Um grupo de capitais privados angolanos até agora desconhecido, mas que terá laços com o Governo, anunciou anteontem a compra de três dos jornais mais independentes do país, que se têm caracterizado por um posicionamento crítico.
A Capital foi um dos jornais comprado pelo desconhecido grupo Media Investments, (Mike Hutchings/Reuters)
O negócio está a levantar preocupações sobre a liberdade de imprensa, reforçadas pela mudança de direcção no Semanário Angolense.
A operação traduziu-se na aquisição pelo grupo Media Investments da totalidade do capital do Semanário Angolense e A Capital e de 40 por cento do Novo Jornal. No caso deste último, a entrada no jornal decorreu da cedência de parte da participação da portuguesa ESCOM, do Grupo Espírito Santo, que era de 55 por cento.
Um comunicado do grupo comprador, citado pela Lusa, refere que foi “uma transacção normal, ditada exclusivamente por factores de mercado”. O nome dos accionistas e os montantes envolvidos não foram divulgados. A Media Investments torna-se assim no terceiro maior grupo de media do país, a seguir ao Governo e à Media Nova, cujos proprietários têm supostamente ligações ao executivo.
Nas jornais comprados têm escrito algumas das vozes mais críticas do Governo, caso de Rafael Marques, no Semanário Angolense, e do escritor José Eduardo Agualusa, autor de uma coluna em A Capital. As aquisições ocorrem numa altura em que, notou a Reuters, o Semanário Angolense intensificara as reportagens sobre corrupção.
Um dos primeiros efeitos da compra deste último jornal – que, nas suas investigações, tem tido como um dos alvos mais frequentes o presidente da empresa petrolífera Sonangol, Manuel Vicente – foi a saída do fundador e director, Graça Campos, e o fim da colaboração de Rafael Marques. “O director saiu e disseram-me que eu não escrevo mais para o Semanário Angolense”, afirmou o jornalista à agência. “É muito estranho que o Semanário Angolense seja vendido a uma empresa desconhecida, quando aumentava as críticas ao Governo”, acrescentou.
Reginaldo Silva, jornalista e membro do Conselho Nacional de Comunicação Social, considera importante esclarecer os montantes envolvidos e saber quem são os accionistas da Media Investments. Em declarações à rádio Luanda Antena Comercial, citadas pela Lusa, disse que é preciso saber qual o interesse do grupo em “investir tanto na comunicação social”.
A operação traduziu-se na aquisição pelo grupo Media Investments da totalidade do capital do Semanário Angolense e A Capital e de 40 por cento do Novo Jornal. No caso deste último, a entrada no jornal decorreu da cedência de parte da participação da portuguesa ESCOM, do Grupo Espírito Santo, que era de 55 por cento.
Um comunicado do grupo comprador, citado pela Lusa, refere que foi “uma transacção normal, ditada exclusivamente por factores de mercado”. O nome dos accionistas e os montantes envolvidos não foram divulgados. A Media Investments torna-se assim no terceiro maior grupo de media do país, a seguir ao Governo e à Media Nova, cujos proprietários têm supostamente ligações ao executivo.
Nas jornais comprados têm escrito algumas das vozes mais críticas do Governo, caso de Rafael Marques, no Semanário Angolense, e do escritor José Eduardo Agualusa, autor de uma coluna em A Capital. As aquisições ocorrem numa altura em que, notou a Reuters, o Semanário Angolense intensificara as reportagens sobre corrupção.
Um dos primeiros efeitos da compra deste último jornal – que, nas suas investigações, tem tido como um dos alvos mais frequentes o presidente da empresa petrolífera Sonangol, Manuel Vicente – foi a saída do fundador e director, Graça Campos, e o fim da colaboração de Rafael Marques. “O director saiu e disseram-me que eu não escrevo mais para o Semanário Angolense”, afirmou o jornalista à agência. “É muito estranho que o Semanário Angolense seja vendido a uma empresa desconhecida, quando aumentava as críticas ao Governo”, acrescentou.
Reginaldo Silva, jornalista e membro do Conselho Nacional de Comunicação Social, considera importante esclarecer os montantes envolvidos e saber quem são os accionistas da Media Investments. Em declarações à rádio Luanda Antena Comercial, citadas pela Lusa, disse que é preciso saber qual o interesse do grupo em “investir tanto na comunicação social”.
1 a 10 de 10
Democracia?
Mas porque carga d'água vocês querem tanto mal aos Angolanos? Já viram o que a Democracia fez a este rectângulo à beira mal plantado? Deixem lá os Angolanos serem felizes.
-
A imagem do hemisfério sul pós-colonial...
Floresce o que de pior foi lá plantado pelos colonizadores. Um dia talvez se volte contra os netos e os bisnetos dos colonizadores, aparvalhados que andam com a massificação dos ideais do Maio de 68, if you know what I mean. A felicidade e o prazer a todo o preço, aqui e agora, estupidificam.
-
.....
mas que notícia da treta, olhem para o vosso umbigo...então aqui o publicosinho não é dum "grupo económico" com vastos interesses políticos e que apesar de há decadas dar prejuízo, ainda funciona..porque será...digam lá...
-
Grupo económico é grupo económico!!!!
É normal os jornais em Portugal e na Europa também foram comprados por grupos económicos por razões políticas! Querem um exemplo! Claro! Cá vai! Os jornais são neo-liberais (95%, incluindo RTP, TVI e SIC) pelo que anunciam como salvação da crise o que levou à crise! Não acreditam???? A Hungria afirmou que ia reduzir os impostos (a famosa competitividade de Cavaco Silva, Bagão Félix, Portas, CDS e PSD)! Ora o que se esperava de tantas boas notícias!!! Que a Hungria subisse para AAAAAA . CERTO! O que aconteceu depois do anúncio de tantas boas práticas neo-liberais???? As bolsas Europeias entraram em pânico! Pois era Hungria ameaçou transformar-se em mais uma Grécia!!!!! Como vêem ATÉ já o grande capital foge do neo-liberalismo! Pois sabe que país que não tem rendimentos (fiscais) não paga dívidas! - - - - Assim se vê que quem compra jornais a perder dinheiro outras intenções tem!
-
que se lixe
Não quero saber, desde que eu faça o meu cumbo, por mim quero lá saber quem manda em Angola, só quero a minha parte do bolo, o resto que se lixe não quero nem saber...
-
a fotocópia
... devem ter lido no Sol os escritos sobre a compra da TVI pela PT e ... lemnbraram-se de aplicar algo de similar às vozes críticas ... que falta de originalidade ... eh eh
-
Serão?
Não serão os mesmos que estão por detrás do Sol?
-
o actual governo angolano...
...torna o antigo presidente do zaire, Mobutu um menino do coro!...em matéria de corrupção não à pior...enquanto o seu pvo vive na mais profunda miséria!...é um dos governos mais repugnates do mundo!...
-
ai,ai
Capitais desconhecidos? Para mim cheira-me que é a Santos
Media Investments?
Cheira-me a offshore, devidamente protegida, criada por membros do governo Angolano, com o firme proposito de calar os que escrevem e criticam... penso eu de que.....
Sem comentários:
Enviar um comentário