Candidato presidencial defende que Chefe de Estado não defende interesses nacionais
Lusa
Francisco Lopes afirma que a sua candidatura é "a única que realmente responde à actual exigência de ruptura e de mudança"
O candidado presidencial Francisco Lopes (PCP) defendeu este sábado, em Almada, num almoço com apoiantes, que o Presidente Cavaco Silva não tem defendido os interesses nacionais e tem olhado para a Constituição como um "texto morto".
- 13 Novembro 2010 - Correio da Manhã
No final de um almoço com apoiantes, na Charneca da Caparica, em Almada, Francisco Lopes acusou também Cavaco Silva de "estar comprometido com o actual estado do País" e afirmou a sua candidatura como "a única que realmente responde à actual exigência de ruptura e de mudança".
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"Cavaco Silva tem patrocinado os entendimentos entre o PS e o PSD, que podem ter as formas mais diversas, mas que são sempre entendimentos que servem apenas para a continuição e o agravamento deste rumo de desastre nacional", afirmou.
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Para o candidato comunista, o Chefe de Estado tem olhado para a Constituição como um "texto morto": "A Constituição da República tem um projecto de construção de uma democracia política, económica e social, de direitos, de soberania nacional, da qual o Presidente da República é o primeiro garante", afirmou, argumentando que Cavaco Silva não tem respeitado o documento.
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"Nesta questão da especulação, do assalto ao erário público, por exemplo, ele demonstrou mais uma vez qual é o seu posicionamento: O que o preocupou não foi a especulação, foi criticar aqueles que estavam a denunciar os especuladores", ilustrou o candidato, acrescentando que "isto define todo um posicionamento relativamente à Constituição, à soberania nacional, aos direitos económicos, sociais e políticos, garantes da soberania nacional e projecto essencial para responder aos graves problemas que o país atravessa".
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O candidato criticou ainda o Orçamento do Estado para 2011 que, defendeu, "representa mais retrocesso e injustiças sociais" e apelou à participação na manifestação anti-NATO agendada para o dia 20 de Novembro, e na greve geral de dia 24.
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