A Internacional

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segunda-feira, novembro 01, 2010

Dilma promete honrar a confiança dos brasileiros

Candidata do PT é primeira "Presidenta" do Brasil
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31.10.2010 - 20:57 Por PÚBLICO
A candidata do PT , Dilma Rousseff, será a primeira mulher Presidente do Brasil – ou, como costumava dizer Lula da Silva, a “Presidenta”.
Dilma será a primeira presidente ou presidenta do Brasil?  
Dilma será a primeira presidente ou presidenta do Brasil? (Diego Vara/Reuters)

Saindo de casa, apanhada a entrar no carro para o hotel onde se espera que faça a declaração oficial, Dilma ainda disse uma frase aos jornalistas que se apinhavam à porta da residência: agradeceu os votos e prometeu "honrar a confiança” dos brasileiros.

Os resultados parciais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando tinham sido apuradas mais de 90 por cento dos votos, apontavam para 55 por cento para a candidata do Partido dos Trabalhadores, do Presidente Lula, e 44 por cento para o rival do PSDB.

O Presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, anunciou a vitória de Dilma “às vinte horas e quatro minutos” (hora de Brasília, mais duas horas em Lisboa). O responsável indicou ainda que a abstenção na segunda volta das presidenciais foi de 21,18 por cento.

O apuramento estava mais lento na região do Nordeste, onde a candidata do PT deverá ter ainda mais vantagem sobre Serra, indicava o site do jornal “Estado de São Paulo”. Assim, garante o “Estadão”, já não é possível que o social-democrata inverta o resultado.

Após a divulgação da sondagem à boca das urnas – um inquérito Globo/Ipobe que dava 58 por cento nos votos válidos a Dilma Rousseff, contra 42 por cento a José Serra – os comentadores referiam já uma "grande vitória" de Dilma.

Agora a questão será como tratar a primeira mulher a ocupar este cargo no Brasil: será presidente, a palavra correcta, ou presidenta, como Lula sempre chamou a Dilma?, questionavam os analistas na TV Globo.

A ex-guerrilheira que nunca foi a votos venceu

A oposição tem pegado sem pudor no passado de luta armada de Dilma Vana Rousseff Linhares para a categorizar como “terrorista”. Dilma Rousseff, filha de um advogado e empreendedor búlgaro nacionalizado brasileiro e nascida em Belo Horizonte, defendeu a luta armada contra a ditadura militar.

A então guerrilheira recebeu ainda crédito pelo planeamento de uma das acções mais espectaculares da guerrilha, o roubo do cofre de Adhemar em 1969 – na operação guerrilheiros arrombaram o apartamento no Rio de Janeiro da amante do governador de São Paulo, levando 2,5 milhões de dólares.

Dilma, que entretanto já tinha casado com outro defensor da luta armada, separa-se para começar um romance com o dissidente comunista Carlos Franklin Paixão de Araújo, com quem viria mais tarde a casar. As suas acções de oposição levaram-na à prisão: passou três anos presa pelo regime militar, e foi torturada com electrochoques.

Depois de ser libertada, em finais de 1973, Dilma Rousseff mudou-se para o estado do Rio Grande do Sul, onde o marido, o dissidente comunista Carlos Franklin Paixão de Araújo, cumpria pena de prisão. Para o ver, deu aulas a presidiários. Os dois tiveram mais tarde uma filha e anos mais tarde acabaram por se divorciar.

Dilma Rousseff teve sempre cargos políticos nomeados e nunca chegou a disputar eleições - e a candidata nem iniciou a sua carreira política no Partido dos Trabalhadores (PT), mas sim no PDT, Partido Democrático Trabalhista, de Leonel Brizola. Rousseff apenas se filiou no partido de Lula em 2001.

Antes, acumulou experiência em vários cargos em administrações estaduais e federais. No executivo de Lula foi ministra do Planeamento e mais tarde da Casa Civil, onde administrou um dos mais importantes planos de Lula, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que tem investido em infra-estruturas e obras que ajudem o crescimento económico do país.

A carreira de Dilma Rousseff ficou ainda marcada pela doença: a ministra teve um linfoma, tendo tido que se submeter a quimioterapia.

Notícia actualizada às 23h40
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