A saúde é um direito não é um privilégio
.
.
Estas iniciativas de protesto, promovidas pelo Movimento Cívico em Defesa do Serviço Nacional de Saúde, conjuntamente com outras organizações, realizaram-se nos dias 21 e 22 e tiveram como objectivo sensibilizar as populações para a importância e necessidade de promover a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), como serviço essencial à melhoria da qualidade de vida e bem-estar de todos, mas também fazer sentir ao Governo que os cidadãos não apoiam nem querem que seja continuada uma política que põe em causa os direitos dos utentes e trabalhadores da saúde, em proveito dos grandes grupos económicos.
Estas iniciativas de protesto, promovidas pelo Movimento Cívico em Defesa do Serviço Nacional de Saúde, conjuntamente com outras organizações, realizaram-se nos dias 21 e 22 e tiveram como objectivo sensibilizar as populações para a importância e necessidade de promover a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), como serviço essencial à melhoria da qualidade de vida e bem-estar de todos, mas também fazer sentir ao Governo que os cidadãos não apoiam nem querem que seja continuada uma política que põe em causa os direitos dos utentes e trabalhadores da saúde, em proveito dos grandes grupos económicos.
.
Na sexta-feira, duas grandes concentrações de utentes e profissionais de saúde, em Lisboa e no Porto, marcaram o início dos protestos. Em Lisboa realizou-se, durante todo o dia, uma vigília e, posteriormente, foi entregue, após uma caravana automóvel, uma carta aberta na sede do Ministério da Saúde.
Na sexta-feira, duas grandes concentrações de utentes e profissionais de saúde, em Lisboa e no Porto, marcaram o início dos protestos. Em Lisboa realizou-se, durante todo o dia, uma vigília e, posteriormente, foi entregue, após uma caravana automóvel, uma carta aberta na sede do Ministério da Saúde.
.
«A saúde não é um negócio», «Em risco estamos todos», «O Governo PS ataca o SNS» e «A saúde é um direito não é um privilégio», eram algumas das mensagem que se podiam ler nos cartazes que encheram a Praça do Saldanha.
.
«Não temos dúvidas que toda esta política está direccionada num sentido que privilegia a privatização dos serviços de saúde, tentando acabar com o SNS», alertou, ao Avante!, Carlos Braga, do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP). Para contrariar este «caminho», acentuou, «há que trilhar uma política que, efectivamente, sirva os interesses dos utentes e da maioria da população portuguesa».
«Não temos dúvidas que toda esta política está direccionada num sentido que privilegia a privatização dos serviços de saúde, tentando acabar com o SNS», alertou, ao Avante!, Carlos Braga, do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP). Para contrariar este «caminho», acentuou, «há que trilhar uma política que, efectivamente, sirva os interesses dos utentes e da maioria da população portuguesa».
.
Esta carta aberta, subscrita por mais de 140 organizações, foi também entregue, no Porto, na Administração Regional de Saúde do Norte. O documento desafia o Presidente da República, o Governo e os deputados a «fazer cumprir a Constituição», que obriga a um SNS «universal, geral e tendencialmente gratuito». Alerta-se ainda para o «encerramento dos serviços de saúde», «aumento de custos para os utentes», «subinvestimento nos cuidados de saúde primários», redução da comparticipação nos medicamentos e tentativa de «terminar com veículo público e as carreiras profissionais».
«A luta continua»
Na Marinha Grande, centenas de pessoas manifestaram-se contra o encerramento dos serviços de atendimento do SAP entre as 20h00 e as 8h00.
Esta carta aberta, subscrita por mais de 140 organizações, foi também entregue, no Porto, na Administração Regional de Saúde do Norte. O documento desafia o Presidente da República, o Governo e os deputados a «fazer cumprir a Constituição», que obriga a um SNS «universal, geral e tendencialmente gratuito». Alerta-se ainda para o «encerramento dos serviços de saúde», «aumento de custos para os utentes», «subinvestimento nos cuidados de saúde primários», redução da comparticipação nos medicamentos e tentativa de «terminar com veículo público e as carreiras profissionais».
«A luta continua»
Na Marinha Grande, centenas de pessoas manifestaram-se contra o encerramento dos serviços de atendimento do SAP entre as 20h00 e as 8h00.
.
«Não podemos aceitar isso», até porque o concelho «tem ainda problemas por resolver na área da saúde», afirmou, à Lusa, Sérgio Moiteiro, do movimento de utentes.
«Não podemos aceitar isso», até porque o concelho «tem ainda problemas por resolver na área da saúde», afirmou, à Lusa, Sérgio Moiteiro, do movimento de utentes.
.
No Litoral Alentejano foi criticado o encerramento de unidades de saúde essenciais à população. «Neste 28.ª aniversário do SNS, este Governo, que se diz socialista, mas que constantemente ataca os direitos dos trabalhadores e das populações, faz a maior ofensiva contra o direito universal, geral e gratuito à prestação de cuidados de saúde em qualidade», acusam as comissões de utentes do Litoral Alentejano.
No Litoral Alentejano foi criticado o encerramento de unidades de saúde essenciais à população. «Neste 28.ª aniversário do SNS, este Governo, que se diz socialista, mas que constantemente ataca os direitos dos trabalhadores e das populações, faz a maior ofensiva contra o direito universal, geral e gratuito à prestação de cuidados de saúde em qualidade», acusam as comissões de utentes do Litoral Alentejano.
.
Num documento distribuído à população, os utentes lamentaram o encerramento do SADU de Santiago do Cacém, denunciaram a tentativa de privatização do serviço de imagiologia do Hospital do Litoral Alentejano e lembraram que a Maternidade «continua sem abrir». «Desde Janeiro de 2007 pelo menos 20 partos decorreram em situação de risco por não existir essa maternidade», alertaram.
Protestos de Norte a Sul
No sábado as iniciativas multiplicaram-se de Norte a Sul. Em Odivelas, por exemplo, realizou-se uma concentração, seguida de desfile, frente ao Centro de Assistência e Tratamento de Urgências. Na origem das queixas está a promessa de um novo centro de saúde.
Num documento distribuído à população, os utentes lamentaram o encerramento do SADU de Santiago do Cacém, denunciaram a tentativa de privatização do serviço de imagiologia do Hospital do Litoral Alentejano e lembraram que a Maternidade «continua sem abrir». «Desde Janeiro de 2007 pelo menos 20 partos decorreram em situação de risco por não existir essa maternidade», alertaram.
Protestos de Norte a Sul
No sábado as iniciativas multiplicaram-se de Norte a Sul. Em Odivelas, por exemplo, realizou-se uma concentração, seguida de desfile, frente ao Centro de Assistência e Tratamento de Urgências. Na origem das queixas está a promessa de um novo centro de saúde.
.
No Porto, o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública distribuiu 1500 panfletos à porta do Hospital de São João. Na Azambuja os utentes pronunciaram-se em defesa do SNS. Em Viseu teve lugar uma acção de luta com a participação da CGTP-IN, do Sindicato de Enfermeiros Portugueses e da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde do distrito. Em Nelas realizou-se uma concentração junto ao centro de saúde local.
No Porto, o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública distribuiu 1500 panfletos à porta do Hospital de São João. Na Azambuja os utentes pronunciaram-se em defesa do SNS. Em Viseu teve lugar uma acção de luta com a participação da CGTP-IN, do Sindicato de Enfermeiros Portugueses e da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde do distrito. Em Nelas realizou-se uma concentração junto ao centro de saúde local.
.
Por seu lado, o Movimento de Utentes pelo Hospital da Universidade de Coimbra (HUC) prometeu combater a «asfixia finaneira sistemática» e a empresarialização destas unidades de saúde.
Por seu lado, o Movimento de Utentes pelo Hospital da Universidade de Coimbra (HUC) prometeu combater a «asfixia finaneira sistemática» e a empresarialização destas unidades de saúde.
.
Nos últimos anos, tem-se assistido «a um processo de paulatina asfixia financeira dos HUC. Só em 2006, não receberam cerca de 36 milhões de euros que estavam contratualizados com o Estado», alerta, em comunicado, o movimento, que aproveitou o momento para começar a recolher assinaturas para um abaixo-assinado em defesa dos HUC, onde se frisa que esta «é uma das mais importantes unidades de saúde do país».
Nos últimos anos, tem-se assistido «a um processo de paulatina asfixia financeira dos HUC. Só em 2006, não receberam cerca de 36 milhões de euros que estavam contratualizados com o Estado», alerta, em comunicado, o movimento, que aproveitou o momento para começar a recolher assinaturas para um abaixo-assinado em defesa dos HUC, onde se frisa que esta «é uma das mais importantes unidades de saúde do país».
.
Em Almada, Alhos Vedros, Quinta do Conde, Seixal e Moita foram distribuídos documentos e recolhidas assinaturas em defesa do SNS.
Trabalhadores discriminados em Leiria
«Os trabalhadores dos concelhos do Sul do distrito estão a ser vítimas duma absurda discriminação, fruto da incongruente política de saúde deste Governo», alerta, em nota de imprensa, a União dos Sindicatos do Distrito de Leiria.
Em Almada, Alhos Vedros, Quinta do Conde, Seixal e Moita foram distribuídos documentos e recolhidas assinaturas em defesa do SNS.
Trabalhadores discriminados em Leiria
«Os trabalhadores dos concelhos do Sul do distrito estão a ser vítimas duma absurda discriminação, fruto da incongruente política de saúde deste Governo», alerta, em nota de imprensa, a União dos Sindicatos do Distrito de Leiria.
.
Quando lhes é prescrito um exame designado de «dopler venenoso», os trabalhadores são encaminhados para uma empresa de estudos radiológicos com sede em Torres Vedras, onde lhes são, de imediato, cobrados 90 euros pelos exames.
Quando lhes é prescrito um exame designado de «dopler venenoso», os trabalhadores são encaminhados para uma empresa de estudos radiológicos com sede em Torres Vedras, onde lhes são, de imediato, cobrados 90 euros pelos exames.
.
«Quando são confrontados com a situação e pedem esclarecimentos sobre o facto de terem de pagar aquele exame, recebem da empresa a explicação de que só pagam por serem originários do distrito de Leiria, pois todas as demais ARS's distritais têm acordos que incluem aquele exame na lista dos comparticipados e, por tal facto, não pagam nada», informa a união de sindicatos.
Governo ataca saúde
Obcecado pela redução do défice do Orçamento de Estado, o Governo PS esta a degradar o SNS, a sacrificar ainda mais a generalidade dos portugueses e a favorecer os interesses dos grupos económicos e financeiros, nomeadamente através:
• Do encerramento de unidades e estabelecimentos de saúde, nomeadamente de centros de saúde, SAP's e maternidades, urgências, consultas de especialidade, em simultâneo com a abertura de unidades de saúde privadas em muitas localidades;
• Da privatização de sectores importantes do SNS;
• Da manutenção, aumento e criação de novas taxas moderadoras, designadamente as taxas de internamento e das cirurgias de ambulatório e pagamento de actos médicos prestados a doentes crónicos (até aqui isentos);
• Do aumento dos medicamentos para os utentes, com redução da comparticipação do Estado;
• Da sobrecarga das famílias portuguesas, que já suportam em média cerca de 33 por cento dos custos de saúde, contra 24 por cento da média europeia;
• Da ofensiva contra os direitos dos trabalhadores do SNS, promovendo a precariedade no emprego.
.
«Quando são confrontados com a situação e pedem esclarecimentos sobre o facto de terem de pagar aquele exame, recebem da empresa a explicação de que só pagam por serem originários do distrito de Leiria, pois todas as demais ARS's distritais têm acordos que incluem aquele exame na lista dos comparticipados e, por tal facto, não pagam nada», informa a união de sindicatos.
Governo ataca saúde
Obcecado pela redução do défice do Orçamento de Estado, o Governo PS esta a degradar o SNS, a sacrificar ainda mais a generalidade dos portugueses e a favorecer os interesses dos grupos económicos e financeiros, nomeadamente através:
• Do encerramento de unidades e estabelecimentos de saúde, nomeadamente de centros de saúde, SAP's e maternidades, urgências, consultas de especialidade, em simultâneo com a abertura de unidades de saúde privadas em muitas localidades;
• Da privatização de sectores importantes do SNS;
• Da manutenção, aumento e criação de novas taxas moderadoras, designadamente as taxas de internamento e das cirurgias de ambulatório e pagamento de actos médicos prestados a doentes crónicos (até aqui isentos);
• Do aumento dos medicamentos para os utentes, com redução da comparticipação do Estado;
• Da sobrecarga das famílias portuguesas, que já suportam em média cerca de 33 por cento dos custos de saúde, contra 24 por cento da média europeia;
• Da ofensiva contra os direitos dos trabalhadores do SNS, promovendo a precariedade no emprego.
.
in Avante 2007.09.27
Sem comentários:
Enviar um comentário