António Cotrim/EPA
Primeiro-ministro deu a entender que o salário mínimo corre o risco de não subir para os 500 euros em 2011
Entrevista à TVI
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Sócrates rejeita cortes salariais no privado
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“O Estado não manda nisso”. É desta forma que Sócrates responde ao repto dos patrões para que se cortassem salários no sector privado, à semelhança do que foi anunciado para a Função Pública.
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- 21h52 - Correio da Manhã 2010 10 02
“O Governo nada tem a ver com os salários no privado, isso é entre os empresários”, afirmou este sábado à noite José Sócrates, em entrevista à TVI. O chefe de Governo rejeita assim este apelo do patronato mas deu a entender que o salário mínimo corre o risco de não subir para os 500 euros em 2011 como acordado em Concertação Social.
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“O que vamos fazer é uma negociação”, explicou, reiterando que nessa discussão “não deixaremos de ter em conta a situação internacional e do País”, apelando a patrões e sindicatos para que sejam “razoáveis”. A ministra do Trabalho, Helena André afirmou esta semana que o Governo ia cumprir o acordado de subir em 25 euros o salário mínimo mas pouco depois o ministro das Finanças disse em Bruxelas que “não havia margem” para que isso acontecesse.
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O primeiro-ministro garantiu ainda que a integração do fundo de pensões da PT, no valor de 2,6 mil milhões de euros, não vai custar um cêntimo aos contribuintes. Sócrates defende que “os fundos estão provisionados” e que as reformas da operadora de telecomunicações não serão pagas com dinheiro dos portugueses. Esta afirmação surge depois de várias críticas de que seriam os contribuintes, no futuro, a pagar as pensões “milionárias” do grupo PT.
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Apontando várias vezes para a despesa, que garante estar “controlada”, e com um “crescimento que está a abrandar”, o governante explicou durante a entrevista em São Bento que não se arrepende de não ter tomado estas decisões antes. “Não estou convencido de que teria sido melhor tomar estas decisões em Maio. Um político só toma medidas destas quando está intimamente convencido de que não há nenhuma alternativa”.
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Confrontado com a sua afirmação no Parlamento de que o TGV iria avançar, no troço Lisboa- Poceirão, se as condições económicas recuperarem no futuro se iria reduzir o IVA e compensar os salários na função pública que vão sofrer cortes entre os 3,5 e 10%, o primeiro-ministro evitou responder directamente, dada a “demagogia” da questão. Avançou contudo que o TGV é um investimento que “cria emprego” e que não se pode ter medo de modernizar o País ao mesmo tempo que se põem em ordem as contas públicas.
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A voz da razão
União nacional
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Salazar deixou-nos há quatro décadas, mas o essencial do seu pensamento antidemocrático continua.
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- 0h30 Correio da Manhã 2010.10.02
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Um exemplo? As pressões, implícitas ou explícitas, para que o PSD se cale e aprove o Orçamento, qualquer que ele seja. Em nome da Pátria e da gloriosa raça que a habita.
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O Orçamento será mau? Péssimo? Contrário às ideias de um partido com programa autónomo? Não interessa. A sombra da União Nacional regressa da tumba para lembrar que os partidos são um empecilho; e que a responsabilidade do nosso descalabro económico não está no Governo, mas na Oposição ao Governo.
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Desconfio até que os articulistas de serviço, sem falar das eminências pardas do regime, suspendiam de bom grado a democracia (durante seis meses, como dizia a outra), para que não houvesse o mais leve espirro de contestação. Tudo unido e aprumado, a marchar de braço estendido pelo Grande Líder.
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Se Passos Coelho aceitar esta chantagem literalmente ditatorial, engolindo às cegas qualquer proposta, só lhe restará mudar de vida, fechar a tasca e pôr à venda a sede da S. Caetano à Lapa.
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Secretário-geral do PCP acusa primeiro-ministro de "encharcar televisões com propaganda"
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Jerónimo de Sousa compara Sócrates à Coca-Cola
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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou este sábado que o primeiro-ministro está a "encharcar as televisões com propaganda" para "tentar esconder o conteúdo das malfeitorias" das medidas de austeridade anunciadas esta semana..
- 20h51 - Correio da Manhã 2010.10.02
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"A campanha de propaganda continua. Isto é uma fartura. Sócrates vai aos três canais de televisão, longas entrevistas. Repete, repete, repete, repete, até cansa", afirmou o líder comunista, no encerramento de uma reunião de quadros do PCP da região de Setúbal, no Seixal.
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José Sócrates concedeu na sexta-feira uma entrevista à RTP1 e este sábado à noite tem uma entrevista na TVI, estando prevista igualmente uma entrevista na SIC.
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Para Jerónimo de Sousa, o primeiro-ministro "aprendeu com a Coca-Cola", que "no seu departamento de publicidade tinha um drama, saber se era anúncios de qualidade ou de quantidade, e prevaleceu a tese da quantidade, ou seja, encharcar as televisões com propaganda, propaganda, propaganda".
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O secretário-geral do PCP acredita "que Sócrates está a fazer isso neste momento, em que recorre aos grandes meios de comunicação social, para vender o produto, para tentar esconder o conteúdo de malfeitoria destas medidas inaceitáveis que recaem sobre o povo português".
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Jerónimo de Sousa sublinhou que, depois do anúncio das novas medidas de austeridade - na quarta feira passada - ficou "mais claro o significado e os objectivos da tremenda ofensiva ideológica que precedeu este anúncio, desde o FMI, OCDE, Bruxelas, Merkel, Cavaco Silva, Mário Soares, ex-governantes, comentadores com lugar cativo na comunicação social".
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"Todos foram convocados para papaguear a tese das inevitabilidades, do tem que ser, dramatizando a hipótese de uma crise política que verdadeiramente não existe nem nunca existiu, em torno da aprovação do Orçamento do Estado", disse, acrescentando que as medidas adicionais anunciadas no âmbito do PEC II não resolveram os problemas do País.
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O líder do PCP rejeitou ainda a ideia de que "é preciso coragem" para estas medidas, perguntando: "Mas custa alguma coisa bater num pequeno? É preciso alguma coragem para atingir um reformado, que não tem voz nem capacidade reivindicativa?".
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Jerónimo de Sousa afirmou ainda a sua confiança na candidatura presidencial de Francisco Lopes, considerando que "inevitavelmente chocou com o preconceito, porque era desconhecido, porque era sectário".
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Na sua opinião, "estão a subavaliar o camarada e estão a subestimar este grande colectivo partidário, que está com essa candidatura".
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Sobre a greve geral convocada pela CGTP para 24 de Novembro, o dirigente do PCP apelou para que "ninguém se sinta descansado com o anúncio."
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"Agora é ir lá, onde estão os trabalhadores e os problemas. A greve decide-se nas empresas, nos locais de trabalho, com os trabalhadores, porque esses é que fazem greves e não os anúncios de televisão ou os confortos que possamos ter", referiu, adiantando que é "o êxito" deste protesto é da "responsabilidade dos comunistas, dos trabalhadores, dos dirigentes sindicais comunistas".
José Sena Goulão/Lusa
Cavaco Silva esteve na FIL a abrir a Exposição Mundial de Filatelia
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Comemorações do Centenário da Implantação da República
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Presidente sem tempo para ver debate na Assembleia
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"Não acompanhei, estava a trabalhar como é habitual", respondeu o Presidente da República ontem ao fim da tarde, durante a visita à Exposição Mundial de Filatelia, na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa, ao ser interpelado sobre o debate quinzenal com o primeiro-ministro, na Assembleia..
- 0h30 - Correio da Manhã 2010 10 02
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Cavaco Silva desviou depois uma pergunta sobre ‘o clima das negociações’ do Orçamento 2011, falando do tempo: "O clima tem sido bastante bom, é uma Primavera que continua, como já repararam todos", disse. O Presidente defendeu a importância de comemorar a República.
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Além do apoio da sua presença na FIL, o Centenário é comemorado no Palácio de Belém, com exposições e espectáculos. Hoje actua a Orquestra de Sopros da Figueira da Foz às 17h00 e António Zambujo , às 22h00.
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Belém: Presidente da República fechou ronda com os partidos políticos
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Cavaco não quer crise política
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O Presidente da República não quer uma crise política e lançou o repto a todos os partidos com assento parlamentar para se ultrapassar as "dificuldades do País" e escolheu estas palavras porque os problemas não se esgotam, apenas, no próximo Orçamento do Estado para 2011. Cavaco Silva quer um Orçamento do Estado para 2011 viabilizado de forma consensual, mas o ponto limite de capacidade de crédito do País e a necessidade de cumprir as metas assumidas com Bruxelas ainda para 2010 podem ‘obrigar’ a mais medidas..
- 30 Setembro 2010 - Correio da Manhã
Talvez, por isso, a Presidência tenha emitido a nota oficial sobre a ronda com os partidos horas antes de se conhecer a decisão da suspensão de todo o investimento do Estado até ao final do ano. Num comunicado em que apelou ao esforço de todos os partidos, Cavaco Silva alertou os dirigentes partidários para as consequências "extremamente graves" de uma crise política perante a dependência da economia face ao financiamento externo. Dos partidos, sobretudo do PSD e do CDS-PP que já viabilizaram orçamentos no passado, ouviu a palavra chumbo a novo aumento de impostos e pedidos ao Governo para cortes na despesa.
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"O Governo que se esforce, que se aplique", pediu o líder do CDS-PP, Paulo Portas. Mas, o presidente do PSD, Passos Coelho, deixou claro que não viabilizará "um qualquer orçamento", nem se sente obrigado a fazê-lo. Porém, está disponível para viabilizar propostas sem aumento da carga fiscal.
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Por fim, condenou a ameaça do Governo de se demitir se não for aprovado o próximo Orçamento.
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Do PS, Francisco Assis assumiu que o chumbo do Orçamento terá "consequências dramáticas", os socialistas tudo farão para se alcançar um consenso no Parlamento e reconheceu o esforço que é preciso para se cortar na despesa. Mas, deixou ainda um aviso ao PSD: "Ninguém deve ficar prisioneiro de afirmações demasiado definitivas".
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O chefe do Governo disse também que o plano de austeridade serve também “para defender as famílias”, porque se não fossem tomadas “o país entraria em recessão”.
Questionado logo no início por Constança Cunha e Sá se o estado a que chegou a economia não é responsabilidade das suas políticas ao longo dos anos, José Sócrates respondeu de pronto: “Não”. Repetiu então o que já tinha dito na sexta-feira à RTP e a vários jornais internacionais. A despesa está a descer mas lentamente, ao contrário de outros países, e as medidas foram tomadas agora e não em Maio para acalmar os mercados.
“Medidas destas só se tomam quando não há outra solução. (…) Vão permitir para restaurar a credibilidade e cumprir os compromissos”, afirmou, assegurando que não vão necessárias novas medidas em 2011. Questionado sobre o facto de já ter dito o mesmo em Maio, quando foi aprovado o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) 2, José Sócrates afirmou: “Fizemos as contas.”
Sobre a passagem do fundo de pensões da PT para o Estado, o primeiro-ministro voltou a lembrar que eles servem para superar o facto de ter que orçamentar a compra de um submarino e até talvez o segundo e afirmou mesmo que os submarinos “estavam a causar uma certa incerteza nos mercados internacionais”.
Garantiu, porém, que o fundo vai ser provisionado e alvo de várias auditorias independentes. “Os contribuintes não vão pagar nada”, assegurou, lembrando que o contrário não aconteceu com o fundo de pensões dos CTT, chamado para o Estado por um Governo do PSD, e que faz com que os contribuintes portugueses estejam a pagar agora com os seus impostos mil milhões de euros.
TGV Poceirão-Caia avança
José Sócrates garantiu que o troço da alta velocidade ferroviária Poceirão-Espanha vai mesmo avançar e voltou a fazer uma forte defesa das obras públicas. “O país não pode ser gerido com base no medo (…) Os investimentos dão emprego e é ele que juntamente com o privado que faz crescer a economia. Não podemos desistir do futuro”, afirmou.
O primeiro-ministro reafirmou também, ainda que de forma menos clara que em outras ocasiões, que se o OE não for aprovado não apresentará um segundo e que, nesse caso, o Governo não deve continuar em funções. E desafiou o PSD a tomar a sua posição sobre o orçamento “o mais rapidamente possível” porque o contrário não contribui para garantir a confiança.
A resposta do PSD à entrevista veio pela voz de António Nogueira Leite, conselheiro económico de Passos Coelho, que se manifestou “muito preocupado”. “O primeiro-ministro não aprendeu nada com os erros e recusa reconhecê-los. Por outro lado já está a rescrever o passado”, afirmou à TVI24
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Para o responsável, a resposta à crise deve passar pelo aumento da produtividade e pela diminuição da dependência do capital estrangeiro.
"Quanto mais produzirmos menos ficamos a dever. É uma opção de fundo que temos que tomar porque a economia tem leis. Se estivermos sempre dependentes do estrangeiro, quanto mais nos endividamos pior ficamos", disse Jerónimo de Sousa.
"A resposta estrutural é pôr Portugal a produzir. É ter mais indústria, mar e a nossa agricultura", adiantou.
O líder comunista participou ontem à noite num comício em Montelavar, Sintra, uma das localidades fortemente afetadas pela crise da indústria do setor da extração dos mármores.
Segundo o responsável, na última década encerraram mais de 130 empresas nas localidades de Montelavar e Pêro Pinheiro, com o despedimento de 1600 trabalhadores.
Jerónimo de Sousa defendeu que uma política de requalificação urbana, com recurso às matérias primas deste sector, poderia levar ao desenvolvimento da indústria dos mármores, que sofre com "a crise do sector da construção civil".
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José Sócrates assegurou hoje que a redução dos salários só se aplicará à administração pública, assegurando que a questão não se coloca nos privados. O primeiro-ministro, em entrevista à TVI, acrescentou que nesse sentido a legislação do Orçamento do Estado será alterada para permitir “que se reduza os salários da administração pública”.
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ócrates afirmou que não haverá um segundo orçamento, caso este não seja aprovado (José Manuel Ribeiro/Reuters)
O chefe do Governo disse também que o plano de austeridade serve também “para defender as famílias”, porque se não fossem tomadas “o país entraria em recessão”.
Questionado logo no início por Constança Cunha e Sá se o estado a que chegou a economia não é responsabilidade das suas políticas ao longo dos anos, José Sócrates respondeu de pronto: “Não”. Repetiu então o que já tinha dito na sexta-feira à RTP e a vários jornais internacionais. A despesa está a descer mas lentamente, ao contrário de outros países, e as medidas foram tomadas agora e não em Maio para acalmar os mercados.
“Medidas destas só se tomam quando não há outra solução. (…) Vão permitir para restaurar a credibilidade e cumprir os compromissos”, afirmou, assegurando que não vão necessárias novas medidas em 2011. Questionado sobre o facto de já ter dito o mesmo em Maio, quando foi aprovado o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) 2, José Sócrates afirmou: “Fizemos as contas.”
Sobre a passagem do fundo de pensões da PT para o Estado, o primeiro-ministro voltou a lembrar que eles servem para superar o facto de ter que orçamentar a compra de um submarino e até talvez o segundo e afirmou mesmo que os submarinos “estavam a causar uma certa incerteza nos mercados internacionais”.
Garantiu, porém, que o fundo vai ser provisionado e alvo de várias auditorias independentes. “Os contribuintes não vão pagar nada”, assegurou, lembrando que o contrário não aconteceu com o fundo de pensões dos CTT, chamado para o Estado por um Governo do PSD, e que faz com que os contribuintes portugueses estejam a pagar agora com os seus impostos mil milhões de euros.
TGV Poceirão-Caia avança
José Sócrates garantiu que o troço da alta velocidade ferroviária Poceirão-Espanha vai mesmo avançar e voltou a fazer uma forte defesa das obras públicas. “O país não pode ser gerido com base no medo (…) Os investimentos dão emprego e é ele que juntamente com o privado que faz crescer a economia. Não podemos desistir do futuro”, afirmou.
O primeiro-ministro reafirmou também, ainda que de forma menos clara que em outras ocasiões, que se o OE não for aprovado não apresentará um segundo e que, nesse caso, o Governo não deve continuar em funções. E desafiou o PSD a tomar a sua posição sobre o orçamento “o mais rapidamente possível” porque o contrário não contribui para garantir a confiança.
A resposta do PSD à entrevista veio pela voz de António Nogueira Leite, conselheiro económico de Passos Coelho, que se manifestou “muito preocupado”. “O primeiro-ministro não aprendeu nada com os erros e recusa reconhecê-los. Por outro lado já está a rescrever o passado”, afirmou à TVI24
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Jerónimo de Sousa: Governo resolve défices "com os sacrifícios de quem trabalha"
02.10.2010 - 08:17 Por Lusa
O secretário-geral do PCP criticou o Governo por "resolver os défices com os sacrifícios de quem trabalha" e defendeu a aplicação de medidas que aumentem a produção nacional para ultrapassar a crise e o endividamento externo.
Jeónimo de Sousa (Foto: Miguel Dantas/arquivo)
Para o responsável, a resposta à crise deve passar pelo aumento da produtividade e pela diminuição da dependência do capital estrangeiro.
"Quanto mais produzirmos menos ficamos a dever. É uma opção de fundo que temos que tomar porque a economia tem leis. Se estivermos sempre dependentes do estrangeiro, quanto mais nos endividamos pior ficamos", disse Jerónimo de Sousa.
"A resposta estrutural é pôr Portugal a produzir. É ter mais indústria, mar e a nossa agricultura", adiantou.
O líder comunista participou ontem à noite num comício em Montelavar, Sintra, uma das localidades fortemente afetadas pela crise da indústria do setor da extração dos mármores.
Segundo o responsável, na última década encerraram mais de 130 empresas nas localidades de Montelavar e Pêro Pinheiro, com o despedimento de 1600 trabalhadores.
Jerónimo de Sousa defendeu que uma política de requalificação urbana, com recurso às matérias primas deste sector, poderia levar ao desenvolvimento da indústria dos mármores, que sofre com "a crise do sector da construção civil".
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