… e, se me permitem, ARMÉNIO CARLOS é o homem certo no lugar certo no momento certo
_Publicado em cinco dias
“JORNALISMO” DE MERDA: Não deve ser possível descer-se tão baixo – despudor e medo norteiam a capa do “PÚBLICO” de hoje
Repare-se na falta de decência: o protesto de ontem, que superlotou o Terreiro do Paço, é reduzido a uma mera manifestação sobre o “aumento do salário mínimo”. Ou seja, o que esta malta quer é $$, mais $$, sem trabalhar mais, etc. Os populares é o que querem, não, nunca os banqueiros! Estes apenas querem uns trocos para investir na economia (o que sempre fizeram, aliás, empreendedores e beneméritos – ou santos castos).
Depois, a foto escolhida: parece que Carvalho da Silva não cumprimentou, nem saudou, Arménio Carlos; parece que lhe vira as costas, com um aviso de quem diz “não tenho nada a ver com isto”. O jornalismo javardo na sua máxima expressão.
No desenvolvimento da notícia, apenas se diz que os números de manifestantes da CGTP são exagerados (não sabia que o “PÚBLICO” tinha “contadores”, e científicos que eles sempre são – científicos como os de um pateta americano que aí anda a chular uma universidade portuguesa de que não me lembro o nome, nem do americano nem da universidade).
Depois de regressar das 6 horas do Götterdämmerung (Wagner) na Gulbenkian, voltaria à frase: a cupidez é dos trabalhadores, querem sempre mais, os bancos e banqueiros NUNCA!, e lembro-me do que acima escrevi porque, na tragédia wagneriana, o mais portentoso texto anticapitalista (literário e musical) de toda a história das artes, é o $$ (hojesupostamente alemão, somado à mendicidade dos medíocres GASPARES) que nos leva ao fim da civilização, da vida colectiva e do mundo.
Mas isso é por causa dos trabalhadores! É sua a culpa, apenas sua, segundo o “PÚBLICO” de hoje.
Funeral de Siegfried e devolução do ouro ao Reno. Na histórica encenação de Chéreau, muitíssimo superior à de ontem, transmitida na Gulbenkian desde Nova Iorque.
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