A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sábado, outubro 06, 2007

Esquerda Européia critica "reforma" dos estaleiros de Gdansk


O estaleiro de Gdansk, na Polônia, é alvo dos neoliberais europeus, que desejam "reformá-lo" e adaptá-lo às novas condições "modernas" de trabalho, preconizadas pela União Européia. Nos planos de "reestruturação" da Comissão Européia, há idéias de demissão em massa.
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Em 2005 Bruxelas instalou uma investigação sobre o subsídio que o Estado polonês, controlado há anos pela direita local, repassou para os estaleiros do país. Gdansk, Szczecin e Gdynia receberam 1,3 bilhões de euros. Os estaleiros menores reduziram a produção, enquanto Gdansk manteve 3 mil postos de trabalho.
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Para instaurar a investigação, a Comissão Européia alegou que as ajudas de Estado estão ligadas a "contrapartidas que permitem a modernização", evitando a concorrência desleal, o que alegam não ter ocorrido.
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Esta semana o partido da União da Esquerda Européia e Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL), colocou a questão da sobrevivência dos estaleiros de Gdansk em discussão no plenário do Parlamento Europeu.
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Na terça-feira, trabalhadores do estaleiro fizeram um protesto na sede da Comissão, em Bruxelas, onde exibiram faixas e cartazes contra a intenção de fechar Gdansk. Leia abaixo a declaração do presidente da União da Esquerda Européia, Francis Wurtz, sobre o provável encerramento do estaleiro.
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"Me alegro de que meus colegas da Conferência de Presidentes de Grupo tenha aceitado a minha proposta de pedir à Comissão que venha explicar-se perante a nós, antes de qualquer decisão, sobre o futuro dos estaleiros de Gdansk.
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A diretoria da área de Concorrências não necessitade deste novo assunto para ilustrar sua doutrina. É tão conhecida que numerosos observadores nada suspeitos de serem antiliberais a qualificam, há tempos, de dogmática. Neste caso: um plano de reestruturação só se julga "convincente" se prevê deixar, no mínimo, 1.000 trabalhadores sem emprego.
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Os precedentes não faltam em matéria de empresas em dificuldade que suprimiram empregos em centenas, sob pena de ter de reembolsar as ajudas recebidas para sua sobrevivência. Que seja dito, então, qual estaleiro funciona sem subvenção!
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Que é necessário colocar condições para atribuir subsídios me parece inquestionável. O aspecto daninho é que estas condições passam sistematicamente por pesados sacrifícios aos assalariados.
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A esse respeito, embora os escrupulos tenham sido raramente a principal característica dos Comissários responsáveis pela Concorrência, embora a consciência social nunca tenha tomado parte das discussões por eles realizadas, desta vez a Comissão foi ainda mais longe, demonstrando que as questões políticas a deixa tão indiferente quanto os problemas sociais.
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Ameaçando inclusive com a existência desse lugar emblemático da Polônia, a Comissão teria medido o alcance polítice dessa mensagem dirigia ao povo deste novo país membro, apenas três anos depois de sua adesão? Essa, aparentemente, é a última preoucupação dos guardiães da "livre e verdadeira competição". Em seu ponto de vista, há um momento para celebrar o papel "crucial" histórico, dizia McCreevy (membro da Comissão), dos trabalhadores de Gdansk pela "liberdade" e outro, para aplicar a eles as leis douradas do liberalismo.
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Ainda é tempo de impedir esse ato irresponsável. A primeira medida que deve ser tomada é abrir o debate com os sindicatos poloneses, inclusive com a Federação Européia de Metalúrgicos. Se trata desta vez de esclarecer os valores reais de ajudas recebidas por estas obras e, sobretudo, de encontrar uma solução que permita evitar as demissões de trabalhadores.
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Indo mais além, este novo assunto — que traz à tona a absurda pequenez dos critérios aplicados hoje em dia, em nome da luta contra as "distorções da concorrência" — reforça em meu grupo a convicção de que um debate de fundo, público e plralista, sobre as finalidades da União e sobre sua coerência com as políticas aplicadas é absolutamente necessário antes de toda decisão definitiva sobre o futuro Tratado Europeu.
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A evocação da história dos estaleiros de Gdansk nos recorda: uma construção política que é incapaz de enfrentar suas próprias contradições, com o objetivo de ultrapassá-las, está positivamente condenada. Essa lição guarda ainda hoje toda a sua atualidade. Alguns dirigentes europeus deveriam inspirar-se para, quando chegarem à sua vez, refletirem
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in VERMELHO .:: A esquerda bem informada 5 DE SETEMBRO DE 2007 - 16h11
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