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__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quarta-feira, outubro 13, 2010

Luta de classes na França. Por que Sarkozy tem medo

Brasil

Vermelho - 13 de Outubro de 2010 - 17h35

A França está em movimento, recusa-se a aceitar as imposições do mundo do capital sobre as aposentadorias. As primeiras notícias dessa mobilização mostram que se alguns setores desempenham o papel de vanguarda desse movimento, a batalha não será limitada.

Por Abrahim Saravaki, em L´Humanité

A mobilização do mundo do trabalho para fazer com que suas exigências sejam escutadas se desenvolve em todos os setores econômicos e em todos os territórios do país, com uma reivindicação principal que toca todas as camadas sociais e atrai muitas gerações nesse combate.

Nicolas Sarkozy fez de tudo para aprovar astuciosamente o projeto de lei no Senado. O presidente da República tem com efeito um imperativo do calendário : fazer com que a equipe atual termine o « trabalho sujo », antes de instalar a nova com toda a virgindade política antes da realização da cúpula do G-20 em Seul, em 11 e 12 de novembro próximos.

Esta fronteira temporal é muito importante para um presidente isolado do « povo que trabalha » e que também está enfraquecido junto ao seu eleitorado tradicional de direita e das « elites » de seu campo. Face a um movimento crescente, passar à força e em regime de urgência os artigos desse projeto no Senado, não lhe permitirá atingir seu objetivo, a saber, desencorajar e desmobilizar esse mundo em movimento que está bem decidido a proteger a aposentadoria aos 60 anos.

A mobilização pela jornada de ação desta terça-feira (12) reaglutina os assalariados (do setor privado e do público) que vivem de seu trabalho, as pessoas privadas de emprego, jovens que esperam encontrar um trabalho ou ainda aqueles que « deram » trabalhando toda a sua vida e vivem agora das suas pensões de aposentadoria.

Este mundo sofre. Ao longo dos tempos, aqueles cujos salários ou pensões são bastante frágeis foram jogados para a margem da sociedade. Os sindicatos, parte organizada do mundo do trabalho, exprimem a vontade desse mundo, os partidos políticos de esquerda em sua diversidade apoiam a tradução política dessa vontade no interior dos órgãos legislativos e eletivos.

O medo de Nicolas Sarkozy se deve à ação unitária do mundo do trabalho e de seus representantes sindicais e políticos que freia o retrocesso. O desenvolvimento desse movimento unitário nos dias vindouros pode parar esse trem socialmente regressivo fretado pelo campo do grande capital cujo fiel servidor está bem à cabeça do Estado. É preciso provar a Nicolas Sarkozy que ele tem bastante razão de ter medo.


Tradução da Redação do Vermelho
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