12 DE FEVEREIRO DE 2012 - 15H19
Depois de dois dias de greve e manifestações, 25 mil pessoas saíram às ruas de Atenas para se manifestarem contra as medidas recessivas que o Parlamento pretende votar esta noite. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que se concentram em frente ao local da votação. Alguns manifestantes arremessaram pedras e lançaram cocktails molotov como resposta à violenta repressão policial.
Os sindicatos convocaram uma greve de 48 horas
O Parlamento debate o novo plano de cortes de despesas públicas que a zona do euro e o FMI querem ver implementado em Atenas, como condição para ser acionado um segundo resgate financeiro, de 130 mil milhões de euros.
O plenário começou a sessão às 14h30 locais (10h30 de Brasília), mas a votação é prevista para terminar à meia-noite (20h em Brasília). Os deputados responderão três perguntas, sobre o plano de quitação de 100 bilhões em dívidas privadas, a recapitalização dos bancos gregos e o polêmico ajuste financeiro que é exigido pelos negociadores.
O pacote prevê que sejam cortados 325 milhões de euros nas despesas públicas neste ano para pagar os juros da dívida do país. Para conseguir chegar ao acordo, o país terá de reduzir o salário mínimo em 22%, fechar 150 mil postos de trabalho e reduzir e cancelar pensões e aposentadorias.
As propostas têm provocado forte descontentamento entre o povo grego, já assolado por uma recessão econômica e por altas taxas de desemprego.
Em reação à votação, os sindicatos gregos convocaram uma greve de 48 horas e uma manifestação, que completa neste domingo a jornada de lutas. Concentrados diante do Parlamento, os manifestantes prometem lutar até o fim contra a aprovação do pacote.
Com agências
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