A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

segunda-feira, outubro 15, 2007

Mil milhões fogem dos fundos - Mercado financeiro: Crise provoca desinvestimento


* Sandra Rodrigues dos Santos
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A crise nos mercados financeiros internacionais assustou os investidores portugueses que só no mês de Setembro desinvestiram mais de mil milhões de euros dos fundos de investimento. De acordo com os dados revelados ontem pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), os investidores resgataram 2 053 milhões de euros dos fundos nacionais e só reinvestiram 989,8 milhões nestes veículos de investimento.

“Verificou-se, no mês em análise, um volume de subscrições de 989,8 milhões de euros, que se compara com a média mensal de 1 475,4 milhões de euros, enquanto o valor dos resgates foi de 2 053,3 milhões de euros”, lê-se no relatório relativo a Setembro da APFIPP.

Não só as subscrições líquidas foram negativas em mais de mil milhões de euros, com os fundos de tesouraria e obrigações a serem os mais penalizados, como o volume de resgates é bastante superior à media mensal, de 1 647,7 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano.

Com o elevado volume de resgates registado em Setembro, os montantes sob gestão dos 283 fundos geridos pelas sociedades nacionais desceram para 28, 019 mil milhões de euros, o montante mais baixo deste ano e que traduz um decréscimo de 3,8 por cento relativamente a Agosto.

O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) reconheceu ontem que a crise nos mercados financeiros acabou por ter uma dimensão maior do que a inicialmente esperada, mas sublinhou que a situação está numa “dimensão controlada”. Para Carlos Tavares, os problemas acabaram por funcionar como “um alerta para os investidores que hoje estão mais críticos” em relação às aplicações que fazem.

10 MAIORES DESCIDAS (Valores em Setembro de 2007)

Santander Asset Management / Fundo Santander Multibond Premium: 811,7 milhões de euros / -10,3% (variação mensal)

Caixagest / Caixagest Moeda: 837,4 milhões de euros / -10,3% (variação mensal)

Caixagest / Caixagest Tesouraria: 989,9 milhões de euros / -7,7% (variação mensal)

Santander Asset Management / Santander Multiobrigações: 1.290,7 milhões de euros / -7,5% (variação mensal)

ESAF / Espírito Santo Monetário: 911,6 milhões de euros / -3,3% (variação mensal)

BPI Gestão de Activos / BPI Global: 835,0 milhões de euros / -3,0% (variação mensal)

Caixagest / Caixagest Renda Mensal: 1.051,5 milhões de euros / -2,4% (variação mensal)

BPI Gestão de Activos / BPI Liquidez: 810,6 milhões de euros / - 2,2% (variação mensal)

Caixagest / Caixagest Rendimento: 914,5 milhões de euros / -0,9% (variação mensal)

BPI Gestão de Activos / BPI Reforma Investimento PPR: 901,9 milhões de euros / 0,3% (variação mensal)

BANCOS CORTAM NOS EMPRÉSTIMOS

Os bancos portugueses apertaram os critérios de concessão de empréstimos no terceiro trimestre do ano, na sequência das turbulências nos mercados financeiros globais, de acordo com o relatório do Banco de Portugal ontem divulgado.

O relatório trimestral sobre os empréstimos da Banca, que foi divulgado um mês mais cedo do que o habitual devido à agitação do mercados, refere que os bancos limitaram no terceiro trimestre as condições de concessão de empréstimos às empresas e para a compra de habitação por parte das famílias, depois de um longo período em que essas condições se mantiveram inalteradas.

O mesmo relatório aponta para que a procura de empréstimos para habitação em Portugal baixe no último trimestre do ano, por efeito do aumento das taxas de juros. Já no crédito ao consumo, a expectativa é de aumento da procura entre Outubro e Dezembro.

ACÇÕES DA REN DÃO 0,79 EUROS

A partir de hoje os 174 582 pequenos subscritores da REN – Redes Energéticas Nacionais podem vender as acções que adquiriram na Oferta Pública de Venda (OPV), ganhando 0,79 euros por título.

São 26,7 milhões de acções, que foram adquiridas a um preço de 2,62 euros por título. O preço reduzido (as restantes acções foram vendidas a 2,75 euros) obrigava estes investidores a manterem os títulos durante três meses, o que significa que a partir de hoje poderão vendê-las obtendo mais-valias.

As acções da empresa liderada por José Penedos fecharam ontem nos 3,41 euros, pelo que estes investidores poderão encaixar 0,79 euros por cada acção em relação ao preço inicial. Como cada um dos pequenos subscritores pôde adquirir um lote máximo de 160 acções, num investimento inicial de 417,6 euros, a potencial mais-valia é de quase 133 euros.

Ainda assim, o encaixe poderia ser maior não fosse o impacto da turbulência nos mercados financeiros, que fez a empresa desvalorizar 16% desde o máximo histórico de 4,6%.

SAIBA MAIS

24 383 milhões de euros era a importância sob gestão dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários em Setembro último, segundo a CMVM.

63% foi o aumento no número de famílias que recorrem ao Gabinete de Apoio ao Sobreendividamento da DECO nos primeiros oito meses do ano, face a igual período de 2006.

4% é a actual taxa de juro de referência na Zona Euro após um aumento gradual levado a cabo pelo BCE desde Dezembro de 2005.

FUNDO

Um fundo de investimento mobiliário é um conjunto de títulos representativos de dívida e capital de entidades, públicas ou privadas, que constitui um património autónomo, resultante da agregação e da aplicação de poupanças de uma pluralidade de pessoas, gerido por profissionais especializados.

BPI

O banco liderado por Fernando Ulrich foi o primeiro a encerrar um fundo – o BPI Renda Global – para evitar que os investidores perdessem as suas aplicações financeiras em virtude da crise nos mercados financeiros.

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in Correio da Manhã 2007.10.09
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» Comentários
Quinta-feira, 11 Outubro
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- Paulo Teixeira (Canadá) Façam como eu, abandonem esse país de treta, de direitos adquiridos, de sindicalistas irresponsáveis e de políticos inimputávies. Não estou nada arrependido dessa decisão que tomei vai para 10 anos. Aí sentia ódio cada vez que pagava impostos. Hoje onde estou, sinto orgulho em participar na melhoria desta sociedade. Abraço a todos.

Terça-feira, 9 Outubro

- alpa Cá nada! Isto vai tudo com vento a favor, e cada vez mais em corrida vertiginosa....
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Jonblue Pergunto-me, hoje o que é que dá dinheiro? Sector a sector económico a crise vai-se instalando e os bancos que se cuidem, porque o futuro não parece nada risonho. Penso que as ondas de choque provocadas pelos países emergentes asiáticos ainda nem se fizeram sentir... Temo um futuro negro p/ a economia em geral.
-Jose Santos Adivinha-se a Revolução !

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