A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

domingo, agosto 09, 2009

Os soluços da crise econômica global


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O Brasil proporá a regulação dos mercados financeiros, em harmonia com as atuais discussões no Congresso norte-americano, declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, após se reunir com o secretário do Tesouro dos EUA, Tim Geithner. Crise econômica global emite sinais contraditórios.


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''O Brasil vai apresentar ao G-20 uma proposta de regulação dos mercados financeiros'' na próxima reunião dos ministros da Fazenda e governadores dos bancos centrais do grupo, em 4 de setembro, explicou Mantega. Os líderes do G-20 estão convocados para um encontro nos dias 24 e 25 de setembro, em Pittsburgh, no nordeste dos EUA. Mantega também pretende propor uma ampliação da atuação do G20. "Queremos expandir para outras áreas, como saúde e ambiente, não apenas nos limitarmos à economia", falou ele.

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Esta proposta tem ''vários pontos de convergência com a americana'', que se discute atualmente no Congresso, explicou Mantega. Trata-se, principalmente, de se ''estabelecer limites para a atuação das instituições financeiras, principalmente no mercado de futuros'', e de que ''todas as instituições do mercado de futuros sejam registradas em algum organismo'', com depósitos de garantia por cada operação realizada, detacou o ministro. ''O sistema financeiro tem que ser regulamentado, porque, senão, vamos ter uma repetição da crise em alguns anos'', advertiu Mantega, salientando que Geithner compartilha deste ponto de vista.

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O ministro lembrou que outra questão importante a debater pelos líderes do “Grupo de Países Desenvolvidos e Emergentes” é a governabilidade e a participação de novos membros. ''Definir com clareza quem são os participantes, para que não surjam de última hora novos sócios, e que haja uma discussão sobre quais são os critérios'', pediu Mantega. O ministro também manterá em Washington reuniões com responsáveis do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

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O Brasil deseja acelerar as discussões sobre a reforma das cotas de voto dos países membros nestes organismos multilaterais, revelou o ministro. É preciso definir ''qual será o percentual de votos que será transferido dos países desenvolvidos para os emergentes''. O Brasil anunciou em 10 de junho passado que emprestará US$ 10 bilhões ao FMI, por intermédio da aquisição de bônus do organismo.

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Condições de emprego

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A reunião do G-20 ocorre em momento no qual os efeitos da crise econômica global emitem sinais contraditórios. A profunda recessão da economia da zona do euro, por exemplo, parece que perdeu força em junho, mas existe uma divergência significativa entre os países da região. Dados confirmam que a zona do euro está se recuperando em direção ao crescimento econômico, com o desaquecimento nos novos negócios assumidos pela empresas acalmando.

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Mas as condições de emprego pioraram, mostrou pesquisa divulgada na quarta-feira. E isso faz com que qualquer recuperação poderá ser lenta - pois o número de desempregados aumenta e os consumidores diminuem. O índice do setor de serviços da zona do euro, divulgado pelo Markit e abrangendo cerca de 2 mil empresas entre cafés e bancos, passou para 45,7 em julho, frente a 44,7 em junho, maior nível desde outubro, mas ainda abaixo da marca de 50 que divide crescimento de contração.

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Números positivos

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O número ficou pouco acima da estimativa anterior de 45,6, ajudado por uma revisão marginal para cima no segmento de novos negócios. Mais cedo, dados mostraram que o setor de serviços da Alemanha aproximou-se em julho de patamares de recuperação, enquanto uma melhora foi exibida na Itália. A França, segunda maior economia da zona do euro, foi contra a tendência e experimentou um aprofundamento da retração do setor, assim como a Espanha.

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Os números positivos contribuíram com as evidências de que a economia da zona do euro está saindo da recessão, mas vai demandar ações delicadas do Banco Central Europeu (BCE). As expectativas majoritárias são de que a autoridade monetária matenha por algum tempo o juro básico da região na mínima recorde de 1%. Mas as notícias animadoras contrastam com o índice de emprego PMI, que recuou para 44,3 em julho no setor de serviços, frente a 44,5 em junho. O número foi revisado acentuadamente para baixo em relação à leitura anterior de 44,9.

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Economia da Alemanha

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A taxa de desemprego oficial da zona do euro alcançou em junho a máxima em 10 anos, a 9,4%, e as expectativas são de que interrompa em breve a marca de 10,0% e continue subindo em 2010. O cenário de dificuldades foi salientado pela varejista alemã Metro, quarta maior do mundo, que na segunda-feira divulgou queda do lucro no segundo trimestre e anunciou que as vendas no varejo vão cair mais nos próximos meses, principalmente por causa do aumento do desemprego.

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A pesquisa mostrou também que as pressões inflacionárias continuam bastante reduzidas na região, enquanto o comércio luta para se manter operando através da redução de custos para impulsionar a demanda. O índice de preços de insumos caiu em julho para o menor nível da pesquisa, que é feita há 11 anos, enquanto os preços pagos no setor de serviços continuavam em nívels muito baixos. O número veio em linha com dados oficiais da zona do euro, que mostraram que a inflação recuou 0,6% na região no mês passado, segundo mês seguido de deflação desde a criação do bloco em 1999.

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A economia da Alemanha, a maior da região, ficou estável no segundo trimestre, disse o ministro da Economia, Karl-Theodor Guttenberg, após dados mostrarem que as encomendas à indústria tiveram a maior alta em dois anos. ''Em contraste ao que indicamos em nossas últimas previsões, a performance econômica deve ter ficado estável ao longo do segundo trimestre'', disse, em comunicado. O ministro acrescentou que os dados de encomendas devem impulsionar a produção no segundo semestre e que o fundo do poço já passou.

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Tímidos sinais

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O governo norte-americano também comemorou os tímidos sinais de retomada da economia mundial, apesar do aumento do desemprego e do estado de saúde incerto do sistema bancário. Representantes do governo falaram sobre o ''início do fim da recessão'', enquanto a China mantém um crescimento vigoroso. O risco de um novo choque sistêmico comparável à falência do banco americano Lehman Brothers - epicentro da crise mundial - parece estar se afastando.

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Entretanto, a situação não deve gerar muito otimismo e o fim da recessão não será sinônimo de crescimento vigoroso. ''A economia mundial vai estagnar a um nível baixo durante um longo período'', previu François Bourguignon, ex-vice-presidente do Banco Mundial. Mesmo que a crise emita sinais de que está controlada, seus efeitos continuam sendo ainda muito sérios. A economia mundial conhecerá em breve sua hora da verdade.

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Capacidade dos bancos

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A disparada do desemprego será o maior teste. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho) o planeta pode ter até 59 milhões de desempregados a mais este ano em relação a 2007, ou seja, um aumento de 31%, e o fim da recessão não deve inverter esta tendência. ''Em uma economia que parou de cair, mas que aumenta vagarosamente, o desemprego continua aumentando'', disse François Bourguignon. Consequência: a renda das famílias pode sofrer e derrubar o consumo, um dos principais motores da economia.

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A capacidade dos bancos de sustentar a retomada da economia continua sendo um motivo de preocupação, principalmente na Europa, onde as empresas dependem estreitamente do crédito bancário para financiar seus investimentos. Segundo o FMI, a dívida dos países industrializados pode chegar a 120% de seu PIB (Produto Interno Bruto) em 2014, complicando seu financiamento nos mercados financeiros. A agência de classificação de risco Moody's indicou que a degradação das contas públicas se tornou o aspecto central da crise.

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Com agencias

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in Vermelho - 6 DE AGOSTO DE 2009 - 15h25
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