* José Paiva
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Nos últimos sete anos morreram pelo menos 110 camionistas nas estradas portuguesas e os dois últimos meses foram dos mais fatídicos, revelou ontem, em Vilar Formoso, a Festru – Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urbanos.
Nos últimos sete anos morreram pelo menos 110 camionistas nas estradas portuguesas e os dois últimos meses foram dos mais fatídicos, revelou ontem, em Vilar Formoso, a Festru – Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urbanos.
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Segundo Vítor Pereira, dirigente da Festru, em Setembro e Outubro morreram cinco camionistas nas estradas nacionais e nos últimos dois anos a média é de “uma morte por mês”. Desde 2001 faleceram pelo menos 110 profissionais e mais de 220 ficaram feridos com gravidade.
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Os dados foram revelados durante uma acção que envolveu 300 pessoas, no parque TIR da fronteira de Vilar Formoso, para homenagear os camionistas falecidos e sensibilizar os restantes para os riscos que enfrentam na sua actividade.Para os responsáveis sindicais, a fadiga provocada pelas “exigentes e desumanas” condições de trabalho, e os “tempos de condução e descanso que não são respeitados, colocando em causa a segurança rodoviária”, estão na origem de grande parte dos acidentes.
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Vítor Pereira considera que uma das grandes lacunas é a falta de fiscalização no sector de transporte de mercadorias, porque “a Inspecção Geral do Trabalho não tem gente suficiente para cumprir a missão”.
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O problema é ainda agravado “pela concorrência desleal”, onde a única “preocupação é fazer os preços mais baratos”, nem que para isso os camionistas tenham de trabalhar “16 e 17 horas seguidas”, referiu o dirigente da Festru, durante a acção, que contou com a participação da organização homóloga espanhola.
.in Correio da Manhã 2007.10.23
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Foto - José Paiva (A acção juntou 300 pessoas na fronteira de Vilar Formoso)
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