A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

segunda-feira, novembro 15, 2010

PCP apela à participação do povo português na Manifestação "Paz sim, NATO não"


Nota da Comissão Política do Comité Central do PCP


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Por Abril, pela paz, Não à NATO!

O PCP apela aos portugueses para que, face à presença em Portugal dos principais responsáveis pela actual crise económica e social que assola todo o mundo, participem  na Manifestação “Paz Sim, NATO Não”, demonstrando assim a sua determinação e combatividade na luta pela justiça social, contra a exploração e por um Mundo de paz.
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1. A Cimeira da NATO que se realizará dentro de dias em Portugal resultará em novos e perigosos desenvolvimentos da situação internacional e significará novas ameaças e perigos contra os povos de todo o Mundo.
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Um dos principais objectivos da Cimeira da NATO em Portugal é a consolidação do chamado “novo conceito estratégico da NATO”, um extremamente perigoso salto qualitativo no papel, missão e objectivos da Organização. Com o novo conceito estratégico a NATO pretende alargar o domínio territorial da sua intervenção e projecção de forças a todo o globo; ampliar o âmbito das suas missões a questões como a energia, o ambiente, as migrações e a questões de segurança interna dos Estados; reafirmar-se como bloco militar nuclear apesar da retórica do desarmamento nuclear; desenvolver ainda mais o complexo industrial militar e a investigação militar e exigir de todos os seus membros um aumento das despesas militares; incluir nas suas missões acções de ingerência directa e ocupação sob a capa de missões de interposição e manutenção da paz e levar mais longe a instrumentalização da ONU para prosseguir os seus propósitos e aprofundar o seu papel como braço armado do imperialismo.
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São ainda esperadas desta cimeira da NATO novas decisões relativamente ao prosseguimento e intensificação dos conflitos militares, nomeadamente no Afeganistão; a reiteradas e crescentes ameaças a países soberanos como o Irão; à perspectiva do envolvimento da NATO no projecto da Administração Norte-Americana do chamado “sistema anti-missil” e ao aumento dos gastos militares de uma organização que é já responsável por dois terços dos gastos militares a nível mundial. 
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2. Os objectivos desta Cimeira da NATO vêm confirmar, com particular gravidade, a linha de reforço de uma Organização que, a cada passo dado, nega a sua retórica de “segurança” e “defesa da estabilidade e da paz” e se reforça como aliança agressiva, responsável por vários focos de instabilidade e tensão que caracterizam a actualidade.
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Tais objectivos são indissociáveis da situação de agravamento da crise estrutural e sistémica do capitalismo que caracteriza a actualidade. São expressões de uma deriva militarista e securitária das principais potências imperialistas mundiais face às profundas contradições e limites históricos com que o sistema capitalista está confrontado, são indissociáveis dos objectivos de domínio económico e geo-estratégico do imperialismo num quadro de evidente declínio económico das principais potências capitalistas – com destaque para os EUA – e são inseparáveis das tentativas de contenção e esmagamento da resistência contra a exploração e opressão capitalistas num quadro de uma profunda ofensiva anti-social e de regressão histórica dos direitos dos trabalhadores, a nível mundial. 
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3. O PCP condena o empenhamento do Governo Português e do Presidente da República Portuguesa na realização desta Cimeira da NATO que constitui mais uma grave expressão da submissão e colaboração das autoridades portuguesas na estratégia das principais potências mundiais e um ainda maior envolvimento do País nos propósitos militaristas da NATO que constituem uma ameaça à paz e à segurança internacional. Uma postura e empenho que colide com Constituição da República Portuguesa, nomeadamente com os princípios constantes do seu artigo 7º, e com os princípios e direitos fundamentais contidos na Carta das Nações Unidas.
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4. O PCP condena o envolvimento crescente da União Europeia e dos seus estados membros na autêntica cruzada da NATO de militarização das relações internacionais e de alargamento da sua intervenção a todo o Mundo. Um envolvimento patente no processo de militarização da União Europeia acelerado com a aprovação do Tratado de Lisboa e bem expresso no aumento exponencial dos gastos da UE em missões militares fora do seu território (de 30 milhões de Euros em 2002 para 300 milhões de Euros em 2009).
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5. O PCP, que apoiou desde o início a construção da mais ampla unidade dos movimentos dos trabalhadores e do povo português na luta contra esta cimeira da NATO, saúda vivamente a exemplar intervenção e esforço de mobilização que a Campanha “Paz Sim NATO Não” (que o PCP integra como organização promotora) tem vindo a desenvolver e que certamente se expressará numa ampla participação na Manifestação “Paz Sim, NATO Não” no dia 20 de Novembro, às 15h00, do Marquês de Pombal aos Restauradores, promovida e organizada por esta campanha.
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O PCP denuncia as tentativas de criação de um ambiente de tensão e insegurança em torno das acções contra a NATO, associando de forma generalista e irresponsável todas as acções previstas à ideia de iniciativas passíveis de actos violentos. Tais tentativas - indissociáveis de uma profunda ofensiva ideológica contra aqueles que se pronunciam contra a cimeira da NATO e tudo o que ela significa – terão certamente uma resposta serena e decidida com a participação de milhares de cidadãos na manifestação “Paz Sim NATO Não”, uma manifestação popular, pacífica e combativa.
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6. O PCP apela aos trabalhadores, aos jovens, aos homens e mulheres portugueses que - face à presença em Portugal dos principais responsáveis pela actual crise económica e social que assola todo o mundo, dos responsáveis pela situação de instabilidade e insegurança que caracteriza a situação internacional – participem na Manifestação “Paz Sim, NATO Não”, demonstrando assim a sua determinação e combatividade na luta pela justiça social, contra a exploração e por um Mundo de paz, cooperação e amizade entre os povos, num acto de afirmação do compromisso do povo português com os valores de Abril e da solidariedade internacionalista com os povos do Mundo vítimas da exploração e opressão do imperialismo.
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