A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quinta-feira, outubro 11, 2007

PCP - Para onde vão os dissidentes ou «renovadores» do Comunismo?


Grupo dos seis

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Vital Moreira destaca qualidades do «pai do grupo dos seis»

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O constitucionalista Vital Moreira destacou hoje as qualidades humanas e políticas de Veiga de Oliveira, falecido quinta-feira, considerando que foi o «pai do grupo dos seis» dissidentes comunistas que ambos integraram
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«Foi o pai do grupo dos seis, não só porque era o elemento sénior, mas porque na história do partido comunista teve um percurso irrepreensível», afirmou à Lusa Vital Moreira, que com Veiga de Oliveira, Silva Graça, Sousa Marques, Vítor Louro e Dulce Martins integrou o conjunto de dissidentes comunistas conhecido como «grupo dos seis».
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(...) Vital Moreira sublinhou que o facto de Veiga de Oliveira ter apoiado a candidatura de Cavaco Silva a Belém não alterou «minimamente» a consideração que deve «ao homem, companheiro e amigo».
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Nascido no concelho de São João da Pesqueira e engenheiro de formação, Veiga de Oliveira foi ministro dos Transportes e Comunicações do IV Governo provisório chefiado pelo general Vasco Gonçalves e Ministro do Equipamento Social e Obras Públicas do VI Governo Provisório do almirante Pinheiro de Azevedo.
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Foi deputado à Assembleia da República e vice-presidente do grupo parlamentar do PCP entre 1976 e 1984.
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Em 1987, inserido no «grupo dos seis», entregou ao então secretário-geral do PCP Álvaro Cunhal um documento a defender mudanças internas no PCP.
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Após a saída do PCP, integrou em 1995 a Plataforma de Esquerda e mais tarde filiou-se no PS.
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O último acto político público de Veiga de Oliveira foi o apoio à candidatura a Belém do actual Presidente da República, Cavaco Silva.
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Plataforma de Esquerda
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Plataforma de Esquerda foi um grupo
político português.
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Foi formado em 1992 por dissidentes do PCP como José Barros Moura, Miguel Portas, José Jorge Letria, Daniel Oliveira, Joaquim Pina Moura, José Luís Judas, Raimundo Narcisso, Mário Lino, e José Magalhães, entre outros. Extinguiu-se dois anos mais tarde quando a maioria dos seus elementos aderiu ao PS.
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Mais adiante nasceu Política XXI, um movimento que agrupou activistas da Plataforma de Esquerda, de um antigo movimento de resistência antifascista, o MDP, e activistas estudantis independentes que se revelaram nas lutas pelo acesso democratizado à Universidade e pela sua gratuidade. A Política XXI será uma das três formações que estará, em 1999, na origem do Bloco de Esquerda.
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Política XXI
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Política XXI (PXXI) foi um partido político português socialista. Fora fundado por antigos membros do PCP e do MDP/CDE. Os seus membros vieram maioritariamente da Plataforma de Esquerda, grupo dissidente do PCP. Quando a Plataforma de Esquerda assinou um acordo eleitoral autárquico com o PS , a ala esquerda do movimento, composta por Miguel Portas, Paulo Varela Gomes, Daniel Oliveira, Ivan Nunes abandonaram a direcção.
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Na Plataforma de Esquerda ficaram dirigentes como Pina Moura, Barros Moura, José Luís Judas e Mário Lino. Os dissidentes juntar-se-iam ao MDP/CDE para formar a Política XXI. A Política XXI concorreu às Eleições Europeias de 1994, sendo o cabeça de lista Ivan Nunes, então com 21 anos. Em 1998 a Política XXI juntou-se ao PSR e UDP para formar o Bloco de Esquerda.
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Já dentro do Bloco de Esquerda, abdicou do seu papel de partido político para passar a ser uma Associação política chamada Fórum Manifesto. A Associação edita a revista Manifesto que se encontra à venda em algumas livrarias do país, nomeadamente a livraria "Leitura" no Porto, e nas sedes do Bloco de Esquerda.
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No seu campo político, o Fórum Manifesto manobra-se pela esquerda não-marxista e pela Social-Democracia de Esquerda. Põe de lado os clássicos de Marx e Lenine, refutando-os com novos teóricos, filósofos, sociólogos, socialistas, etc. que valorizam o carácter cientifico do conhecimento. O constante debate, o não-conformismo, a dúvida, a capacidade da reversibilidade perante os erros que se vão cometendo ao longo dos tempos parecem ter sido as chaves para ultrapassar o dogmatismo e as ortodoxas ditaduras comunistas.
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