A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

domingo, novembro 25, 2007

Luta de trabalhadores na França entra no 8.º dia


No oitavo dia consecutivo de greve nos transportes de Paris (RATP) e nas estradas de ferro francesas (SNCF), os trabalhadores da função pública e estudantes do ensino superior engrossaram, na terça-feira, 20, a coluna do protesto social contra as políticas de Sarkozy.
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Aos trabalhadores dos transportes em greve por tempo indeterminado desde quinta-feira, 15, juntaram-se, anteontem, os funcionários dos diferentes ramos da administração pública, em defesa do seu poder de compra e contra a extinção de cerca de 23 mil postos de trabalho anunciados pelo governo para 2008.
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Em relação à acusação de que trabalhadores teriam sabotados linhas do trem de alta velocidade francês, o TGV, a CGT, principal sindicato dos ferroviários, negou qualquer responsabilidade. Segundo os dirigentes sindicais, as destruições cometidas são “inadmissíveis”.

Para Didier Le Reste, secretário-geral da CGT Cheminots (agentes ferroviários), os atos foram cometidos “por covardes”. Os sindicatos afirmam que as sabotagens foram cometidas para que fracassem as negociações que começam nesta quarta-feira sobre a reforma do regime de aposentadorias especiais, que motiva a greve da categoria.


Em greve, além dos serviços da administração central e local, estiveram os professores, os enfermeiros, os correios (La Poste) e as telecomunicações (France Telecom), bem como os controladores aéreos.


No conjunto, foram abrangidos pela convocatória de greve cerca de 5,2 milhões de trabalhadores com vínculo público, dos quais os sindicatos calculavam uma adesão na ordem dos 50 por cento.

Nas principais cidades tiveram lugar concentrações e desfiles, com destaque para Paris, onde já na passada semana, entre as estações de Montparnasse e Austerlitz, se tinham manifestado milhares de trabalhadores dos transportes em greve, recusando-se a «trabalhar mais tempo e receber menos pensão».

A impressão de que o país parou foi ainda reforçada por uma inesperada greve na empresa Nouvelles Messageries de la Presse Parisienne (NMPP), que detém o monopólio da distribuição de diários de âmbito nacional. Em conseqüência deste protesto contra o anúncio de demissão de 350 trabalhadores, os principais títulos da imprensa estiveram ausentes das bancas de jornais.

O caos no trânsito

Entretanto, a greve nas estradas de ferro (SNCF) e transportes de Paris continuou a provocar, no seu nono dia, sérias perturbações em todo o país, que foram especialmente notórias na capital.

Segundo o correspondente do diário espanhol El País, os 300 quilômetros de engarrafamentos registrados, na sexta-feira, na região da capital aumentaram, na segunda-feira, para 600. A maioria das linhas de metro, autopistas e vias de ônibus urbanos funcionava a 30 por cento, o que é "letal" numa cidade rodeada de 13 milhões de habitantes.


Apesar do desgaste provocado pelo arrastamento da greve, os trabalhadores da SNCF e da RATP voltaram a demonstrar, na segunda-feira, 19, uma inequívoca vontade de prosseguir a luta em defesa dos regimes especiais de aposentadoria. Em todas as assembléias gerais realizadas, cerca de 90 por cento dos participantes pronunciaram-se pela continuação da greve no dia seguinte.

Entretanto, na terça-feira, o governo aceitou sentar-se à mesa com os sindicatos e administração, abdicando da exigência de suspensão prévia da greve.


Universidades bloqueadas

Nesta corrente de contestação ao governo tutelado pelo presidente Nicolas Sarkozy, o movimento estudantil tem vindo a crescer nas últimas semanas, tocando já praticamente todas universidades do país.

No início da semana, 56 estabelecimentos de ensino superior, dos 85 existentes em França, participavam no protesto contra a lei da autonomia universitária, a chamada lei Pécresse (nome da ministra da Educação), aprovada pelo governo em Agosto passado.

Reunida na cidade de Tours, no passado fim-de-semana, a coordenadora nacional de estudantes decidiu convocar para hoje, quinta-feira, uma jornada de greves e manifestações em todo o país.

Entre os 26 centros universitários que permanecem totalmente bloqueados, alguns encerrados administrativamente, destacam-se o de Amiens, Bordéus, La Rochelle, Limoges, Lille, Montpellier, Orleães, Pau, Perpignan, Rouen, Toulouse e várias universidades de Paris.

Da redação, com informações do Jornal Avante!

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