Economia
Liderados pelos Estados Unidos, as grandes potências capitalistas decidiram intensificar as pressões contra a China, usando o pretexto da política cambial e a falsa retórica da defesa da democracia e dos direitos humanos. A semana foi recheada de fatos e factóides neste sentido. Um deles foi a insólita concessão do Prêmio Nobel da Paz a um dissidente chinês Liu Xiaobo, fato classificado de uma “blasfêmia” pelos dirigentes do país.
O uso político do Nobel não é uma novidade. No ano passado, o mesmo prêmio foi conferido ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chefe de um Estado que promove guerras imperialistas contra o Iraque e o Afeganistão apesar da oposição da ONU, gasta em armas e segurança mais que todo o resto do mundo junto, reativou a 4ª Frota de Intervenção, estimula golpes militares e amplia suas bases na América Latina. A concessão do prêmio neste ano no momento em que a China é alvo de forte pressão dos Estados Unidos não é algo casual e lembra a campanha de boicote contra as olimpíadas de Pequim liderada por alguns países do chamado Ocidente.
Recentemente representantes da União Europeia voltaram a reclamar a valorização da moeda chinesa, o iuan, engrossando o coro do império. Na última quinta-feira (7), foi a vez do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, defender medidas para que se encontre uma solução coordenada para acabar com a atual "guerra cambial" e reiterar a ideia de que a China deve mudar sua política cambial.
- Eu mesmo tenho usado esse termo (guerra cambial), que é talvez demasiado militar, mas é verdade dizer que muitos consideram sua moeda uma arma, e isso não é certamente bom para a economia mundial - disse Strauss-Kahn na abertura do encontro anual de FMI e Banco Mundial (Bird), em Washington.
Em entrevista ao jornal francês "Le Monde", o número um do FMI foi bem mais direto. "O baixo valor do yuan está na raiz das tensões da economia mundial que estão se transformando em ameaças. Se quisermos evitar a criação de condições para uma nova crise, a China precisa acelerar o processo de valorização da moeda".
Deste modo, o FMI revela que continua a serviço do imperialismo estadunidense. Mas nem todos concordam com os argumentos pretensamente científicos dos economistas do Fundo. O prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz afirmou que os EUA têm sua parcela de culpa. Em evento promovido pelo consulado do Canadá em Nova York na noite de quarta-feira, ele disse que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) promove uma "desvalorização competitiva" do câmbio.
"Nós dizemos ´Não estamos engajados em uma desvalorização competitiva. Isso é o que a China faz. Não manipulamos nossa moeda. Tudo o que fazemos é política monetária comum´. Mas a consequência da política monetária comum é a desvalorização competitiva", afirmou Stiglitz.
Os problemas cambiais do mundo são provocados pela notória fragilidade do dólar, que no fundo é causada pelos desequilíbrios da economia norte-americana, com destaque para os déficits público e em conta corrente, que muitos consideram, neste caso com razão, como “déficits gêmeos”. A intervenção das autoridades econômicas dos EUA para salvar o sistema financeiro e conter a crise despejou trilhões de dólares na economia mundial, intensificando a queda do dólar. Isto configura, conforma afirmou Stiglitz, uma clara “desvalorização competitiva” do câmbio. Mas é mais fácil e conveniente aos propósitos do imperialismo culpar a China, com o apoio de outras potências e aplauso da mídia hegemônica.
Da redação, com agências
.Recentemente representantes da União Europeia voltaram a reclamar a valorização da moeda chinesa, o iuan, engrossando o coro do império. Na última quinta-feira (7), foi a vez do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, defender medidas para que se encontre uma solução coordenada para acabar com a atual "guerra cambial" e reiterar a ideia de que a China deve mudar sua política cambial.
- Eu mesmo tenho usado esse termo (guerra cambial), que é talvez demasiado militar, mas é verdade dizer que muitos consideram sua moeda uma arma, e isso não é certamente bom para a economia mundial - disse Strauss-Kahn na abertura do encontro anual de FMI e Banco Mundial (Bird), em Washington.
Em entrevista ao jornal francês "Le Monde", o número um do FMI foi bem mais direto. "O baixo valor do yuan está na raiz das tensões da economia mundial que estão se transformando em ameaças. Se quisermos evitar a criação de condições para uma nova crise, a China precisa acelerar o processo de valorização da moeda".
Deste modo, o FMI revela que continua a serviço do imperialismo estadunidense. Mas nem todos concordam com os argumentos pretensamente científicos dos economistas do Fundo. O prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz afirmou que os EUA têm sua parcela de culpa. Em evento promovido pelo consulado do Canadá em Nova York na noite de quarta-feira, ele disse que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) promove uma "desvalorização competitiva" do câmbio.
"Nós dizemos ´Não estamos engajados em uma desvalorização competitiva. Isso é o que a China faz. Não manipulamos nossa moeda. Tudo o que fazemos é política monetária comum´. Mas a consequência da política monetária comum é a desvalorização competitiva", afirmou Stiglitz.
Os problemas cambiais do mundo são provocados pela notória fragilidade do dólar, que no fundo é causada pelos desequilíbrios da economia norte-americana, com destaque para os déficits público e em conta corrente, que muitos consideram, neste caso com razão, como “déficits gêmeos”. A intervenção das autoridades econômicas dos EUA para salvar o sistema financeiro e conter a crise despejou trilhões de dólares na economia mundial, intensificando a queda do dólar. Isto configura, conforma afirmou Stiglitz, uma clara “desvalorização competitiva” do câmbio. Mas é mais fácil e conveniente aos propósitos do imperialismo culpar a China, com o apoio de outras potências e aplauso da mídia hegemônica.
Da redação, com agências
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