A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

segunda-feira, setembro 06, 2010

Portugal - 600 mil desempregado dos quais 126 mil sem trabalho há mais de dois anos

Paulo Marcelino
Ir ao Centro de Emprego é uma rotina para cerca de 600 mil portugueses
Emprego

126 mil sem trabalho há mais de dois anos

Com cerca de seiscentos mil desempregados no País, há cada vez mais portugueses que estão anos a fio à procura de trabalho. Numa década, esse valor duplicou, revela o Eurostat
  • 0h30 2010 09 06
Por:Pedro H. Gonçalves/J.C.M.
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O número de desempregados de muito longa duração duplicou em pouco mais de uma década. Segundo os números disponíveis no Eurostat, em 1998, havia 60 mil portugueses sem trabalho há mais de dois anos. Esse valor disparou para os 126 mil em 2009.
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Segundo o gabinete de estatística europeu, é o valor mais elevado da década, com as mulheres a serem mais afectadas. Contudo, há condições para que este valor seja ultrapassado este ano.
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A inexistência de empregos leva a que os portugueses sem trabalho se prolonguem nesta situação por vários anos. Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) só revelam quem não tem emprego há mais de um ano: 326 mil em Julho de 2010. Mas como os números mostram, a tendência é de que cerca de metade desse total já esteja sem trabalhar há mais de dois anos. 
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Os dados do Eurostat apontam para essa realidade. O ano passado, 44,2% de todos os portugueses sem trabalho estavam nessa situação há mais de um ano. Para os economistas, esta realidade justifica--se com a falta de crescimento da economia. "É preciso um crescimento de dois por cento para haver trabalho. Como estamos longe disso, temos um número recorde de desempregados de longa duração", explica o professor de Finanças do ISEG, João Cantiga Esteves.
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O Presidente da República, Cavaco Silva, alertou ontem para o problema do desemprego no País, salientando que, em 2010, 55% dos desempregados estão nessa situação há mais de um ano, confirmando os números divulgados pelo Correio da Manhã.
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Muitos, como o CM já noticiou, ficam no desemprego à espera do momento de pedir a reforma antecipada, aceitando um corte na pensão para receberem mais do que o subsídio social de desemprego. A dificuldade em encontrar um emprego é reforçada pelo facto de a taxa de oferta de trabalho ser uma das mais baixas da UE. No primeiro trimestre de 2010, a taxa de empregos vagos não ia além dos 0,4%. 
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VALORES VÃO SUBIR DEPOIS DO VERÃO
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Existem 590 mil desempregados no País, segundo os últimos números do Instituto Nacional de Estatística (INE), que dão uma taxa de desemprego de 10,6 % em Julho. 
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O Eurostat aponta para uma taxa de 10,8 %. No Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), estavam inscritos no mesmo mês 548 mil pessoas à procura de trabalho.
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Apesar de o Governo garantir que a única referência oficial é a do INE, os especialistas apontam para uma taxa de desemprego real de 13%, mais de 700 mil pessoas, por causa do subemprego e dos que já desistiram de procurar trabalho.
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Os especialistas são também unânimes em prever que a partir de Outubro o desemprego volte a bater máximos históricos, perdido o efeito provocado pelos empregos sazonais de Verão e pela falta de investimento público. 
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MULHERES SÃO AS MAIS AFECTADAS
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A maioria dos desempregados de longa duração tem baixas qualificações e uma idade em que é mais complicado conseguir um novo emprego, a partir dos quarenta. A experiência laboral é, por isso, também de empregos pouco qualificados e precários, com a oferta – mais jovem – a superar a procura.
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As mulheres são mais afectadas por esta situação, uma vez que são o sexo que mais sofre com a falta de trabalho. A taxa de desemprego de longa duração duplicou no espaço de uma década, revela o Eurostat.
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O próprio secretário de Estado do Emprego, Valter Lemos, admitiu que o desemprego de longa duração continua a registar taxas de crescimento elevadas, reconhecendo que se trata da área "mais difícil" de recuperação do mercado de trabalho, a comentar os números do INE em Agosto último. 
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