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__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

terça-feira, outubro 19, 2010

Protestos contra reforma da previdência paralisam a França

Mundo

Vermelho - 18 de Outubro de 2010 - 12h53

O governo francês anunciou hoje(18) a criação de um "centro interministerial de crise", para garantir o abastecimento de combustível. O país registra uma série de greves e protestos contra a reforma da previdência. Caminhoneiros começaram a bloquear estradas, e ferroviários cruzam os braços hoje, reduzindo a circulação do metrô e trens. A paralisação atinge refinarias e pode afetar o setor aéreo e o transporte de valores. Mais de mil postos já estariam sem combustível.

Durante o fim de semana, autoridades do país negaram o risco de uma crise de abastecimento em âmbito nacional. Mas, nesta segunda, uma reunião da cúpula do governo, que durou mais de uma hora, tratou sobre o assunto. "Basicamente, falamos sobre os problemas de fornecimento de combustível", disse um dos ministros presentes à reunião.

Perguntado se a situação é preocupante para o governo, ele se limitou a responder: "Estamos atentos". De acordo com o jornal francês Le Monde, o Palácio do Eliseu se negou a comentar o conteúdo da reunião. A ativação do "centro interministerial de crise" seria para garantir o abastecimento de combustível.

"A célula interministerial de crise começa a funcionar às 14h (9h de Brasília) presidida pelo ministro do Interior, Brice Hortefeux", afirma um comunicado ministerial. Os ministérios da Economia, Energia, Ecologia e Interior estarão representados na célula, que pretende coordenar as tarefas dos diferentes serviços do Estado para garantir a perenidade do abastecimento.

Ontem, já havia filas em postos por toda a França. O ministro dos Transportes, Dominique Bussereau, disse na rádio Europe 1 que os postos que dizem estar sem combustível "estão guardando para seus clientes habituais". Ele estimou que, dos 1.300 postos do país, 200 tenham problema de escassez.

Mas a distribuidora Total tem outro número: só em sua rede, seriam de 300 a 400. Todas as 12 refinarias do país estão paradas. Os funcionários de um depósito de combustível em Marselha estão em greve há 22 dias, deixando presos no porto 47 navios petroleiros.

O frentista de um posto em Paris disse ao jornal espanhol "El País" que a gasolina havia acabado às 10h de ontem. E contou que as pessoas têm levado galões de gasolina e diesel, para fazer estoque. Sobre o fato de o governo negar que haja escassez, ele foi franco: "O que você quer que eles digam?".

Protestos se intensificam

Caminhoneiros franceses realizam uma operação tartaruga nas rodovias, as greves dos ferroviários se intensificam e postos de gasolina ficaram sem combustível, nesta segunda-feira, na França, como resultado do aumento dos protestos, à medida que se aproxima a votação no Senado sobre uma impopular reforma previdenciária.

Nesta segunda-feira, as autoridades asseguraram que a infraestrutura do país não ficará paralisada apesar da greve de uma semana de duração nas refinarias, que forçou centenas de postos a fechar. Os serviços ferroviários também foram gravemente prejudicados pela greve que se ampliou antes de uma manifestação nacional marcada para esta terça-feira, que ameaça ser um dia decisivo para a reforma de Sarkozy.

A mobilização geral contra o novo regime de reformas deve contar com a participação dos controladores aéreos e que deverá provocar fortes perturbações no tráfego aéreo. A cidade de Marselha ainda sofre com uma greve de lixeiros.

O elemento central da reforma defendida pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, consiste no aumento da idade mínima para aposentadoria de 60 para 62 anos. Outro artigo polêmico prevê o aumento do limite de idade para ter direito à aposentadoria integral de 65 para 67 anos, no caso dos que não atingiram o tempo de contribuição exigido.

O governo defende que a mudança é essencial para sustentar o sistema previdenciário do país, mas os sindicatos alegam que os trabalhadores mais pobres serão os mais prejudicados.

Com agências
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