A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sexta-feira, agosto 21, 2009

Afeganistão - A farsa das eleições

As eleições farsa

Os jornais dizem que se realizam hoje eleições no Afeganistão. Mas, o que se realiza hoje naquele país é uma gigantesca farsa organizada e monitorizada pelos EUA e pela NATO que tenta esconder o atoleiro militar em que estão mergulhadas as forças de ocupação e o caos que reina no País.
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Em primeiro lugar porque estas «eleições» se realizam num país que está ocupado e em guerra há quase 8 anos. Um povo a quem foram roubadas há anos as prerrogativas essenciais para que se possa pronunciar de forma livre e soberana sobre os destinos do seu País – a liberdade, a independência e soberania.
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Em segundo lugar porque esta farsa se realiza precisamente no momento em que a guerra do Afeganistão se encontra no seu período mais intenso e mortífero de sempre e se estende a países vizinhos. As declarações de Barack Obama de que «a luta contra os talibans não será rápida nem fácil»; o recente relatório britânico sobre a Guerra no Afeganistão; os mais de dois milhões de deslocados paquistaneses em virtude da extensão da guerra a este País e os 80 militares das forças de ocupação mortos apenas no mês de Julho, comprovam esta realidade.
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Em terceiro lugar porque estas ditas «eleições» são no fundo uma gigantesca operação militar, como o comprova a recente operação de 4 000 marines norte-americanos espalhando o terror em várias regiões do país e a operação de «protecção» aos locais de «voto».
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Em quarto lugar porque mesmo à luz das «boas práticas democráticas», tão defendidas pelos EUA e a NATO para a realização de eleições «livres», estas «eleições» são uma anedota. Boletins de voto que são folhas A4 escritas à mão e que podem ser levantadas às dezenas por um único «eleitor»; «observadores internacionais» escolhidos a dedo e fechados nos complexos militares da NATO; a venda de oito mil cartões de registo falsos por 20 dólares; 220 postos de votação encerrados numa única província, são apenas alguns exemplos do insulto à inteligência e dignidade que são estas «eleições».
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Comícios, sondagens, cartazes, discursos… tudo indicaria que estaríamos a falar de eleições num qualquer país do Mundo. Mas não, estamos a falar das velhas eleições farsa que conhecemos bem doutros tempos… do fascismo e do colonialismo.





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in Avante - 2009.08.20

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