Economia
O total de pobres nos EUA cresceu para o maior número desde que são recolhidos dados sobre a matéria após a crise capitalista iniciada em dezembro de 2007 e até hoje ainda não debelada por lá. O desemprego e a queda dos rendimentos das famílias contribuem para o flagelo.
A crise na mais poderosa potência capitalista mundial não dá tréguas ao povo. Ao todo são já 43,6 milhões de norte-americanos que se encontram abaixo do limiar da pobreza, um recorde desde que são recolhidos dados sobre a matéria.
De acordo com as estatísticas divulgadas pela Oficina dos Censos dos EUA, entre 2008 e 2009 a percentagem de pobres cresceu de 13,2 para 14,3 por cento, isto é, mais 3,8 milhões de pessoas foram empurradas para a miséria no espaço de um ano.
O aumento revela-se particularmente cruel quando se admite que uma em cada cinco crianças vive na pobreza. Este índice dispara para uma em cada três quando se trata de menores afro-americanos.
A subida é consistente em todo o território nacional, afirma o mesmo organismo, mas nas regiões do Sul, Oeste e Médio Oeste a sua incidência é mais vincada.
A contribuir para a escalada do flagelo social está a elevada taxa de desemprego no país. No mesmo período, diz o Departamento de Trabalho, o desemprego, em sentido estrito e excluindo o setor primário (agropecuária), disparou 3,5 por cento, isto é, passou de 5,8 para 9,3 por cento. Trata-se de outro recorde, dado que desde 1947 nunca se havia registrado tamanho crescimento.
Alguns economistas estimam que a economia norte-americana precisa criar 11 milhões de empregos para regressar à situação anterior ao espoletar da crise.
Rendimento decrescente
A concorrer para a degradação das condições de vida da população está, igualmente, a quebra nos rendimento das famílias trabalhadoras em 1,8 por cento, em média, entre 2008 e 2009.
Por grandes grupos, só os trabalhadores de origem hispânica viram os respectivos rendimentos médios crescer 0,7 por cento. No caso dos caucasianos e dos negros, a descida média foi, respectivamente, de 0,5 e de 4,4 por cento.
Globalmente, diz o governo de Washington, o patrimônio líquido das famílias norte-americanas encontra-se 23 por cento abaixo do nível registrado antes da «recessão».
No saldo entre dívidas, sobretudo bancárias, e ativos, o ano de 2010 continua a não ser de prosperidade para quem vive do seu trabalho. Entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, os últimos caíram 2,7 por cento.
Sem direito à saúde
Outro indicador importante difundido pela Oficina dos Censos é o que diz respeito à cobertura de saúde no país. O total de norte-americanos com seguro de saúde garantido pela entidade empregadora é menor que há 20 anos, abrangendo apenas 56 por cento do total dos empregados.
Quando observamos os números referentes a toda população, o cenário piora. Entre 2008 e 2009, o total de pessoas sem seguro de saúde aumentou de 15,4 para 16,7 por cento, ou seja, de 46,3 para 50,7 milhões de indivíduos.
No que diz respeito aos seguros privados, também se contabiliza uma quebra, de um total de 201 milhões de beneficiários para 194,5 milhões.
Neste contexto, não é de estranhar que cada vez mais norte-americanos dependam do depauperado sistema de saúde estatal. São já 30,6 por cento do total da população, a maior cifra desde 1987, ano em que começaram a coligir estatísticas neste âmbito.
Fonte: Avante
.De acordo com as estatísticas divulgadas pela Oficina dos Censos dos EUA, entre 2008 e 2009 a percentagem de pobres cresceu de 13,2 para 14,3 por cento, isto é, mais 3,8 milhões de pessoas foram empurradas para a miséria no espaço de um ano.
O aumento revela-se particularmente cruel quando se admite que uma em cada cinco crianças vive na pobreza. Este índice dispara para uma em cada três quando se trata de menores afro-americanos.
A subida é consistente em todo o território nacional, afirma o mesmo organismo, mas nas regiões do Sul, Oeste e Médio Oeste a sua incidência é mais vincada.
A contribuir para a escalada do flagelo social está a elevada taxa de desemprego no país. No mesmo período, diz o Departamento de Trabalho, o desemprego, em sentido estrito e excluindo o setor primário (agropecuária), disparou 3,5 por cento, isto é, passou de 5,8 para 9,3 por cento. Trata-se de outro recorde, dado que desde 1947 nunca se havia registrado tamanho crescimento.
Alguns economistas estimam que a economia norte-americana precisa criar 11 milhões de empregos para regressar à situação anterior ao espoletar da crise.
Rendimento decrescente
A concorrer para a degradação das condições de vida da população está, igualmente, a quebra nos rendimento das famílias trabalhadoras em 1,8 por cento, em média, entre 2008 e 2009.
Por grandes grupos, só os trabalhadores de origem hispânica viram os respectivos rendimentos médios crescer 0,7 por cento. No caso dos caucasianos e dos negros, a descida média foi, respectivamente, de 0,5 e de 4,4 por cento.
Globalmente, diz o governo de Washington, o patrimônio líquido das famílias norte-americanas encontra-se 23 por cento abaixo do nível registrado antes da «recessão».
No saldo entre dívidas, sobretudo bancárias, e ativos, o ano de 2010 continua a não ser de prosperidade para quem vive do seu trabalho. Entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, os últimos caíram 2,7 por cento.
Sem direito à saúde
Outro indicador importante difundido pela Oficina dos Censos é o que diz respeito à cobertura de saúde no país. O total de norte-americanos com seguro de saúde garantido pela entidade empregadora é menor que há 20 anos, abrangendo apenas 56 por cento do total dos empregados.
Quando observamos os números referentes a toda população, o cenário piora. Entre 2008 e 2009, o total de pessoas sem seguro de saúde aumentou de 15,4 para 16,7 por cento, ou seja, de 46,3 para 50,7 milhões de indivíduos.
No que diz respeito aos seguros privados, também se contabiliza uma quebra, de um total de 201 milhões de beneficiários para 194,5 milhões.
Neste contexto, não é de estranhar que cada vez mais norte-americanos dependam do depauperado sistema de saúde estatal. São já 30,6 por cento do total da população, a maior cifra desde 1987, ano em que começaram a coligir estatísticas neste âmbito.
Fonte: Avante
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