Bilhete Postal - A culpa é do Estado

* Carlos de Abreu Amorim

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Há um discurso permanente dos defensores dos privilégios do Estado: o erro é sempre das pessoas; o Estado faz sempre tudo bem e com as melhores intenções. Não há um só tema social ou político em que esta lógica ‘estatizante’ não tenha lugar.

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Os acidentes de viação são um bom exemplo – os condutores, garantem-nos, são os culpados de tudo. É o excesso de velocidade, as manobras perigosas e, sobretudo, o álcool. Ano após ano, ministros e polícias certificaram que o drama nas nossas estradas só tinha uma causa essencial: as pessoas, estatisticamente exibidas como um bando de bêbedos inconscientes.

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Desde os anos 80, a IP5 era um matadouro a céu aberto. Em cada ano, ali faleciam cerca de 25 pessoas e muitas mais foram estropiadas. Mas concluíram-se as obras que a transformaram na A25 – no último ano só houve uma morte. Afinal, a culpa era da estrada. Ou seja, do Estado.

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in Correio da Manhã 2007.10.09

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Terça-feira, 9 Outubro

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- Leandro Coutinho O Estado entre nós é ineficiente nas funções que deveria fazer bem..(justiça, segurança, diplomacia)..É verdade.. Mas o argumento/exº dado pelo articulista é ridículo..Quem desrespeita regras de trânsito e causa mortes, é mesmo responsável, e é o único responsável..Não o Estado.. É assim em todo o lado, e a lei é dura (durissima) em Países onde o Estado é mínimo..(EUA, N.Zelândia, Austrália, UK..)
- jose fouto Que a A25 é mais segura que a IP5, não há duvidas. Mas que a culpa dos acidentes é dos condutores também não há duvidas! Por distracção, azelhice, falta de civismo, bebedeira, excesso de velocidade, etc.