América Latina
Dirigentes de países latino-americanos afinados com o novo cenário político criado na região afirmaram quinta-feira (23) em Nova York que a Organização das Nações Unidas, fundada em 1945, já não serve mais porque o mundo mudou e há outras realidades regionais. Ampliou-se o coro por uma nova ordem e novas institucionais internacionais.
A defesa do multilateralismo e a reprovação às grandes potências por sua reticência a compartilhar o poder com as nações emergentes, foram mensagens comuns nos discursos dos latino-americanos durante a Assembleia Geral da ONU, que reuniu líderes de 192 países.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, destacou que as grandes potências ainda são reticentes a compartilhar o poder "quando se trata de assuntos de guerra e paz". Afirmou que é preciso acelerar o processo de reformas nas instituições mundiais porque "o mundo mudou".
"Não é possível continuar com métodos de trabalho pouco transparentes, que permitem aos membros permanentes discutirem, a portas fechadas e pelo tempo que desejarem, assuntos que interessam a toda a Humanidade", ressaltou.
Como é tradição, o Brasil abriu o debate anual na ONU, que, pela primeira vez desde o começo de seu mandato, não contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, devido a proximidade das eleições presidenciais de 3 de outubro.
O mundo já não é o mesmo
"Estas instituições já não nos representam. O mundo de 1945 não é o mesmo de 2010", disse à Agência Efe o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño. Em sua opinião, a capacidade de veto de alguns países é inadmissível atualmente e supõe "uma ofensa ao multilateralismo".
O ceticismo em relação ao papel da ONU se refletiu também em significativas ausências de muitos presidentes latino-americanos, entre eles o de Equador, Cuba, Nicarágua, México e Venezuela, além de Lula.
O líder da Bolívia, Evo Morales, que assistiu os debates, disse à imprensa que este deve ser "o milênio dos povos e não dos impérios" e defendeu a extinção do Fundo Monetário Internacional (FMI): "Necessitamos de instituições financeiras, mas não chantagistas".
Perante a inundação de críticas em relação a inoperância da ONU expressada por muitos países em desenvolvimento, o secretário-geral, Ban Ki-moon, se defendeu dizendo que o organismo multilateral é "indispensável" para enfrentar os problemas atuais. "O mundo espera da ONU "liderança moral e política", ressaltou Ban.
Com agências
.O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, destacou que as grandes potências ainda são reticentes a compartilhar o poder "quando se trata de assuntos de guerra e paz". Afirmou que é preciso acelerar o processo de reformas nas instituições mundiais porque "o mundo mudou".
"Não é possível continuar com métodos de trabalho pouco transparentes, que permitem aos membros permanentes discutirem, a portas fechadas e pelo tempo que desejarem, assuntos que interessam a toda a Humanidade", ressaltou.
Como é tradição, o Brasil abriu o debate anual na ONU, que, pela primeira vez desde o começo de seu mandato, não contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, devido a proximidade das eleições presidenciais de 3 de outubro.
O mundo já não é o mesmo
"Estas instituições já não nos representam. O mundo de 1945 não é o mesmo de 2010", disse à Agência Efe o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño. Em sua opinião, a capacidade de veto de alguns países é inadmissível atualmente e supõe "uma ofensa ao multilateralismo".
O ceticismo em relação ao papel da ONU se refletiu também em significativas ausências de muitos presidentes latino-americanos, entre eles o de Equador, Cuba, Nicarágua, México e Venezuela, além de Lula.
O líder da Bolívia, Evo Morales, que assistiu os debates, disse à imprensa que este deve ser "o milênio dos povos e não dos impérios" e defendeu a extinção do Fundo Monetário Internacional (FMI): "Necessitamos de instituições financeiras, mas não chantagistas".
Perante a inundação de críticas em relação a inoperância da ONU expressada por muitos países em desenvolvimento, o secretário-geral, Ban Ki-moon, se defendeu dizendo que o organismo multilateral é "indispensável" para enfrentar os problemas atuais. "O mundo espera da ONU "liderança moral e política", ressaltou Ban.
Com agências
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