coisa que justificasse os disparos, disse o primeiro-ministro. E “muitos dos que foram mortos ou feridos tentavam fugir ou iam ajudar aqueles que estavam a morrer”.

É um profundo desmentido do inquérito aberto a seguir aos incidentes, visto hoje como uma operação destinada a limpar a imagem do Exército. Essa investigação liderada pelo lorde Widgery concluiu que o 1º batalhão de Pára-quedistas se limitou a responder a disparos e culpou os organizadores da marcha pela “situação altamente perigosa” criada na cidade. Algumas vítimas foram fotografadas com bombas artesanais nos bolsos.

Seis anos de audições, centenas de testemunhas e milhares de páginas depois, as conclusões são outras. Mark Saville, o juiz que liderou o segundo inquérito, atribuiu a “responsabilidade imediata” aos soldados, que “dispararam injustificadamente” contra os manifestantes. Ficou provado que o IRA tinha homens armados na marcha, mas as suas acções não estiveram na origem dos disparos.

O inquérito iliba o Governo e a maioria dos comandantes, suspeitos de fomentarem a violência ou encobrirem os incidentes. Mas critica o envolvimento dos pára-quedistas (uma força mais apta a acções de combate) e acusa vários soldados, alguns dos quais mentiram para esconder as suas acções. É o caso do “cabo F.”, como é identificado um militar que admitiu ter disparado contra quatro das vítimas mortais: “Ele não agiu por pânico ou medo, mas consciente de que ninguém nas barricadas representava uma ameaça”.



Processos judiciais

O imenso relatório – são cinco mil páginas, reunidas num processo que se arrastou 12 anos e custou perto de 200 milhões de libras – não fala em “mortes ilegais”, mas as conclusões abrem caminho a acções judiciais contra os militares. A decisão cabe à procuradoria da Irlanda do Norte e as famílias não escondem que é esse o seu desejo.

Mas a mera sugestão indigna os unionistas e o Exército: “Não nos podemos esquecer que há assassinos do IRA que foram libertados e estão agora no governo”, disse ao Guardian o coronel Richard Kemp, referindo-se a Martin McGuinness, antigo comandante do IRA e actual “número dois” do governo autónomo. Em 1972, ele era o “número dois” do grupo em Derry e o inquérito admite que tenha estado armado na marcha, “mas não há provas de que tenha disparado”.

Eventuais processos judiciais têm também o potencial para reabrir feridas entre as duas comunidades – aquelas que Blair pretendia fechar quando acedeu ao pedido das famílias para reabrir as investigações. O Sinn Féin saudou o dia “memorável”, mas um porta-voz do Partido Democrático Unionista, com quem partilha o poder em Belfast, lembrou que as mortes do “Domingo Sangrento” “não são mais lamentáveis” do que as causadas pelo IRA.

Mas para as famílias, que voltaram a marchar em Derry com os retratos das vítimas, é uma longa luta que chega ao fim. “Foram precisos quase 40 anos, mas hoje a verdade foi dita. O meu irmão Michael estava inocente e agora pode descansar em paz”, disse Catherine Kelly.

Notícia corrigida às 12h28
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Derek Wilford foi acusado de desobedecer a ordens superiores

Pára-quedistas do “Domingo Sangrento” defendem comandante

16.06.2010 - 10:44 Por PÚBLICO
Um grupo de seis pára-quedistas britânicos, que estiveram envolvidos no “Domingo Sangrento” da Irlanda do Norte, criticou hoje o relatório judicial sobre a tragédia, no qual foi responsabilizado aquele que era então o seu comandante, o tenente-coronel Derek Wilford.


Num comunicado enviado para a BBC, os seis militares – nenhum deles tendo disparado contra os manifestantes mortos pelo Exército a 30 de Janeiro de 1972 – afirmaram que Wilford foi usado como “bode expiatório” e que os autores do relatório simplesmente decidiram que “tinham de pôr a culpa” num oficial.

Wilford, o responsável directo pelos pára-quedistas envolvidos na operação do “Domingo Sangrento”, em que 13 manifestantes foram mortos, manteve sempre que os seus soldados foram atacados primeiro e mais não fizeram que cumprir o seu dever.

Mas o relatório judicial ontem concluído e divulgado, criticou fortemente o Regimento de Pára-quedistas e responsabilizou Wilford, apontando que o oficial ignorara ordens dadas pelo seu superior no sentido de que não podia dar ordem de avanço às tropas para lá de uma barreira em volta da zona da manifestação.
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As desculpas da Inglaterra e a tortura no Brasil

Editorial.

Vermelho - 16 de Junho de 2010 - 19h44


Trinta e oito anos depois do massacre do Domingo Sangrento, no qual soldados ingleses mataram a tidos 13 pessoas (e feriram 14, uma das quais morreu tempos depois devido aos ferimentos) que participavam de uma passeata em Londonderry, na Irlanda do Norte, a justiça inglesa concluiu que a ação dos militares foi criminosa.

Foi uma longa caminhada até que esta conclusão fosse oficialmente aceita e tornada pública. No dia 15, quando o Relatório da investigação foi apresentado ao Parlamento britânico, não restou outra saída ao governo do primeiro ministro David Cameron senão reconhecer a culpa das tropas inglesas de ocupação e pedir desculpas pelo ataque injustificado contra aquela passeata pacífica em 30 de janeiro de 1972.

O Relatório que repõe a verdade e condena a ação militar resulta de uma investigação iniciada em 1998, quando o acordo entre irlandeses católicos e protestantes e o governo britânico formou um governo de coalizão no Ulster (como os norte-irlandeses chamam seu país) que pôs fim a uma das mais longas e sangrentas guerras de libertação nacional do século XX. A investigação consumiu 200 milhões de libras (293 milhões de dólares), foi o mais longo processo judicial britânico, e ficou pronta seis anos depois, em 2004, e esperou outros seis anos até seus resultados serem finalmente divulgados.

A manifestação pacífica de 30 de janeiro de 1972 estava prevista para ser um grande protesto dos patriotas norte-irlandeses pelos direitos civis (eles não tinham o direito de voto em seu próprio país) e pelo fim do domínio estrangeiro. Eles enfrentavam as tropas britânicas de ocupação e também seus aliados internos, os protestantes, favoráveis à união com a Grã-Bretanha.

Mas o comandante das tropas de ocupação na ocasião, tenente coronel Derek Wilford, pensava de outra maneira e decidiu dar uma "lição" aos patriotas irlandeses para colocar um fim nas manifestações de rua que se intensificavam. Usou a costumeira "pedagogia da bala" de todas as repressões: os soldados atiraram contra manifestantes pacíficos. Depois, o comando montou sua própria versão fantasiosa, alegando que os soldados agiram em legitima defesa e responderam a tiros disparados pelos "terroristas", tentando justificar assim o sangue derramado.

É a mesma versão arrogante e simplória de todas as ditaduras para ações criminosas cometidas por agentes da repressão, e que foi desmontada pela disposição da justiça inglesa em restabelecer a verdade e apontar os verdadeiros responsáveis pelo derramamento de sangue inocente.

O Relatório da investigação conduzida por lord Mark Saville demonstrou de maneira clara e sucinta que a ação repressiva "não foi uma resposta justificável”, mas “um caso de soldados atirando sem motivos", conclusão acatada pelo próprio chefe do Estado Maior do Exército britânico, general David Richards. Atribuindo toda responsabilidade aos militares ingleses, que abriram fogo sem aviso, o Relatório recomenda ao Ministério Público da Irlanda do Norte que tome as medidas judiciais para responsabilizar os soldados que participaram do massacre.

A disposição inglesa de colocar o dedo na ferida da história, mesmo que tardiamente, merece ser saudada pelos patriotas e democratas. Ela não deixa de ser limitada: refere-se a um acontecimento ocorrido há quase meio século e ocorre num contexto onde violências sangrentas semelhantes são cometidas por tropas de ocupação em vários pontos do mundo. Não apaga a mancha representada pela participação inglesa na ocupação do Iraque, que é uma agressão tão grande, violenta e injustificável como a cometida na Irlanda. Não limpa também a cumplicidade britânica com a agressão israelense contra os palestinos, cujo último episódio sangrento (o ataque à Flotilha da Liberdade) foi justificado com alegações falsas semelhantes às usadas em 1972 pelos ingleses para explicar o tiroteio contra a passeata pacífica em Londonderry.

Apesar destas limitações, a disposição britânica de rever o passado precisa ser levada em conta, no Brasil, por aqueles que resistem em levar os torturadores da ditadura aos tribunais. Em 1972 a repressão no Brasil estava no auge, e a ditadura militar mandou agentes policiais para a Inglaterra para tomar aulas de tortura, que o general Hugo Abreu chamou eufemisticamente o general Hugo Abreu de “métodos ingleses de interrogatório”. Métodos desenvolvidos pela repressão inglesa justamente na luta contra os patriotas norte-irlandeses. Os agentes da repressão brasileira aprenderam aquelas lições, que usaram contra democratas e patriotas em nosso país. Aqueles que os defendem hoje e resistem em responsabilizar os que torturaram e mataram aprenderam essa nova lição que vem dos tribunais ingleses?
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unnamed2x 28 de Outubro de 2009Tradução da música "Sunday Bloody Sunday" da banda irlandesa U2

A letra descreve o horror sentido por um observador The Troubles na Irlanda do Norte, com destaque no incidente do Domingo Sangrento em Derry, onde as tropas britânicas atiraram e mataram manifestantes de direitos civis.

Obs.: tem um erro na letra, mas nada que altere o sentido da mesma. O correto seria "Garrafas quebradas SOB os pés das crianças" ;
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U2 Sunday Bloody Sunday Lyrics

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I can't believe the news today
Oh, I can't close my eyes and make it go away!

How long?
How long must we sing this song?
How long?
How long?

'Cause tonight...we can be as one
Tonight...

Broken bottles under children's feet
Bodies strewn across the dead-end streets
But I won't heed the battle call
It puts my back up, puts back up against the wall!

Sunday, Bloody Sunday
Sunday, Bloody Sunday
Sunday, Bloody Sunday (Sunday, Bloody Sunday)
All right lets go!

And the battles just begun
Theres many lost but tell me who has won
The trenches dug within our hearts
And mothers, children, brothers, sisters torn apart!

Sunday, Bloody Sunday
Sunday, Bloody Sunday

How long...how long must we sing this song?
How long?
How long?

'Cause tonight...we can be as one
Tonight
Tonight (Sunday, Bloody Sunday)
Tonight
Tonight (Sunday, Bloody Sunday)
Tonight
Come get some!

Wipe the tears from your eyes
Wipe your tears away
Wipe your tears away
I wipe your tears away (Sunday, Bloody Sunday)
I wipe your blood shot eyes (Sunday, Bloody Sunday)

Sunday, Bloody Sunday (Sunday, Bloody Sunday)
Sunday, Bloody Sunday (Sunday, Bloody Sunday)
Here I come!

And it's true we are immune
When fact is fiction and TV reality
And today the millions cry
We eat and drink while tomorrow they die!

The real battle yet began (Sunday, Bloody Sunday)
To claim the victory Jesus won (Sunday, Bloody Sunday
on...

Sunday, Bloody Sunday
Sunday, Bloody Sunday...

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http://www.sing365.com/music/lyric.nsf/sunday-bloody-sunday-lyrics-u2/6dc9c4c7e32eb25d482568960030de57

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Sunday Bloody Sunday

From Wikipedia, the free encyclopedia

 
"Sunday Bloody Sunday"
Single by U2
from the album War
Released 11 March 1983
Format 7" vinyl, 12" vinyl, CD single
Recorded 1982, Windmill Lane Studios, Dublin
Genre Rock, post-punk
Length 4:42
Label Island
Producer Steve Lillywhite
U2 singles chronology
"Two Hearts Beat as One"
(1983)
"Sunday Bloody Sunday"
(1983)
"Pride (In the Name of Love)"
(1984)

Music video
"Sunday Bloody Sunday" at YouTube
Music sample

"Sunday Bloody Sunday" is the opening track from U2's 1983 album, War. The song was released as the album's third single on 11 March 1983 in Germany and The Netherlands.[1] "Sunday Bloody Sunday" is noted for its militaristic drumbeat, harsh guitar, and melodic harmonies.[2] One of U2's most overtly political songs, its lyrics describe the horror felt by an observer of The Troubles in Northern Ireland, mainly focusing on the Bloody Sunday incident in Derry where British troops shot and killed civil rights marchers. Along with "New Year's Day", the song helped U2 reach a wider listening audience. It was generally well-received by critics on the album's release.[3][4]
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The song has remained a staple of U2's live concerts.[5] During its earliest performances, the song created controversy. Bono reasserted the song's anti-hate, anti-sectarian-violence message to his audience for many years. Today, it is considered one of U2's signature songs, being one of the band's most performed songs. Critics rate it among the best political protest songs,[6] and it has been covered by over a dozen artists.[7] It was named the 268th greatest song by Rolling Stone on their list of the 500 Greatest Songs of All Time.

Contents

 

Writing and recording

"Sunday Bloody Sunday" grew from a guitar riff and lyric written by The Edge in 1982. While newlyweds Bono and Ali Hewson honeymooned in Jamaica, The Edge worked in Ireland on music for the band's upcoming album. Following an argument with his girlfriend, and a period of doubt in his own song-writing abilities, The Edge—"feeling depressed... channeled [his] fear and frustration and self-loathing into a piece of music."[8] This early draft did not yet have a title or chorus melody, but did contain a structural outline and theme. After Bono had reworked the lyrics, the band recorded the song at Windmill Lane Studios in Dublin. During the sessions, producer Steve Lillywhite encouraged drummer Larry Mullen Jr. to use a click track, but Mullen was firmly against the idea. A chance meeting with Andy Newmark (of Sly & the Family Stone) — a drummer who used a click track religiously — changed Mullen's mind.[8] The opening drum pattern soon developed into the song's hook. A local violinist, Steve Wickham, approached The Edge one morning at a bus stop and asked if U2 had any need for a violin on their next album. In the studio for only half a day, Wickham's electric violin became the final instrumental contribution to the song.[8]
Drummer Mullen said of the song in 1983:
"We're into the politics of people, we're not into politics. Like you talk about Northern Ireland, 'Sunday Bloody Sunday,' people sort of think, 'Oh, that time when 13 Catholics were shot by British soldiers'; that's not what the song is about. That's an incident, the most famous incident in Northern Ireland and it's the strongest way of saying, 'How long? How long do we have to put up with this?' I don't care who's who - Catholics, Protestants, whatever. You know people are dying every single day through bitterness and hate, and we're saying why? What's the point? And you can move that into places like El Salvador and other similar situations - people dying. Let's forget the politics, let's stop shooting each other and sit around the table and talk about it... There are a lot of bands taking sides saying politics is crap, etc. Well, so what! The real battle is people dying, that's the real battle."[9]

Composition

This two-bar guitar riff[10] is repeated often throughout "Sunday Bloody Sunday."
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"Sunday Bloody Sunday" is played at a tempo of 108 beats per minute in a 4/4 time signature.[10] The song opens with a militaristic drumbeat and electric violin part. The aggressive snare drum rhythm closely resembles a beat used to keep a military band in step. The distinctive drum sound was achieved by recording Mullen's drumwork at the base of a staircase, producing a more natural reverb. It is followed by The Edge's repeating arpeggios (see notation at left). The riff, which follows a BmDG6 chord progression, establishes the minor chord territory of the piece. As the song progresses, the lyrics and guitar become more furious. The guitar riff has been described as the "bone-crushing arena-rock riff of the decade" by Rolling Stone.[11] A bass drum kick on every beat provides the musical foundation until the first chorus, when Adam Clayton's bass guitar enters.
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In contrast to the violent nature of the verses, the emergence of major chords creates a feeling of hope during Bono's "How long, how long must we sing this song?" refrain. During the chorus, The Edge's backing vocals further develop this tread, using a harmonic imitative echo. The snare drum is absent from this section, and the guitar parts are muted. This part of the song deviates musically from the raw aggression seen in the song's verses and gives the song a more uplifting structure.[10] Bono once commented that "love is...a central theme" of "Sunday Bloody Sunday"[12]
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The band have said the lyrics refer to the events of both Bloody Sunday (1972) and Bloody Sunday (1920), but are not specifically about either event.[13] The song takes the standpoint of someone horrified by the cycle of violence in the province. Bono rewrote The Edge's initial lyrics, attempting to contrast the two events with Easter Sunday, but he has said that the band was too inexperienced at the time to fully realise that goal, noting that "it was a song whose eloquence lay in its harmonic power rather than its verbal strength."[8]
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Early versions opened with the line "Don't talk to me about the rights of the IRA, UDA".[8] U2's bassist, Adam Clayton, recalls that better judgment led to the removal of such a politically charged line, and that the song's "viewpoint became very humane and non-sectarian...which, is the only responsible position."[14] The chosen opening line, "I can't believe the news today" crystallises the prevailing response, especially among young people, to the violence in Northern Ireland during the 1970s and 1980s.[14] In successive stanzas, however, the lyrics appear to disown that anger and place the song in a religious context—paraphrasing text from Matthew 10:35 ("mother's children; brothers, sisters torn apart") and bringing a twist to 1 Corinthians 15:32 ("we eat and drink while tomorrow they die", instead of "we die"). The song finishes with a call for the Irish to stop fighting each other, and "claim the victory Jesus won...on [a] Sunday bloody Sunday."[10]

Reception

U2 was aware when they decided to record "Sunday Bloody Sunday" that its lyrics could be misinterpreted as sectarian, and possibly jeopardize their personal lives. Some of The Edge's original lyrics explicitly spoke out against violent rebels, but were omitted in order to protect the group.[8] Even without these lyrics, some listeners still considered it to be a rebel song—even one which glorifies the events of the two Bloody Sundays to which the lyrics refer.[15]
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Commercially, the single had its biggest impact in The Netherlands, where it reached number 3 on the national charts.[16] In the U.S., the song gained significant album-oriented rock radio airplay, and together with the earlier "New Year's Day" helped exposed U2 to a mainstream American rock audience.
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Critical reception to the song was positive. In the Irish magazine Hot Press, Liam Mackey wrote that "Sunday Bloody Sunday" "takes the widescreen view...a powerful riff and machine-gun drumming [is] crisscrossed by skipping violin."[3] Denise Sullivan commented for Allmusic that Mullen's opening drumwork "helps set the tone for the unforgiving, take-no-prisoners feel of the song, as well as for the rest of the album."[4] In 2004, Rolling Stone ranked "Sunday Bloody Sunday" 268th on its list of The 500 Greatest Songs of All Time.[17] The staff of the Rock and Roll Hall of Fame selected "Sunday Bloody Sunday" as one of 500 Songs that Shaped Rock and Roll.[18] The New Statesman listed it as one of the Top 20 Political Songs.[19]

Live performances

"Sunday Bloody Sunday" has been performed more than 600 times by U2.[5] It was first heard by a live audience in December 1982 in Glasgow, Scotland, on a twenty-one show "Pre-War Tour." The band were particularly nervous about playing the song in Belfast, Northern Ireland. Upon introducing the song there at the Maysfield Leisure Centre, Bono promised to "never play it again" if the crowd didn't like it. The crowd overwhelmingly enjoyed the song; The Edge recalls that "the place went nuts, it drew a really positive reaction.", also saying that "We thought a lot about the song before we played it in Belfast and Bono told the audience that if they didn't like it then we'd never play it again. Out of the 3,000 people in the hall about three walked out. I think that says a lot about the audience's trust in us."[20] The band remained apprehensive, however. Even by the song's sixth performance, Bono was introducing the song with the statement "This is not a rebel song."[21][22]
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Throughout 1983's War Tour, Bono continued to reassure audiences that "This song is not a rebel song, this song is 'Sunday Bloody Sunday'"[23] highlighting the non-partisan intentions of the lyrics. The live performances on this tour featured a routine during which Bono would set a white flag in the front of the stage while the band vamped three chords—B minor, D major, and G major. (though the band traditionally tune their instruments down a half step so the chords are B flat minor, D flat and G Flat). As the band vamped, Bono would sing "no more!" with the audience.[24] These performances were highly effective with U2's audience (at the time, U2 was most popular as a college rock act). Live performances of the song subsequently appeared on their 1983 live album Under a Blood Red Sky and their concert film Live at Red Rocks: Under a Blood Red Sky. In the Unforgettable Fire Tour of 1984 and 1985, "Sunday Bloody Sunday" continued to be a prominent midpoint of each U2 concert—as did the "no more!" interlude. Along with a performance of "Bad," the song was performed at Live Aid in July 1985.
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As U2 reached new levels of fame in 1987 with The Joshua Tree, "Sunday Bloody Sunday" continued to be a focal point of concerts. Some performances featured slower, more contemplative versions of the song; other concerts saw the wilder, more violent version. This tour marked the first time "Sunday Bloody Sunday" was played in Northern Ireland since 1982, and it has not been performed there since.[5]
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The 1988 rockumentary Rattle and Hum includes a particularly renowned version of the song, recorded on 8 November 1987 at the McNichols Arena in Denver, Colorado.[25] On this version Bono's mid-song rant angrily and emphatically condemns the Remembrance Day Bombing that had occurred earlier that same day in the Northern Irish town of Enniskillen:
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And let me tell you somethin'. I've had enough of Irish Americans who haven't been back to their country in twenty or thirty years come up to me and talk about the resistance, the revolution back home...and the glory of the revolution...and the glory of dying for the revolution. Fuck the revolution! They don't talk about the glory of killing for the revolution. What's the glory in taking a man from his bed and gunning him down in front of his wife and his children? Where's the glory in that? Where's the glory in bombing a Remembrance Day parade of old age pensioners, their medals taken out and polished up for the day. Where's the glory in that? To leave them dying or crippled for life or dead under the rubble of the revolution, that the majority of the people in my country don't want. No more![26]
This concert in Mexico City in February 2006 depicts the elaborate stage effects used for "Sunday Bloody Sunday."
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After the Joshua Tree Tour, Bono was heard saying the band might never play the song again, because the song was "made real" with the performance in Denver, and it could never be matched again.[26][27] Following their original intent, "Sunday Bloody Sunday" was not played during any of the forty-seven shows on the Lovetown Tour in 1989. The song reappeared for a brief period during the Zoo TV Tour, and late during the second half of PopMart Tour (1997–1998), U2 played an emotional concert in war-ravaged Sarajevo that included a solo performance of the song by The Edge. "Sunday Bloody Sunday" was subsequently played live in this style until the end of the tour in March 1998.[5]
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"Sunday Bloody Sunday" was played at every concert on the 2001 Elevation and 2005–2006 Vertigo tours.[5] Performances in 2001 frequently included parts of Bob Marley's "Get Up, Stand Up" and "Johnny Was". A memorable mid-song message referencing the Omagh bombing of 1998 ("Turn this song into a prayer!") is captured on the live DVD U2 Go Home: Live from Slane Castle. In concerts in New York City after the September 11, 2001 attacks, the "no more!" interlude was replaced by Bono holding an American flag.[28]
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"Sunday Bloody Sunday" was used during the The Vertigo Tour of 2005 and 2006, as one of many politically driven songs performed during the middle part of the band's set. Bono extended the "no more!" interlude to explain a headband he had donned in the previous song.[29] The headband depicted the word "coexist" (written to depict a crescent, a Star of David, and a Christian cross). The Coexist symbol is trademarked in the United States by an LLP in Indiana,[30] and the original artwork was created in 2001 by a Polish artist.[31] As with the 2001 shows, the Vertigo tour saw the song applied to subjects further afield than The Troubles in Northern Ireland. During 2006 Australian shows, in Brisbane, Bono asked for Australian Terrorism suspect David Hicks to be brought home and tried under Australian laws. In subsequent Australian concerts he dedicated the song to the victims of the 2002 Bali Bombings – where 88 of the fatalities were Australians – saying 'This is your song now!'.[32] The song was also performed at every concert on the U2 360° Tour, paying tribute to the 2009 Iranian election protests on each occasion by projecting scenes from the protests and Persian writing in green on the video screen.[33]

Music video

This performance in June 1983 from the concert film Live at Red Rocks was later released as the song's music video.
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Although a promotional music video had not been produced for the original release, the band used footage from a 5 June 1983 live performance filmed for the concert film Live at Red Rocks: Under a Blood Red Sky to promote the song. Directed by Gavin Taylor, the video displays Bono's use of a white flag during performances of the song. The video highlights the intensity and emotion felt by many audience members during U2's concerts, while the rainy, torch-lit setting in Colorado's Red Rocks Amphitheatre further adds to the atmosphere. In 2004, Rolling Stone cited the performance as one "50 Moments that Changed the History of Rock and Roll" and noted that "[t]he sight of Bono singing the anti-violence anthem 'Sunday Bloody Sunday' while waving a white flag through crimson mist (created by a combination of wet weather, hot lights and the illumination of those crags) became the defining image of U2's warrior-rock spirit and—shown in heavy rotation on MTV—broke the band nationwide."[34]

Other releases

The album version of "Sunday Bloody Sunday" was originally included on War, but it can also be heard on a number of promotional releases, including the compilations The Best of 1980-1990 and U218 Singles. Several live versions have been released; the video available on Live at Red Rocks: Under a Blood Red Sky is from a performance at Red Rocks Amphitheatre in June 1983, but the version on the live album Under a Blood Red Sky is from a performance in August 1983. Audio from the Sarajevo concert of 1997 is featured as a b-side on 1997's single "If God Will Send His Angels." The song also appears on Rattle and Hum, PopMart: Live from Mexico City, Elevation 2001: Live from Boston, U2 Go Home: Live from Slane Castle, Vertigo 2005: Live from Chicago, U2 3D and in the closing credits of the 2002 TV film Bloody Sunday.[35][36]

Track listings

"Sunday Bloody Sunday" was commercially released throughout most of Europe in support of U2's album War. Its cover art is the same as that of "Two Hearts Beat as One", except on the Japan release. The B-side on the single, "Endless Deep", is one of the few U2 songs that features bassist Adam Clayton singing.
7" German and Netherlands release
No. Title Length
1. "Sunday Bloody Sunday"   4:34
2. "Endless Deep"   2:58
7" alternate release
No. Title Length
1. "Sunday Bloody Sunday"   4:34
2. "Two Hearts Beat as One" (7" edit) 3:52
7" Japanese release
No. Title Length
1. "Sunday Bloody Sunday"   4:34
2. "Red Light"   4:03
12" and Austrian CD release[1]
No. Title Length
1. "Sunday Bloody Sunday"   4:34
2. "Two Hearts Beat as One" (U.S. remix) 5:40
3. "New Year's Day" (U.S. remix) 4:30

Chart positions

Year Chart Position
1985 Dutch Top 40[16] 3
1983 US Billboard Top Tracks[37] 7

See also

Notes

  1. ^ a b U2Wanderer.org. "U2 Discography - Sunday Bloody Sunday Single". http://www.u2wanderer.org/disco/sing012.html. Retrieved 2006-10-22. 
  2. ^ Hillburn, Robert (2004-08-08). "The Songwriters - U2 - 'Where Craft Ends and Spirit Begins'". Los Angeles Times. http://www.atu2.com/news/article.src?ID=3472. Retrieved 2006-10-22. 
  3. ^ a b Mackey, Liam (1983-02-18). "Review of War". Hot Press. http://atu2.com/news/article.src?ID=2594. Retrieved 2006-10-22. 
  4. ^ a b Sullivan, Denise. "Song Review: "Sunday Bloody Sunday"". Allmusic. http://www.allmusic.com/cg/amg.dll?p=amg&sql=33:ctc8b594zsxf. Retrieved 2006-10-22. 
  5. ^ a b c d e U2-Vertigo-Tour.com. "U2 on Tour - played songs: Sunday Bloody Sunday". http://www.u2-vertigo-tour.com/song11.html. Retrieved 2006-10-22. 
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  7. ^ U2Wanderer.org. "U2 Cover Songs Discography". http://www.u2wanderer.org/disco/covers.html. Retrieved 2006-10-22. 
  8. ^ a b c d e f U2; McCormick, N. (2006-09-26). U2 by U2. New York: Harper Collins Publishers. pp. 135–139. ISBN 0-06-077675-7. 
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  10. ^ a b c d Commercial sheet music for "Sunday Bloody Sunday." Universal-Polygram International Music Publishing. Distributed by Hal Leonard Publishing. ISBN 0-7119-7309-1. Retrieved 12 December 2006.
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References

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  • U2 (2006). McCormick, Neil. ed. U2 by U2. New York: HarperCollins Publisher. ISBN 0-06-077675-7. 

External links


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